domingo, 29 de dezembro de 2013

NA TÁVOLA QUADRADADA, NUMA CONVERSA COM ESCRITORES, CONTADORES DE HISTÓRIAS E OUTROS ATORES!

DIA 30 DE OUTUBRO, DAS 14 ÀS 17H!

Podemos fechar o ano, dizendo que 2013 foi um ano de muitas realizações na vida do Grupo Boca de Leão.

Nesse dia, tudo começou com a entrada da escritora e poetiza Elena Lamego, com duas danças ciganas, seguidas de um conto, também, cigano, de sua autoria.
 Depois da dança cigana, entrou a dançarina e escritora, Glória Palermo, com duas danças flamencas.
Após observar atenta, com olhar fixo em todos os passos das duas dançarinas, a escritora Luiza Abnara, também, fez parte da apresentação de abertura, agraciando o público com dois contos de sua autoria: "pata Felícia" & "A Libélula Encantada"




 Depois da segunda Dança com Glória Palermo, que nos mostrou algumas possibilidades da expressão corporal sem limites de idade, era hora de chamar os Primeiros Cavaleiros da Távola Quadrada!


Com a Távola composta, foi a vez de cada integrante falar sobre a sua trajetória.
A primeira a se apresentar, foi a escritora Elena Lamego que, feliz por estar participando desse evento, fechou sua apresentação com uma poesia de sua autoria, retratando um pouco da cultura cigana, uma de sua paixão artística, na dança e na literatura. Por isso, ela vem praticando a dança cigana, tendo aulas com Glória Palermo, há alguns anos.
Elena diz que não se considera um ser pronto em tudo o que faz, mas está caminhando para que a arte da escritura, da dança e da oralidade seja bem trabalhada quando ela está em cena.
A escritora, natural do Rio de Janeiro, com residência em Florianópolis, é Acadêmica da Academia de Letras de São José/SC e da Academia de Letras do Brasil, Sucursal Florianópolis/SC. 
Elena tem voz suave, expressões bem definidas, retrata sentimentos e emoções provocadas pelo conteúdo poético, e mostra o quanto somos tocados e levados pelo fazer literário, principalmente, quando há entrega e quando somos tocados pelo coração.
Depois de elena, chegou a vez de Ana Esther Balbão Pithan, uma das idealizadoras do nome deste evento. Aninha é natural do Rio Grande do Sul, Ela é uma graça de ser humano.
 Esther nos falando sobre sua trajetória no universo literário.
Ela lendo uma de suas poesias editadas em um jornal literário, do Rio Grande do Sul.
 Após a leitura, o jornal foi doado ao Grupo boca de Leão, como acervo.
Eu agradeci em nome do Grande Grupo. Parte dele estava presente. Como tivemos que realizar esta 1a Mostra da Távola Quadrada numa quarta-feira, muitos da nossa matilha não conseguiram estar presente por motivo de trabalho.
Tinha mais coisas dentro da histórica "mochila viajante", da Ana Esther: Seus livros, sua "coruja buraqueira", seus projetos... Uma gama de elementos literários que nos deixou de boca aberta. Nossa curiosidade foi tanta, que pedimos bis.
Cada livro editado, tinha uma história própria, além dos contos encantadores. Contos com seus cenários e suas personagens ilustradas pela própria autora.  
Quem não esteve presente, não sabe o que perdeu nessa tarde literária.
 Até saiu coisas surpreendentes do saco branco, parceiro da mochila!
 Livros Publicados

Olá, amigos leitores... olhem os livros que eu já publiquei......cada um mais delicioso que o outro! Eu, hein! Confiram...
Ana Esther
 
*Terapia Ocupacional, Contos (2004) é um livro com 53 contos que eu, num ataque de insanidade, resolvi que queria porque queria que escrever um conto por semana durante um ano inteiro! Assim, eu tinha uma semana para compor cada conto. Ah, mas eu criei um esquema super mirabolante para isso. Contei com a colaboração de amigos que responderam um questionário que eu havia elaborado e desta forma eles me forneceram elementos que deveriam aparecer nos contos que eu criaria... Foi um baita desafio! Mas valeu a pena, o livro ficou lindo e foi lançado na Feira do Livro de Florianópolis e na 50a Feira do Livro de Porto Alegre!!! [Edição esgotada]

