sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

BRINCADEIRA DE LEMBRAR SOBRE A CASA ONDE NASCEMOS E OUTRAS LEMBRANÇAS DA NOSSA INFÂNCIA

Foto da minha primeira infância aos 18 meses, saudável e grandalhona.
Momento de recordação: Eu na 1ª infânicia na Ilha de Santa Catarina, num lugar chamado Saco dos Limões, no quintal de minha casa paterna, em Florianópolis/1959.

Bem na época em que as calcinhas das mulheres eram feitas com pano de saca de açúcar bem lava e alvejada com pedra de anil, dessas que hoje são usadas para fazer panos de sevar louças. As mães faziam as calcinhas, suas e de suas filhas, uma costura à mão com o antigo "ponto atrás". Os fundos das calcinhas eram bem largos para que as meninas e as jovens pudesse sentar à vontade, para que, caso abrissem as pernas sem querer, os meninos não conseguiram ver nada além do fundo da calcinha. Talvez seja por essa ideia plantada na cabeça das meninas dessa época, que até hoje eu não consigo vestir calcinha meio fio, muito menos dita fio dental; como diz minha mãe: "- É o tipo de calcinha que nenhuma mulher deve usar porque a triste fica roçando o fiofó até ele ficar calejado. Deve dar uma coceira que nem é bom pensar..." Minha mãe ainda preserva os velhos conceitos.
Da minha infância, esta é a única foto que tenho. Ela foi tirada no quintal da primeira casa onde morei e cresci até os 6 anos de idade. Era uma casa onde a minha irmão mais moça nasceu enquanto o nosso pai foi buscar um carro de aluguel para levar a minha mãe à maternidade. Eu, de pé na cabeceira da cama de minha mãe que estava aos gemidos provocados pelas contrações, assisti o nascimento de minha irmão por um fotógrafo "lambe-lambe". (Claudete T. da Mata) 

Coloquei esta brincadeira no me Facebook, alguns amigos aceitaram entrar e ela começou assim:

Amigos, vamos brincar de lembrar?
Escreva sobre a casa onde você nasceu e as outras onde viveu - o que aconteceu de surpreendente, Escreva sobre pessoas, brincadeiras de infância que você mais gostava e que menos gostava, ruas, etc. (revele os detalhes). Fale sobre o que você consegue vasculhar na memória. Pode ser de qualquer fato ou momento engraçado ou triste, você é quem decide escrever o que vir à memória. É bom para prevenir o esquecimento e preservar a memória. Dizem que isto acorda a criança que dorme dentro de nós.

Vamos começar? O Evandro Jair Duarte já iniciou e quem vai ser o segundo, o terceiro e daí por diante??? Vó Osmarina Maria de Souza,Saray MartinsFlorencia María TabaneraDora DuarteTania MeyerMary Anne, Jöel Vigano Ator, Fabrícia BritoNeriton MartinsPeninha Gelci CoelhoCarmen L. FossariCarmen Cella, Biange Cabral, Fábia Barbosa,Sandro Moacir de CamposAparecida FacioliSusana Zilli de MelloVera Lucia SilvaRita PadoinMaria Teresinha DebatinMaria Sônia SouzaMaria Da Gloria Borba... quem vai ser o seguinte? Todos podem ser o seguinte, até Eu.

ATENÇÃO, é proibido o uso das nossas lembranças sem a nossa autorização! Todas as informações escritas por você nesta "brincadeira de lembrar", estão protegidas pela lei de direitos autorais. Veja abaixo:
No Brasil, o direito autoral foi regulado até recentemente pela Lei 5988 de 14 de dezembro de 1993. A partir de 19 de junho de 1998 entra em vigor a Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998, a nova lei dos direitos autorais.
A difusão cada vez maior das obras intelectuais através dos meios de comunicação gerou a necessidade de proteger o direito autoral pelo mundo, com contratos internacionais nos quais se procura dar aos autores e editores dos países assinantes a mesma proteção legal que têm em seu próprio país. O Brasil assinou os seguintes tratados:
1. Convenção de Berna (9.9.1886)
2. Convenção Universal (24.7.1971)
3. Convenção de Roma (26.10.1961)
4. Convenção de Genebra (29.10.1971) (fonogramas)
5. Acordo sobre aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (vários artigos tratam do direito autoral, inclusive da proteção de programas de computadores).

