Um dos Temas pesquisados e estudados no mês de março de 2015:
COMO PODEMOS MEDIAR UMA BOA LEITURA DENTRO E FORA DE AMBIENTES EDUCATIVOS, SARAUS, RODA DE HISTÓRIAS?
Mediação do livro e da leitura é um dos temas que estão sendo estudados e trabalhados na Oficina de Formação de Escritores e Oficina de Contadores da OLBL
Preste atenção no tom da leitura como um dos seus elementos de narração oral, onde o seu elemento de cena é o livro com o seu enredo e seus personagens que ganham vida por meio de você.
Exercite o ritmo da voz antes de colocar em prática o contador leitor que vive dentro de você, porque além do ritmo você também precisa refinar a sua capacidade de pronúncia das palavras, cuidar muito bem do vocabulário (sem vícios de linguagem, mesmo que na vida fora do ambiente literário você se comunique do jeito que bem deseja), caso contrário, o público percebe (sempre haverá na sua plateia alguém ou muitas pessoas atentas a todos os movimentos do contador leitor e mediador do livro), cuide-se, cuide-se e cuide-se, porque se errar pela força da falta de exercício da palavra lida e falada, pode colocar tudo a perder.
Outro inimigo do narrador/leitor, também, do narrador oral tradicional (com ou sem elementos concretos) é um elemento muito discreto e sem piedade, que pode pegá-lo de surpresa, ou não, caso o narrador já entra em cena com medo dele, é: o senhor "nervosinho", assim como o famoso "branco"que segue sua vida normal caso você não seja mais forte que estes dois elementos desmotivadores da arte de contar e ler histórias e outras categorias literárias.
Quando você vai bem na sua práxis, o leitor ouvinte, concentrado e embebecido com a sua narração/leitura nem percebe um erro que surgiu de repente, caso você não interrompa a leitura oralizada que estava tão gostosa, para pedir desculpas. O corte repentino também corta a concentração e acaba com a encantamento espalhado pelo ambiente psíquico e pelo espaço físico e nos contagia de maneira tão convincente, de tal forma que o leitor/ouvinte está a ver os seres que pula dos livros e da oralidade a se metamorfosear e a encantar. Então, continue sua narração/leitura oral sem cortes, sem tiques nervosos, sem preocupações com o tempo presente, sem ver o que acontece na plateia... Viva o universo imaginário se concentrando na leitura certo da força da palavra oralizada, bem como, sua entrada no universo imaginário, e faça parte dele, experimento as sua emoções e retrate-as naturalmente. Você consegue, mas para "viver tudo isto, ser e fazer", é preciso se preparar antes de acontecer.
Então, abra todas as portas do seu coração e viva todos os momentos da sua práxis porque o leitor/ouvinte vai estar com você onde quer que você esteja, seja durante uma mediação do livro e da leitura ou uma contação de histórias.
Lembre-se que não existem apostilas de contadores de histórias, nem receitas porque o segredo está dentro de você e na sua capacidade de "querer ser, de buscar o saber e de aprender como e quando fazer", praticar o exercício do desprendimento e da abertura para o novo sem medo da perda.
Tudo isto passa pela prática continuada do exercício da descobertas necessárias ao refinamento das suas práxis. Então, pesquise outros atores (contadores, escritoras, etc.), leia muito, estude, saiba como planetar as suas práticas, permita-se ir mais além, experimento o novo sem necessariamente abandonar o velho, aventure-se de maneira consciente...
Eu, por exemplo, mesmo depois de aposentada do serviço normal, ainda continuo fazendo tudo isto e muito mais onde quer que eu consiga ir, estar e fazer. Uma das minhas mestras é Cléo Busatto.
Depois deste compartilhamento, editaremos o momento de ensino e aprendizagem, no auditório da Biblioteca Pública de SC, no dia 20 de março. (Claudete T. da Mata)
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