*A Mochileira Tupiniquim nas Trilhas da Nova Caledônia (2005) é um relato de uma viagem fabulosa que eu fiz para o arquipélago pertencente à França e que fica no Oceano Pacífico, a Nouvelle Calédonie. Um lugar paradisíaco a mais não poder... Naquela maravilha realizei o meu sonho de conhecer o molusco Náutilo, conheci ainda o azulérrimo pássaro Cagu, endêmico da Nova Caledônia, as inebriantes paisagens, o povo alegre e divertido... Além dos meus comentários e descrições hilariantes há algumas fotografias para provarem o que eu digo!


*A Viagem, o Concurso e o Vacilo (2005) uma envolvente ficção juvenil sobre um ano na vida de três adolescentes, o Walter, o Pipoca e o Mega-Beto. Cada um deles com seus projetos, sonhos, estilos, vontades e jeito de ser... O livro conta como eles enfrentam os desafios de suas vidas. Destaque para o personagem Janjão Espinhento, só lendo para ver! Obs: o livro aborda o tema da gravidez na adolescência, ótimo para criar debates sobre este tema tão polêmico e importante.
*O Susto da Cremilda / Scaring Cremilda (2006) É o primeiro livro das aventuras da Boneca Cremilda. Livro infantil bilíngüe (Português / Inglês) para quem ama e gosta de preservar a natureza. Há um convite à leitura na capa de trás: A bonequinha Cremilda mora próximo a uma floresta fascinante. É a Floresta Mágica... um lugar onde podemos encontrar animais muito estranhos. Um dia, ela ouve um urro amedrontador e treme de medo. O que será?
*Cremilda Ecológica / Cremilda Goes Ecological (2006) Segundo livro da Boneca Cremilda, também bilíngüe (Português / Inglês). Os dois livros contém fotografias em vez de ilustrações, vale conferir. Desta vez a Bonequinha Cremilda recebe uma visita para lá de surpreendente do Seu Urubu...
 
*Cadê o Cagu? (2010) Primeiro livro das aventuras de Didi e o famoso Detetive Apollon Savant. Os dois unem-se para descobrirem quem roubou o Cagu, o belo pássaro azulado endêmico da Nova Caledônia. Este romance policial infanto-juvenil passa-se no arquipélago francês da Nova Caledônia e também na Nova Zelândia sendo que Didi é um Superdetetive brasileiro, de Florianópolis.
* A Cidade dos Polvos (2011) conta as aventuras de Zequinha e Ana para investigarem a enigmática lenda dos Índios Maralaus... até encontrarem Polvidade, a fabulosa cidade dos polvos. A amizade que une os dois irmãos e sua família aos polvos inteligentes é o elo que desvendará os segredos milenares do Rei Polvatório e sua hilariante corte e até mesmo que ajudará na defesa da tranquila cidade contra o ataque dos famigerados Polvus Piratus...

* Family Tree/O Carvalhinho Solitário (2011) – uma estória comovente sobre o último sobrevivente na Ilha dos Carvalhos, o pequeno Carvalho Jr. Aquela bela ilha fora quase que totalmente devastada de sua grande população de carvalhos pelos hediondos Piratas Contrabandistas de Madeira. Contudo, alguém muito especial chegou para ajudar o solitário Carvalho Jr... Um livro infantil bilíngue (Inglês / Português). Ilustrações da própria autora.
* Lendo nas Entrelinhas (2012) - É dia de Halloween e nesta época mágica coisas estranhas começam a acontecer para os irmãos Horace e Angus... agouros, aves estranhas! Até que os dois desaparecem. Quando acordam estão em um salão desconhecido e cheio de segredos mas isto não é nada... a anfitriã que os acolhe é de arrepiar! E o pesadelo está apenas começando. O suspense não acaba nem quando o livro termina.
 