O direito autoral se caracteriza por dois aspectos:
1. O moral – que garante ao criador o direito de ter seu nome impresso na divulgação de sua obra e o respeito à integridade desta, além de lhe garantir os direitos de modificá-la, ou mesmo impedir sua circulação.
2. O patrimonial – que regula as relações jurídicas da utilização econômica das obras intelectuais.
Informações extraídas do site http://www.scielo.br/scielo.php… - dia 22.01.2015, por Claudete T. da Mata.
E poucas pessoas escreveram e pouquíssimas entraram para ler, mas as lembranças foram muito interessante, veja!

  • Evandro Jair Duarte Eu lembro da casa que meu avô construiu nos fundos do terreno dele para morarmos lá. Era de madeira e alvenaria só no banheiro. Com poço artesiano para a água. Com uma ponte que passava acima de um pequeno riacho. Depois fomos pra São Sebastião - SP, lá moramos nos fundos da casa de uma Senhora. Ela era bem querida. Lembro do quintal, dos aposentos da casa, da decoração. Depois fomos morar em outra casa perto dali, dividiam os o quintal com outra casa. Depois, moramos mais perto dos muros da Petrobrás, na casa em q fomos morar tinha uma mangueira no quintal, eram deliciosas. Muitas amizades na redondezas. Em seguida, nos mudamos para a outra rua, agora não mais de aluguel, a casa foi comprada. Uma casa em uma esquina. Era comprida, na frente uma garagem com canteiros de jardim nas laterais, quarto de minha mãe, sala, cozinha, banheiro, nosso quarto (crianças), área de serviço, quarto de empregadas e outro banheiro. Era uma peça seguida da outra em comprido ... Eu gostava de morar lá. Depois fomos morar em Gov Celso Ramos, a casa de meus pais ainda é lá. Hoje eu moro em Floripa em um pequeno apartamento
  • Donato Ramos A casa era um sonho! Diversos quartos, todos suíte, Tinha uma espécie de cascata na sala de estar. Aliás, quatro salas, uma para casa coisa. Os banheiros, em número de cinco, de mármore Carrara, com piso de granito do Espírito Santo. A casa era um sonho! O quintal enorme, tinha um bosque com todos os tipos de árvores e flores, um lago de peixes ornamentais. Pássaros gorjeavam voando de lá prá, de cá prá lá, entre as muitas árvores frutíferas... A casa era um sonho que se repetia à cada vez que eu dormia e sonhava. Acordava num quartinho - a casa tinha dois quartos - e era feita de sapé, chão batido, na cidade de Echaporã, no bairro pobre onde nasci. Quando eu tinha três anos minha mãe se foi pra bem longe, noutra cidade. Quando ela me reencontrou na Escola primária, a diretora me chamou e apresentou aquela senhora que se parecia comigo. A diretora disse:- Esta é sua mãe! E eu, educado que era, porque meu pai sempre me ensinou a ser educado, estendi a mão e disse: MUITO PRAZER!
  • Claudete T. Da Mata Querido Donato Ramos, a sua história é maravilhosa e emocionante. Poderias escrever mais um pouquinho sobre as tuas lembranças: brincadeiras, brinquedos, pessoas queridas, etc. Eu desejei ler mais, escreve? Depois vou sentar e escrever as minhas lembranças porque a casa onde nasci ficava no morro do Pantanal, lá de frente para a UFSC, era uma casa mal assombrada que ainda podemos ver ao passar de ônibus. Dizem que era onde morou uma família de escravos. E as pessoas com quem vivi, as histórias que ouvi dos mais velhos ao pé do fogão à lenha e sob a luz da antiga "pomboca" que fumaçava o nariz das crianças incheridas, como dizia a minha mãe lá na minha meninice. Lembrar sobre minhas brincadeiras preferidas, uma delas era beliscar a minha irmã mais moça, de preferência à noite por baixo das cobertas, e ver a choradeira dela era