quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Contação de História, uma Arte Sagrada... (Claudete T. da Mata)

Vamos conversar sobre a Arte da Contação de Histórias com Empoderamento, Sapiência e Amorosidade Humana?
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Contar histórias (arte milenar) ainda desenvolvida por poucos, pode ser feita por pessoas que apreciam as narrativas orais - Pessoas que trazem a arte em suas entranhas, aquelas que querem se iniciar ao sentirem o chamado sagrado... Contar histórias é uma Arte Sagrada, sim. Aqueles que queiram estar com as histórias e crescer com elas, sempre que que lhes empresta a vez, a voz e a memória. Isso também é Arte de se desenvolver com arte - Arte da palavra que cativa por ser bem lida ou contada, com ou sem elementos de apoio... Contadores de Histórias são crianças em corpos crescidos.
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(Claudete T. da Mata no Arraiá da Inclusão - Junho de 2019 no auditório da Biblioteca Pública de Santa Catarina)
Ser contador de histórias é estar pronto para aquele chamado surpresa. Mesmo estando na sua página em branco, sua criança interna lhe aponta a tela da imaginação... É quando o Narrador segue na apresentação da encantaria que bate na suas porta...
As Histórias não são matérias a serem carregadas em repertório alojados em sacolas... nem mesmo na vestimenta do corpo, nos acessórios ornamentais da cabeça aos pés, também do ambiente de atuação.
Por si, quando está de alma e coração pronto, o Narrador de Histórias é tudo, até mesmo o inimaginável ao recorrer aos guardados do coração a desatar os fios da imaginação.
As Histórias são guardados da memória, sem mimi, elas a viajar mundo afora... São palavras em gestos, ritmos e entonações doces e salgadas, quentes e frias, também geladas a pedir para não serem congeladas... Elas, no todo de um contador de histórias não chegam sem emoção e afetos, por não serem resumidas em estudos e pesquisas de uma só pessoa. Nos seu trajeto s expressão do silêncio se faz presente na presença dele seus ouvintes afetivos...
E cá estou a interagir com essa imagem da Narradora a dar Vida à sua Criação parida para juntas levar a Encantaria das Histórias que também podemos dizer:
O Narrador Oral com Bonecos Narradores de alma, coração e mãos entrelaçadas com as Histórias, seguem e prosseguem como figuras pública a estabelecer juntos, os elementos que apresentam a narrativa... Nessa junção estão a compor os momentos de interações da história com o público de escuta atenta, numa recriação inter e intra no aspecto da vivência e das experiências conjuntas.
É quando o Contador de Histórias não é somente o ser, o ter e o estar num palco entre olhares e ouvidos...
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(Claudete T. da Mata - Narrando Histórias também para Bebês - 2018)
Contador de histórias não é simplesmente ter vez, voz e olhar...
Contador de histórias não é ser dono deste ou daquele espaço...
Contador de histórias não é somente a boca que fala.
Contador de histórias não é só corpo em movimento entre passos e pulos...
Contador de histórias não é somente ele...
Contador de histórias não é pequeno nem grande...
Contador de histórias não é estrela, nem o centro do universo.
Contador de histórias não é o romancista do que leu ou ouviu...
Contador de histórias não é o dono da palavra nem de seus ensinamentos...
Contador de histórias não é fazer sozinho, nem ser só sorrisos...
Contador de histórias não é apropriar-se da criação e jogar o criador num canto qualquer.
Contador de histórias é abraçar o criador a levar sua criação com a alma grávida de imaginação paridas com o coração.
Contador de histórias é cultivar o autoconhecimento no cativar Deus seus afetos com as histórias e seus ouvintes...
Contador de histórias não nega pedidos e sai a narrar mesmo por meio das cantorias poéticas e as abreviadas narrativas, caso o tempo dado não seja o tempo esperado... E se por acaso for arrancado do espaço, não mate a história - use suas competência criativa com inteligência racional e após abreviar o meio e o final da história, agradeça ao universo por mais um desafio superado.
Ser contador de histórias é ser removedor de obstáculos provocadores da vergonha do caminho de seus ancestrais.
Ser contador de histórias não é caminhar capenga, é aprimorar o estilo com respeito ao solo por onde faz a caminhabilidade sagrada.
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(Claudete T. da Mata - Narrando Histórias na Praça XV de Novembro - Centro da Ilha de Santa Catarina - 09.12.2017)
Ser contador de histórias também é ser educador, terapeuta, engenheiro, advogado, curandeiro, chaseiro, é jardim e também jardineiro, também é flor pelo caminho, canteiro, erva doce, estrada, preservador e perpetuador da ancestralidade construtora de casas e pontes a oferecer espaços ao novo com saúde e vida longa para as gerações futuras.
Ser Contador de Histórias é também cair e levantar para aprender a aprender como é ficar de pé sem fronteiras, eiras, nem beiras...
Ser e se fazer ser Contador de Histórias é viver em aprendizado contínuo sem se achar pronto ou melhor que o outro. Isso é aprender a caminhar entre a riqueza e a simplicidade, mesmo que uma queira mostrar para a outra quem traz a felicidade.
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(Na entrada da casa de Peninha - Palhoça/SC)
Ser Contador de Histórias é cativar os saberes contemporânea e ancestrais, os ouvintes para a escuta afetiva, os afetos fraternos, as próprias histórias a serem apresentadas... Saber que, assim como disse a Raposa ao Pequeno Príncipe: “Quem cativa, cuida...”
Assim, parafraseando os pensadores que acabam de meus visitar, digo que:
Ao emprestar a Voz a dar Vida aos Contos, ser Contador de Histórias é uma honra!
(Texto fruto de estudos e vivências - Claudete T. da Mata, Florianópolis, SC, 06.02.2020)

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