***
 
- Participações -
 
 Antologias / Coletâneas
 
*6a Antologia da ACPCC (2009); Edição ACPCC, Florianópolis, SC.
=> A Terrível Revelação do Senhor dos Fantasmas (conto)
 
*7a Abtologia da ACPCC (2011); Edição ACPCC, Florianópolis, SC.
=> O Fabuloso Mágico Ossergorp (Conto)
=> Ode à Baleia Encalhada (poema)
 

 * Coletânea Joaquim Moncks & Amigos (2011); Editora Alternativa, Porto Alegre, RS.
=> Temor (poema) 
* Coletânea Delasnieve Daspet & Amigos (2012); Editora Alternativa, Porto Alegre, RS.
=> Aves (poema)
 
Cartilhas
 
* Cartilha sobre Estatuto do Idoso; Instituto Vida & Cidadania (Organizada por Madalena Stelmak e Donato Ramos)
=> crônicas da Mega Vó 
  Ver e ouvir a Ana falar sobre como surgiram as ideias e como foram criados os seus personagens, foi muito bom. Um momento de pura imaginação só em pensar sobre tudo o que ela falava - cada palavra era uma surpresa, um encantamento. Então, com a jovem que estava com a digital para gravar todas as falas dos cavaleiros, não conseguiu filmar nada (ela estava tentando entender o que acontecia - ela é uma alemã que estava conhecendo o Brasil, e não sabe falar o nosso idioma, nem entendê-lo, deixou de registrar muitas falas), fui até o blog da autora e copiei sua fala - tal como ela nos revelou sua trajetória, sua fala não poderia ser diferente, e tudo aconteceu assim: Ela tirou uma folha da mochila - era o seu pelicano, veja!
O Pelicano
Olhem só como o meu personagem super-simpático, o Pelicano, surgiu... é muito emocionante!!!


O Pelicano nasceu basicamente de duas causas fundamentais: minha paixão por bichos e muito tempo livre em frente a um quadro-negro. Tudo começou, então, quando iniciei o meu curso de graduação em Letras na UFGRS em 1983. Eu sempre chegava de 15 a 20 minutos adiantada na sala de aula e, por uns bons 10 minutos, era só eu e o quadro negro lá dentro até que os ‘gatos pingados’ começassem a aparecer. Com o passar dos meses não resisti à tentação, e enquanto os colegas não chegavam, passei a desenhar os ‘ensaios’ de aves. Gradualmente, o Pelicano foi surgindo desses traços brincalhões. A coragem aumentou e eu continuava desenhando com a sala já cheia de colegas, somente a chegada dos professores me forçava a apagar as minhas ‘criações’. Era já o ano de 1985 quando o Pelicano virou atração entre meus amigos de curso. Cedo pela manhã entravam na sala de aula e lá estava o Pelicano do dia, sempre com uma brincadeira crítica a respeito dos mais variados assuntos: esportes, política, cultura e, é claro, sobre nossa vida de estudante. O dia em que eu me esquecia de desenhar, meus colegas estranhavam e pediam a volta do Pelicano! Aos poucos, até mesmo os professores foram apresentados àquela ‘obra de arte’, em giz, que sempre desaparecia com a chegada dos mestres. O Pelicano acabou por conquistá-los também e teve o seu lugar garantido num cantinho do quadro-negro, durante toda a aula, com sua charge Pelicanística do dia.
Pobre Pelicano, sua vida foi curta. Com a conclusão do curso em 1987, ele veio a ‘falecer’, ficando como marca de sua presença um desenho no Convite de Formatura.*Graças a Deus, o Pelicano é um desenho e, como tal, pôde ressuscitar em 1989. Dessa vez, em quadros-negros da Inglaterra. Com bolsas de estudo concedidas pelas próprias escolas, lá me fui eu para Bournemouth e Stratford-upon-Avon estudar inglês. E o Pelicano atacou novamente, falando inglês e brincando com o jeito britânico de ser. Just wonderful!
De volta ao Brasil, sem quadro-negro para exibir-se, o Pelicano sumiu novamente. Mas não por muito tempo. Em 1991, transferi-me para Florianópolis a fim de cursar meu Mestrado em Língua e Literatura Inglesa. Junto comigo foi o Pelicano até o final do curso em 1993.*O Pelicano permaneceria na obscuridade, sem quadro-negro para abrigá-lo, até 1998. Nesse ano ele foi parar na distante e exótica Austrália onde eu fui cursar International Business. Mais uma vez ele sentia o acolhimento de ‘platéias’ internacionais. Naquele Natal, ele até virou o Pelicano Noel (Santa Pelican Claus) em cartões que fiz para meus colegas...
Findo mais um curso e de volta ao Brasil, com mil outros planos em minha cabeça, o destino do Pelicano parecia estar selado, desaparecimento e obscuridade total. Mas eis que, durante o verão de 2004, as cócegas da inspiração me invadiram com uma intensidade sem igual, até então. E o Pelicano ressurgiu das cinzas!*Decidi-me por ‘perpetuar’ o personagem que já me acompanhava lealmente por tantos anos, me alegrando tanto. Senti vontade de dividir com os amigos as brincadeiras do meu Pelicano-cartoon. Dessa maneira, passei para o papel aquele que apenas vivera nas lousas.
E pensar que eu nunca havia visto um pelicano, pessoalmente, antes de 1990 e bem de longe. Quando, finalmente, pude vê-los pertinho de mim, foi aquela festa!