divertido, pode? Outra coisa horrorosa que eu fazia era brincar com as lousinhas de barro e quando eu quebrava alguma (eu sempre acabava quebrando devido a minha agitação ao ter que brincar de cozinhadinho) eu trocava pelas da minha irmã sem que ela percebesse. Como eu fazia para que ela não percebesse? Ao quebrar, eu ficava em silêncio e guardava a lousinha sem que ela visse e à noite eu fazia a troca da minha peça quebrada por uma dela. Nossa mãe sempre comprava lousinhas iguais para não dar ciumeira na minha irmã chorona, porque se havia uma peça de lousinha diferente, ela sempre chorava para ficar com a dita. Por ser a mais moça, ela sempre ficava com o que desejava e isso me deixa com vontade de fazer o que? De beliscá-la nas pernas e nas costas, que horror.
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  • Carmen Cella Claudete T. Da Mata poderia ser alguns comentários e, de fato, fazer um livro tipo Antologia sobre essa questão. Vai ser muito lindo, além de incentivar as pessoas com suas memórias.
  • Aparecida Facioli ESCREVER SOBRE TUDO ISSO EU JA FAÇO ACHO QUE JA DA UM LIVRO ! MAS VOU TEMANDAR ALGO ,AGORA MEU CIÁTICO TA DOENDOOOOOOOOOOO KKKKK BJS.
  • Evandro Jair Duarte Gente, é uma brincadeira, não precisa ser um romance.
  • Carmen Cella E por que não pode vir-a-ser?
  • Evandro Jair Duarte Pode. O que digo é q as pessoas não participam.
  • Dora Duarte A casa onde eu nasci, não me lembro muito, mas aonde vivi anos de infância, esta me lembro muito bem, ora se lembro. Como já foi publicada as minhas memórias, vou descrever o que lembrei, os detalhes da casa onde fui morar em João Pessoa aos oito anos...Era uma casa amarela de reboco, com telhado simples, não tinha forro, eram bem repartido os cômodos: Uma sala com quatro cadeiras, mais uma de balanço, um mesinha com um rádio, quadros na parede do Sagrado Coração de Jesus e Sagrado Coração de Maria, um calendário, que se destacava todo dia uma folhinha e atrás o dia do santo. No quarto dos meus pais ,uma imagem de N. Senhora do Bom Parto,um caritó com lamparinas, fósforos, uma baú grande onde guardava as roupas de casa. O nosso, era com camas, redes e maletas. A sala de refeições: um petisqueiro "armário", a mesa com tamboretes para cada um. sentar. A cozinha, um fogão de carvão, o carvão era comprado na porta aos carvoeiros.Lavava-se roupas num rio distante dali, a casa era abastecida dágua comprada e trazida na cabeça com pote de barro .Louças eram lavadas num girau feito do lado de fora, as necessidades, na casinha de palha no fundo do quintal, por falar nele, era cheio de árvores todas frutíferas. O que eu mais gostava de fazer, era brincar de casinha,subir em árvore, desenhar naquele chão de areia branquinha e pular amarelinha. Detestava e não brincava de "guerra com estilingue com caroço de mamona , que as manas menores que brincavam com as crianças da vizinhança. O fato que mais marcou, foi quando a família toda teve que mudar para outro bairro, porque a casa estava caíndo e precisou reformar. Daí, tivemos que ir morar numa casa de palha de coqueiros, bem pobre, escura...Meu medo era de morrer queimada, pois já havia presenciado incêndios de uma vila com quatro casas. Graças a Deus, correu tudo bem, voltamos à casa depois de reformada, para alegria de todos.
  • Evandro Jair Duarte Adoro suas histórias Dora Duarte
  • Claudete T. Da Mata As histórias da Dora Duarte são todas com recheio de esbugalhar os olhos e a memória de quem se delicia com elas. Forma simples de retratar os acontecimentos, os lugares, os sentimentos e de levar o leitor numa viagem cheia de surpresas, de risos, de curiosidades... Também adoro ler os contos da Dora Duarte, de estar com ela e me deliciar com todas as gostosuras que só ela sabe preparar, né Tania Meyer?