Bengala Mágica, chama a Mega Vó!

Imaginem só... em Maio de 2008 eu criei um personagem encantador: a Mega Vó. Ela é uma super heroína velhinha, a defensora dos idosos desamparados. Voando pelos céus de Floripa a Mega Vó vai em socorro de velhinhos em apuros ou maltratados. A estória do surgimento da Mega Vó é emocionante e pode ser encontrada, assim como suas outras aventuras, no Jornal Cultura&Lazer (Florianópolis) e também na internet na página do Recanto das Letras (...)
Idéia inicial: Ana é uma moça alegre, jovial, fotógrafa free-lancer. Seu avô de 89 anos morre atropelado, vítima do descaso para com os idosos. Ana revolta-se, fica indignada e decide virar uma defensora dos idosos desamparados. Quando da abertura do Testamento de seu avô, além dos bens que herda ela recebe uma herança no mínimo estranha: uma bengala. Ana fica matutando o porquê de ser ela e não algum de seus tios a herdar a tal bengala. Um dia enquanto examinava a bengala do avô teve uma incrível surpresa. A bengala era mágica, ela não apenas falava mas tinha outros poderes mágicos como o dom de voar e de defender sua dona, o poder de transformar a dona em uma velhinha com superpoderes, e possuía um feitiço insólito: transformar as pessoas más em boas. Ao inteirar-se de tudo isso Ana resolve assumir uma identidade secreta –e eis que surge uma nova heroína, a defensora dos idosos desamparados e em apuros, a Mega Vó! Sua forma de atuação em defesa dos idosos consiste em salvá-los contra os golpes, mal tratos, descaso por eles sofridos. Com seu Olhar do Arrependimento faz com que o opressor pense em seus velhinhos e se arrependa do que fez corrigindo-se definitivamente por livre e espontânea vontade. Com suas Lágrimas Transformadoras ela consegue transformar pessoas más em boas. Em caso do opressor não se arrepender, a Mega Vó recorre a um tratamento radical, usa o poder da Bengala Mágica para hipnotizar a pessoa e fazê-la virar boa para os idosos na marra. Restrições de atuação da Mega Vó: ela só pode atender e defender idosos e se estes estiverem em situação de apuro e que de alguma forma peçam socorro.
Diferencial: esta heroína possui um conceito em reverso. Ela de jovem transforma-se em velha para adquirir seus superpoderes. Em vez de violência suas armas são baseadas em amor, compaixão, bom senso... Mesmo a arma radical de forçar a pessoa a virar boa tem por base uma hipnose profunda para ‘arrancar’ um lado bom da pessoa escondido e amordaçado em algum cantinho do seu coração!
Proposta: as aventuras da Mega Vó aparecem em forma de crônicas, com toques cômicos, sobre os problemas enfrentados por idosos em seu dia-a-dia. Alguns desenhos ilustram o texto. As crônicas visam colocar o problema e oferecer uma solução baseada em paz, amor, gentileza.

Olhem só o Janjão Espinhento... não é um amor?! Pois ele é o mascote inventado pelo meu personagem Pipoca no livro A Viagem, o Concurso e o Vacilo (2005). Claro que fui eu quem o criou e desenhou especialmente para esse livro! Só que no livro ele não é colorido... fica para a criatividade de cada leitor. Ah, e quando eu participo de Feiras do Livro, visitas em escolas, saraus literários ou entrevistas o boneco simpaticão do Janjão Espinhento (eu que fiz!) geralmente me acompanha e fica muito lindo nas fotos.

A Boneca Cremilda

Essa incrível bonequinha é a estrela das estorinhas que se passam na fabulosa Floresta Mágica. E pensar que tudo começou numa... sala de aula!
Sim, a boneca Cremilda nasceu como uma tarefa de conclusão de curso. Em 2004 fiz o Curso Básico em Cartunismo no SENAC de Florianópolis, SC, e o ótimo professor Dirceu Domingues nos estimulou a criarmos um personagem. Cada aluno criou o seu seguindo as orientações para a construção dos bonecos, um arraso! Quando todos tínhamos os bonecos prontos, o professor sorteou duplas para que juntos bolássemos o roteiro de uma estorinha de apenas 1 minuto para o filme em Stop Motion, uma técnica de animação com fotografias. E põe fotos nisso, o meu colega de trabalho, Júlio Felício, e eu quase morremos de tantas que tiramos. 
Informações tirados do blog da autora: 
http://pelicanaesther.blogspot.com.br/p/livros-publicados.html

SUGESTÃO: Entre e conheça este blog. Ele é cheio de delícias literárias. Digo assim, porque Ana é uma pessoa cheia de maravilhas, próprias de um ser humano muito especial! 

Depois da escritora Ana, foi a vez da nossa escritora e contadora de histórias, Luiza Abnara, falar sobre sua trajetória de vida no universo literário e antes dele.  

Quando Luiza começou a falar sobre sua trajetória no universo literário, os adultos ficaram surpresos com a bagagem dessa menina de 10 anos - escritora, contadora de histórias, integrante, assídua, da Oficina Literária boca de Leão, desde o nascimento da oficina, no dia 24 de julho de 2012.

Natural de Blumenau/SC, Luiza é estudante da 5ª série do Ensino Fundamental, com atuação na cultura, como integrante do Coral “Contém Cultura”. É autora de vários contos não publicados. Ela gosta de escrever e mediar leitura. Na qualidade de contadora de histórias, falou sobre sua participação nos eventos: “1ª e 2ª Mostra “Um Dia de Histórias” (30.10.12 e 29.10.13), no auditório da Biblioteca Pública de Santa Catarina, e da 1ª Mostra “Para Contar e Imaginar” (06.08.13), no teatro da UBRO (06.08.13), e sobre sua satisfação de estar participando da 1ª Mostra: Na Távola Quadrada, numa conversa com escritores, contadores de histórias e outros atores” (30.10.13), na qualidade de “convidada especial, no debate em público”. Falou sobre o que pensa ser quando crescer, sobre sua vida de escritora-contadora de histórias e sua continuidade na Oficina Literária Boca de Leão. Pelo grupo, ela já recebeu 4 certificações!
Quem viu e acompanha essa menina, desde 2012, está satisfeito com o seu empenho e desempenho. Seja na vida escolar, na vida de criança, como na vida literária com os adultos. Luiza faz questão de estar presente em todos os encontros do grupo. Acompanha todos os debates, tem vez nas colocações em grupo, participa das pesquisas, dos estudos e dos debates. Realiza todas as tarefas solicitadas e as apresenta verbalmente, encantando a todos. É uma exímia escritora e contadora de histórias.  
Agora, dê uma olhada neste vídeo. Veja um pouco do que Luiza nos falou!
Agora apresento-lhes o escritor e poeta, grande amigo da arte literária: Paulo Berri!
Encantado com Luiza, ele criou uma poesia em homenagem à todas as mulheres da Távola Quadrada. Depois de seu depoimento, o escritor recitou o poema, olhando para a pequena escritora:
M E N I N A
 Menina TRAVESSA
Permaneça Jovem
Eternamente Jovem
Não Envelheça
Menina  MOÇA
Loira ou Morena
A felicidade ao meu lado
Me Olha e me Acena
Menina  MADURA
Jóia Lapidada
Pedra Preciosa
Raramente Encontrada.