  • Antonieta Merces Há muitos e muitos anos, naquela casa verde da cor da esperança, a aparadeira do lugarejo à beira mar, após trazer ao mundo dois meninos, coisa rara de acontecer em lugar pequeno, entrou “espalhando brasas”. Deixou para trás as portas da sala e da varanda, adentrando-se pela porta da cozinha tão logo foi impedida de arrear os tamancos de madeira na calçada. Aos ploc, ploc dos tamanhos apressados no assoalho, também, de madeira, juntavam-se, os gritos de minha mãe, abafados pelo travesseiro de “marcela”. A casa tinha três quartos. O da frente era destinado às visitas. No do meio estava minha mãe desesperada às voltas com o trabalho de parto há horas. Horas que se estenderam por mais uns 30 minutos que para a partiruente parecia não mais passar. Mas, passou tão logo vim ao mundo pelas mãos de “dindinha Dionísia”. Era tratada de comadre pelas mulheres assistidas por ela fazendo com que ela passasse a ter afilhados no lugarejo inteiro. Nossa casa cor de esmeralda dava de frente para a rua principal onde do outro lado ficava a venda do casal. Dindinho Miguel e dindinha Célia, meus padrinhos de batismo. Dessa forma, passei a ter três padrinhos para tomar a bênção beijando na mão direita. Aliás, quatro, porque depois veio a “dindinha” de crisma. E, ainda bem que para a quinta: a lua “dindinha do céu”, eu beijava na minha própria mão e jogava meu beijo para o alto. Assim, o tempo ia passando. Da janela da casa verde, enquanto crescia, eu acompanhava o passar, também, dos carros de bois, carroças e cavalos. E, com o olhar mais adiante o ir e vir das lanchas carregadas de peixes. Embora curiosa, quieta e calma, era uma menina medrosa, por vezes. Tinha medo do escuro. A luz do lampião da sala era apagada na hora de dormir. Porém, a luz da placa de querosene, tendo o pavio abaixado, permanecia clareando o quarto, meus sonhos e pesadelos. Pesadelo maior, ou melhor, susto aterrador, naquela noite em que minha jovem prima, que morava conosco para ajudar minha mãe nos afazeres domésticos, acordou aos gritos. Ela levara uma bofetada no rosto. Ninguém sabe de quem. O rosto avermelhou na hora. A casa acordou em “pandareco”. Acabou-se o sossego na casa verde esmeralda, na ocasião, mais pra verde petróleo, pela falta de nova pintura. Meses depois, nos mudamos para uma casa branca da cor da paz, com uma chácara com pés de goiaba, pitanga, laranja, araçá, banana, jaboticaba, e um lindo jardim ao derredor cultivado por minha mãe entre ervas aromáticas e medicinais. Hoje, após seis décadas, não mais existem... Nem as casas, nem meus pais, nem as dindinhas... Eu, mudei de lá, mas, minha prima, com mais de setenta, continua lá e pode confirmar a veracidade dessa história o
  • Claudete T. Da Mata A brincadeira de lembrar está ficando uma delícia, néEvandro Jair DuarteCarmen CellaDonato Ramos - vocês concordam? Como eu estou vivendo os últimos dias na estrada em função do processo que estou constituindo contra a "empresa Fratello Motors", ando com a minha memória bem ocupada. Depois de tudo encaminhado, sentarei e começarei a escrever as minhas lembranças dos "tempos de antanho". Minha experiência de hoje foi um horror, parecia uma drama misturado com comédia que quase virou uma tragédia. Gente, quase pulei no pescoço do "gerente da loja" que mandou eu calar a boca verbalizando, depois de me falar uma série de ignorâncias: "Cala a sua boca porque quem fala