 Luiza e todas as mulheres da Távola quadrada, encantaram Paulo. em especial, Luiza!
Quando a vejo em cena, vejo um "ser" maduro, escondido dentro de um corpo de crianç. Quando a vejo correr pela biblioteca, subir e descer a escada e o elevador, ao lado do irmão, repetidas vezes, numa brincadeira gostosa, então sorrio e vejo uma criança dando vida nova à nossa matilha.
Quando vejo essa menina, entre os adultos, participando de técnicas, debatendo ideias, de igual para igual, muitas vezes, até deixando alguns adultos irritados com a sua sapiência, fico observando e pergunto para os meus botões: "Nossa, quanto saber... Benza Deus e ninguém.,. porque quando quer, ninguém nada faz! Como pode um ser recém chegado ao mundo, nos falar tantas maravilhas?"

No início de 2013, ao falar sobre a vida e obra de Monteiro Lobato e Tarsila do Amaral, Luiza teve sua vez de fala cortada por uma escritora catarinense, que estava de visita ao grupo. Esta, ao cortar a fala da menina, foi surpreendida pela mesma, que falou educadamente:

- Desculpe, mas ainda não concluí! 

Então a escritora, se fazendo de desentendida, não ouviu a menina. Foi nesse momento que a interrompi, devolvendo à Luiza o seu espaço de fala e debate em grupo. Ao final, ela nos deu uma aula sobre a vida e obra da pintora. 

Insatisfeita, a escritora visitante, que demonstrou não ter gostado de ter cedido a sua vez para uma criança, emudeceu. Ela nuca mais voltou aos nossos encontros.

Penso que ela não viu Luiza como uma integrante ativa, do Grupo Boca de Leão. Simplesmente, como uma criança metida. É o que passaria pela mente de qualquer adulto que não tenha a capacidade de ver uma criança como um cidadão de direitos.

O escrito Paulo Berri, ao contrário, viu em Luiza uma grande integrante do grupo. Ele tem uma mente que combina com todas as funções do coração: Rico de sentimentos nobres, de saber e respeito ao próximo.

A bagagem que essa menina tem, não para qualquer um!
Isto não é um desabafo. É um alerta aos adultos que costumam ver  as crianças, como um bando de seres bobinhos. Por isso, falam com elas, desde o berço, usando um linguajar sem graça, cheio de bobices e composto por vocabulários fora do normal, formando frases, com:  
- Cadê o bibinho do tio, cadê? Assôôô...
- Quem é essa nininha binita? É a binitinha da titia! 

- Qué dedela, qué? Hum! Tá dotosa!

Interpretando:

- Onde está o sobrinho do tio, onde? Achei...

- Quem é essa menininha bonita? É a bonitinha da titia!

- Quer mamadeira, quer? Hum... Está gostosa!

Muitos ficam surpresos ao ver uma criança manifestando-se com um linguajar bem apurado. Fora dos padrões de muitos adultos.

Depois do escritor Paulo, foi a vez de Glória Palermo nos contar sobre a arte da dança na idade adulta.
 Glória iniciou sua carreira como dançarina, na infância. É carioca residente na Ilha da Magia.
Agora, na fase madura, ela divulga a dança e ministra aulas para mulheres que desejam mostrar ao mundo que não existe idade para aprender a dançar. Seja o flamenco ou qualquer outro gênero. O importante está no querer e no ser; no fazer e no estar!
É a arte do fazer literário expressa nos movimentos corporais: do olhar ao sorriso, da ponta dos pés às pontas dos dedos das mãos, até o esvoaçar dos cabelos...
 Foi assim que interpretei todas as falas da dançarina e escritora, Glória Palermo, que encanto a todos com os seus movimentos que deram vida à dança em cena!
 Da ponta dos pés à ponta dos dedos de suas mãos de fada, Glória expressa uma frase de sua preferência, por dizer muito do que ela pensa: 
“O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?” - Clarice Lispector
(copiei esta frase de seu face: Glória Palermo)

Agora é a vez da escritora e contadora de histórias, Antonieta Merces falar e nos encantar com as histórias de sua trajetória: Do Saragasso (sua primeira edição) ao Macaco Maca (Sua penúltima edição, com lançamento no dia 29 de outubro, na Biblioteca Pública de SC); de Governador Celso Ramos à Ilha de Santa Catarina.
 Uma grande figura literária, dessas que encantam qualquer ser vivente!
 Ela fala sobre tudo o que fez para conseguir editar o seu "Saragasso", e nos faz rir de todas as suas travessuras que a levaram numa viagem, até aqui. São momentos de muitos desafios e grandes vitórias.
Ela falou sobre como trabalha o processo de criação literária. então falou sobre o "Saragasso, a Tartaruga Tatá, a Galinha Polaca e o Macaco Maca". Cada momento, juntos, daria um belo romance. Esqueci de falar sobre isso para ela.
 Ao lado de Antonieta, não há como ficar sem soltar risadas, sem ficar alegre. Não dela, mas das suas peripécias. Tonha, maneira carinhosa de chamá-la, é um ser humano maravilhosos. Com seu coração de mamãe gansa, de mãe águia, de Maria, de todas as mães boas que o mundo já teve e ainda tem, ela vai distribuindo os seus saberes muito bem retratados nas suas obras. 
Esta mesinha antiga, com mais de 60 anos, foi, especialmente, preparada para Antonieta Merces lançar o seu mais novo Livro "Macaco Maca", e completar a nossa "Exposição Literária, com Ilustrações  em Barro", todas confeccionadas por Claudete da Mata, na Semana Nacional do Livro.

Tonha é assim: Pura Energia!

 Ela vibrou de tamanha alegria, ao ganhar este chapéu do André, irmão de Luiza, no encerramento do nosso ano letivo, dia 29 de outubro/13.

Ela não poderia deixar de falar sobre a satisfação de estar no nosso grupo, e sobre o carinho que sente por todos.

 
Do prazer de narrar histórias a todos os públicos, a escritora retira o néctar da vida longa.
 
Ver o Macaco Maca em cena, incentivando o mundo da leitura, juntamente com a Tatá e a Polaca, sem esquecer do "Saragasso", no universo literário, é o que mais lhe dá prazer.
Ela também gosta de por os pés na estrada, seja no ar ou em alto mar.
Por ser uma mulher literária, gosta de conhecer lugares diferentes, pessoas, a natureza, tudo o que pode e que está ao seu alcance.
Antonieta gosta de conhecer a História do Brasil, de perto!
Antonieta é especialista em literatura, pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, também é atriz e reside em Florianópolis desde a sua aposentadoria. Foi ela quem ficou duas semanas na revisão do primeiro livro do Grupo Boca de Leão, que será lançado em 2014. 
 Você faz parte das páginas do nosso livro, da nossa grande mesa, de todos nós!

Estimada Leoa, OBRIGADA pelo carinho e pela atenção dedicada nesse momento, que só um escritor de sentimentos nobre, sabe!
 Querida Tonha, ter você na nossa Matilha, é um Presente de Deus. Ao seu lado, qualquer matilha vira um bando de borboletas!
Depois de ouvir um pouco de quase tudo sobre a trajetória de Antonieta Merces, chegou a vez de ouvir a escritora e contadora de histórias Andrea Dias, mãe de Luiza.
Nossa Leoa é assim: Toda vestida de Arte e Cultura!

Amante da arte e da cultura, nossa escritora e contadora de histórias não dispensa sua mágica "mala"!

Ver os filhos trilhar o caminho do conhecimento, é uma das suas maiores paixões. 
André acompanhou o evento do dia 29.10, representando o filho da Caipora e, hoje,  todas as falas da Távola Quadrada, feito um homem grande!
Por isso Andrea adora estar nesse grupo que já está vendo o pequeno André como seu mais novo integrante!

Está faltando gente nesta foto! O Evandro, a Dora Duarte, a Mariani, a Idê, A Cida, A Saray...
Andrea falou sobre a sua trajetória, buscando na memória tudo o que sempre deu sentido à sua vida e sua entrada no universo literário, em especial, na Oficina Literária Boca de Leão.
 Para encerrar a sua fala, inspirada pelo depoimento de Ana Esther, Andrea narrou o conto de sua autoria "Animais em revolta" 
 