alto dentro da minha loja eu e não a senhora..." Eu levantei da cadeira e estiquei o pescoço, levantei o volume da minha voz mais alto que a dele e perguntei onde ele enfiou os nove mil reais que eu depositei na conta deles e que se dei esse valor para abater no total de 38.000,00, com os descontos que ele mencionou ter dado, o carro seria financiado no valor de 27.000,000 e não trinta e poucos mil como havia no contrato que assinei sem ler, na confiança de que eles estavam fazem a negociação certa... E perguntei onde foi a festa que eles fizeram com o meu dinheiro - o rapaz endoidou e a loja parecia mais o programa do Ratinho. Ao final (se eu escrever, Carmen Cella, dá um livro de mil páginas), ele trancou o portão para que eu não saísse com o carro que estava no conserto e que ele acabara de me entregara, porque eu disse a ele que o que ele fez comigo não foi papel de homem e vejam o que ele me falou: "A senhora prova que eu não sou homem? Sou muito homem!!!" Minha resposta: Podes ser homem na cama, que também não sei e nem pretendo saber, mas fora dela és um homem de merda, uma titica de homem. Ele ficou roxo e disse que chamaria a polícia, depois trancou o portão para Eu não levar o carro. Quando eu falei que chamasse, porque quem sabe ele seria levado para dar conta do meu dinheiro e por estar retendo um bem que era meu, ao ouvir Eu perguntar à minha advogada se ela estava com o B.O. que fizemos contra as sacanagens dele, ele envermelhou até os olhos e abriu o portão. Acabei de chegar da citada empresa localizada na Rua Josué Di Bernardi, 891, Campinas/SJ. Esta só é um pedacinho do que aconteceu. Agora vou descansar porque fiquei exausta. Até iria à Biblioteca Pública do Estado, mas como tive que gravar mais um episódio desta saga investigativa que iniciei no dia 20/01/2015, preciso descansar a garganta, as pernas (rodei a minha cigana dentro da dita loja) e a mente - relaxar um pouco.
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  • Claudete T. Da Mata Peguei minha vassoura e viajei para as lembranças daAntonieta Merces e vi cada momento, até senti as dores de parto da mãe e vi o rostinho da Tonha ao nascer. Uma leitura deliciosa, dessas de avivar a memória e pedir mais e mais histórias.
  • Lembro com muitas saudades de qd eu era pequena e brincava na farra de boi com meus pais, tios, irmãos,vizinhos. Meu tio tinha um terreno grande com muitos cafezais espaços para secar o café, muitas outras frutas, pedras, pasto grande,onde dava para todos correrem. Era uma grande festa. Nuca vi ninguém machucar o boi,ou o boi machucar alguém. No final matavam o boi e dividiam a carne com quem ajudou a comprar. As vezes fazendo um churrasco ali mesmo, era uma grande confraternização Não havia drogas! Porque as crianças e jovens, iam para a escola, ajudavam os pais na lida do dia dia.Nos finais de semana a maioria ia para missa, depois brincavam com o boi de campo ou no boi de mamão.
  • Claudete T. Da Mata A casa para onde eu fui levada ao sair da Maternidade Carmela Dultra, na antiga Nossa Senhora do Desterro, era de tijolo artesanal, tijolos feitos pelos escravos da Ilha de Santa Catarina, segundo o que diziam os vizinhos daquela época (1958). Era uma casa branca, uma caiação de cal sem corante. diziam que era feita com tijolos artesanais com óleo de baleia, paredes muito grossas, portas de madeira fechada com duas "trancas de madeira de canela" que soltava um cheirinho que não me sai da memória. Talvez seja por essas trancas que adoro tomar café e comer frutas com canela. E se misturava o cheiro das trancas com o catinga dos caibros