 Quem desejar conhecer esta história, é só comparecer na Biblioteca Pública de SC, no dia 30 de outubro de 2014, de manhã ou a tarde. Neste dia estaremos lá lançando o primeiro livro do grupo, onde estará editado "Animais em Revolta", criação literária de Andrea Dias.
 Menos o pezinho de Mariani Cunha!
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Depois de todos os convidados inscritos, foi a vez das demais leoas presentes, falarem um pouco sobre suas trajetórias.
A primeira foi Mariani da Cunha, Leoa desde o nascimento da Boca de Leão. 
Depois foi a vez de Aparecida Facioli, integrante da matilha desde março de 2013. Em tão pouco tempo, esta Leoa já fez tanto. Atriz de longa data e aluna de Zeca Pires, porém, fora do palco há muito tempo, vem se revelando uma exímia contadora de histórias cênicas. Revelou ao público a sua satisfação e seu carisma pelo Grupo, e o quanto tem aprendido com ele.
 Agora era a vez de Saray Martins, nossa Leoa querida, sempre disposta no auxílio ao grupo. Em 2012 ela me acompanhou na Oficina Literário Boca de Leão, quando ministramos juntas, durante quatro meses, a arte literária e a narrativa oral para um grupo de crianças de 5 e 6 anos de idade, as quais participaram do nosso primeiro evento em 2012, na qualidade de contadores de histórias.
 Sara Una, como costuma chamá-la, expressou sua paixão pelo Grupo, de coração aberto a nos falar sobre a satisfação de estar fazendo parte do Grupo Boca de Leão. Saray é Pedagoga e apaixonada por literatura.
Faltou o Evandro J. Duarte, a Dora Duarte, a Mareli, a Luciana e a Idê, que estavam ausentes, porém, presentes de coração.
 Lamento que a menina que estava registrando todos os momentos, não registrou Luiza dando o seu depoimento.

 Agora era hora da entrega dos troféus e dos certificados - Ana Esther foi a primeira da Távola a recebê-los!
Confeccionei todas os troféus, com a arte de moldar o barro, deixando-me levar pelas brumas do imaginário.
 
 
 

 Agora era hora de revelar uma das minhas metades!
Com todos do outro lado do palco, entrei em cena. Em silêncio, agradeci a Deus por todos. Até mesmo ao público invisível!
 Meus queridos, não estou me despedindo, apenas lhes dizendo que estarei cuidando de nossa pequena horta que, em breve, será uma grande plantação. Hoje estou semeando as primeiras sementes. Elas germinarão e darão bons frutos, que serão colhidos por muita gente.
Nossos frutos ganharão o mundo!
 Eu nasci e cresci nesta Ilha de muitos mistérios e grandes conquistas. Fui uma criança muito imaginativa. Dessas que fala pelo cotovelo, inventa mil coisas, faz muitas perguntas. Tudo quer saber. Filha de uma família não muito ligada à arte, muito menos à cultura, mas, que vivam tudo isso na sua simplicidade, aprendi tudo o que sei e tudo o que faço. Escrever era algo que me encantava, desde minha primeira infância, quando eu rabiscava os papéis de pão. Antigamente os pães eram vendidos e embrulhados em papel pardo. Depois que cresci, viajei por muitos mundos, enfrentei barreiras, fui forte e conquistei tudo o que tenho. Casei, virei mãe, pedagoga, escritora, contadora de histórias, atriz e idealizadora da Oficina Literária Boca de Leão. Vivo e continuo inventando e reinventado coisas. Sempre ligadas à arte e à cultura. Por isso, estou aqui compartilhando com vocês, tudo o que encontrei: Meus sonhos, minhas paixões...
OBRIGADA, OBRIGADA.... OBRIGADA!
 Em 2014 estaremos juntos, e com mais Cavaleiros, mais histórias, mais pérolas para alimentar as nossas memórias!
Ahahahahahah...
 Glória, agora é com você! É chegada a hora de fechar a nossa 1a Mostra da Távola Quadrada, edição 2013!
Os nossos agradecimentos estendem-se a todos os presentes neste nascimento da Távola Quadrada, também, a vocês leitores!
Sem vocês, ela não viria ao mundo. Sem vocês, o fazer literário nos meios sociais, também, não existiria...
OBRIGADAAA!

*Claudete da Mata*
A todos os nossos visitantes e leitores, FELIZ 2014!

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