feitos de madeira de "canela merda", como dizia minha mãe: "As trancas são cheirosas e o telhado com catinga de merda", e eu soltava risadas ao ouvir o jeito como minha mãe falava sobre os dois aromas juntos. E eu colocava meu nariz nas trancas para esquecer a catinga dos caibros. A casa não era forrada. Ainda bem. Já pensou se os antigos donos tivessem forrado com a mesma madeira dos caibros? Eles diziam que a canela merda era tão boa que nem os cupins entravam nela. E, eu ficava falando para um amigo invisível que insistia em rir da minha casa: "Ainda bem que esse cheiro não deixa o cupim entrar dentro de casa. Eles devem comer tudo, até nariz de criança, e se vem um montão deles pra cavar um buraco na cabeça da gente, o que vai ser?" E o meu amiguinho ria muito do que eu falava. Então eu corria para trás da porta da cozinha e ficava lá toda encolhida com as pernas abraçadas e a cabeça sobre os joelhos, toda emburrada com o meu amiguinho. Eu era uma criança cheia de imaginação. OBS. DEPOIS EU VOU CONTINUAR!
  • Aparecida Facioli EU JA NASCI TERRÍVEL, SEMPRE FUI MUITO FELIZ E ESPERTA. AOS 3 ANOS EU TINHA UM VIZINHO QUE TINHA UM CARRO, ERAM POUCOS NA ÉPOCA, EU CORRIA PARA ABRIR O PORTÃO DELE TODAS AS VEZES QUE ELE CHEGAVA. É CLARO, ERA PARA GANHAR UMA MOEDA. ELE COMBINOU QUE QUANDO CHEGASSE A DÉCIMA VEZ EU GANHARIA A MOEDA, POIS BEM, EU CONTAVA CERTINHO ATÉ 4 OU 5, AÍ EU PULAVA PRO 10, ELE ME CHAMAVA DE ESPERTINHA E DAVA A MOEDA, AHAH... EU IA NO BAR DA ESQUINA NESSA MESMA DATA, A DONA ME MANDAVA REZAR O PAI NOSSO, SALVE RAINHA. SÃO ORAÇÕES DIFÍCEIS. COM 3 ANOS EU JÁ SABIA REZAR, ADORAVA O PADRE DA MINHA IGREJA. QUANDO ALGUÉM ME PERGUNTAVA ONDE EU MORAVA, EU DIZIA MEU ENDEREÇO CERTINHO, AÍ GANHAVA UMA BALA, SEMPRE FUI MUITO QUERIDA. AS COISAS TRISTES DEIXO NO PASSADO!!!!!!!!!!!!!
  • Claudete T. Da Mata Jöel Vigano Ator, Susana Zilli de MelloVera Lucia Silva e os demais, vocês não vão entrar na brincadeira?
  • Dora Duarte Senta que lá vem história! Quando Claudete T. Da Mata diz que depois vai continuar...
  • Ivonita Di Concilio kkkkkkkk Vou mandar minhas memórias - outra hora...
  • Marta Carvalho A nossa casa era alta com uma janela bem rente à rua, no Estreito, eu tinha uns 3 anos e estava de pé sobre uma cadeira pra ver passar o carnaval. De repente veio o boi-de mamão e fez de conta que ia me dar uma cabeçada, assim brincando, tomei um baita susto, daí a cadeira virou pra trás e lá se foi a menina curiosa pro chão! Não tem como esquecer isso!
  • Tania Meyer Eu lembro muito bem como eu me despedi do meu pátio que para mim era encantado, tínhamos que nos mudar e o que mais sentia era ter que deixar o meu canto de magia e brincadeiras, era bem pequeno mas para mim era gigante, foi neste lugar que agucei a minha imaginação e fantasia, eu voei estive em várias outras galáxias,
  • Claudete T. Da Mata Queremos mais da Tania Meyer e da Marta Carvalho... DaIvonita Di Concilio - Ebaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa E depois continuarei a minha história.
  • Ivonita Di Concilio Morei em muitas casas, mas uma boa lembrança é a da Frederico Etzberger /Palegre, onde havia um grande cinamomo que, através da janela, ao sol, formava um belo rendilhado de suas folhas, no assoalho da sala.
  • Claudete T. Da Mata Ivonita Di Concilio, que lembrança curtinha. Estica a memória que queremos mais.

Queridos leitores, caso tenham gostado desta brincadeira, que é um belo exercício de memória, deixe a sua história na caixa de mensagem com autorização para ser posta conosco.

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