quinta-feira, 30 de abril de 2015

Passaro origami - Quer aprender a fazer origami Tsuru que bate asas?



Faça o seu e brinque como a sua criança brincaria. Foi a Leoa Albertina Fonseca que socializou. Quem conseguir fazer, leve na terça que vem para nos mostrar, mas não esqueça de escrever um conto sobre o seu Tsuru e também o apresente ao Grupo dia 05 de maio, na nossa Casa de muitas Asas - BPSC. Já estou fazendo o meu - EBAAAAAAAAAAAAAA... (Claudete T. da Mata)

terça-feira, 28 de abril de 2015

Jogo de Improviso: Velho João, o filho da bruxa - Claudete T. da Mata e ...



Para rir e gargalhar um pouco com o meu Velho João, o filho da bruxa - Num jogo de improviso com um amigo contador de histórias que conheci em Ponta Grossa/PR, no II Festival Nacional de Contadores de Histórias. As risadas são contaminantes - Prepare-se!

(Claudete T. da Mata, postagem no Youtube em 28 de abril de 2015)

Tsurus que batem as asas e fazem a alegria das Meninas da Matilha Boca de Leão!



Um resultado que liberou a Criança de dentro de cada Leoa. Luciana Bianchim, Você está de volta - Vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...

Dia 28.04,2015: Grupo Literário Boca de Leão, na Biblioteca Pública de SC - Tarde e Noite!

Hoje no período da Tarde (das 15h às 17h) e da Noite (das 19h às 20:30min), 

Albertina Saudade Fonseca substituiu Claudete T. da Mata e fez um belíssimo trabalho. As imagens não negam o prazer estampado em cada rosto, sorriso e olhar.

A Tarde, Albertina, Saray, Natália e Dora, leram sobre a japonesa Sadako e Albertina as ensinou a fizer o Tsuru que bate asas - foi um momento de aprender como dobrar papel com a alma.

Natália falou do "Jogar no papel com a alma" e leu o conto criado por ela no encontro anterior. 

Saray Martins sempre participativa e analítica. ela estimula o nosso imaginário com as suas observações, suas críticas, seu saber... Como eu desejei estar neste momento para ver a Dora Duarte brincar com o imaginário por meio da arte de dobrar papeis. Ela está bem concentrada. Certamente, vai levar este momento até a Biblioteca da Vó dora lá no Bairro Areias do Campeche, para o encanto das suas crianças.

Que grupo lindo. Todas concentradas a deixar fruir a arte de suas mãos - mãos que muito contaram nesta tarde única. Gostei do tsuru rosa da Natália. Dora, relata Albertina: quando viu a foto do lenço, terço..., fez uma história que foi gravei. Ela sabia que o encontro era dos escritores mas aconteceu um abraço entre as duas formações continuadas, onde escritores e contadores levaram o Tsuru para fazer uma história e trazer na próxima aula.

À Noite (da esquerda à direita) podemos ver mais um momento lindo e único: A Beatriz escolheu fazer um tsuru verde, a Aparecida Facioli encantada com a aula de hoje e a nossa Leoa Luciana encantada com o seu tsuru rosa (A nossa Lú retornou à Matilha de Leões - VIVAAAAAAAAAAAAA...).

A Leoa Idê Bitencourt hiper concentrada na leitura sobre Sadako. É uma história real que nos faz ver o encanto das crianças, de fora e de dentro de nós. A Vó Cida fica de olho na Beatriz Campos. E assim ela vai aprendendo!

Uma cena cheia de alma jogando no papel o imaginário a ser escrito em casa. Aqui é o momento de brincar com os elementos que vão ganhando vida ao sair do coração. 

Quem não joga de dentro para fora com o coração, não consegue jogar no papel com a alma, viu Natália?

A Idê Bitencourt, com o papel verde limão, imagino que esteja falando: 

- Agora vou fazer o meu tsuru!!!

A Idê trocou de cor? É assim, de repente outra cor nos escolhe, mas sempre imaginamos ser nós o dono da escolha.

À noite, a Beatriz, a Idê e a Luciana e a Cida. Albertina entregou às leoas presentes, 3 textos para lerem em casa. Depois ela envia-me os textos por e-mail.

ALBERTINA SAUDADE FONSECA, EXPRESSO A VOCÊ MINHA GRATIDÃO POR TERES ME SUBSTITUÍDO E ME OFERTADO TAMANHA GRANDEZA DE ALMA CHEIA DE PROFISSIONALISMO E UMA HOSPITALIDADE HUMANA DE CHEIA DE ALMA E CORAÇÃO!
Só tenho a Agradecer ao maior Escritor e Contador de Histórias que a Humanidade já teve. E Ele está sempre entre nós!
(Claudete T. da Mata)

Meu Vizinho Totoro - Uma história crianças de todas as idades!



Meus filhos se encantavam com esta história. Ela mexe com o imaginário e o coração, até dos brutos.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dia 22.04.2015: Meu Avô me contou, Leonardo Boff escreveu e Eu narrei!



Foi um dia de imaginação!

Dia 23 na Feira do Livro: Além das contadoras Aparecida Facioli e Albertina Fonseca (Período matutino), à tarde foi a vez da contadora de histórias e escritora Dora Duarte que fez a alegria das crianças!

Parabéns, Dora Duarte, minha Leoa amada, por ter feito o encanto fluir em cada criança levando, em Especial, o Igor: Menino gerado na tua imaginação em agosto de 2011 e nascido pelas tuas mãos. Foi lindo de ver. Agora ele anda sempre com você. E nesta Feira no Colégio SC, você plantou mais mil sementes do imaginário em cada criança presente.

Estou FELIZ porque vejo que as minhas Leoas estão mandando brasa na arte de contar, contribuindo e cutucando as janelas da memória com a arte de imaginar e encantar.
Vó Dora apresentando o seu Livro!
Narrando histórias de animais!
Vó Dora e o Igor viraram crianças em cena!
Dora Duarte, contadora de histórias e escritora

Albertina Fonseca

2 meses atrás  -  Compartilhada publicamente
 
Lindo de ver. As crianças atentas e felizes. Parabéns. Bjs


Dora Duarte

2 meses atrás  -  Compartilhada publicamente
 
Obrigada Claudete pelo teu elogio e reconhecimento> As Histórias que eu contei, uma foi de minha autoria" O sapo e o rei leão", a outra "Campo Santo", da famosa contadora de história Bia Bedron. esta eu não tenho escrita a do sapo sim, depois eu enviarei.

Marina Colasanti lança "Minha Tia me Contou" 16_10_07



Para aprender um pouquinho com uma escritora que virou contadora de histórias.

domingo, 26 de abril de 2015

A Leoa Albertina Fonseca, da Trupe de Contadores de Histórias Boca de Leão encantando os pequeninos!


Albertina conta e encanta com a arte de dobrar e dar vida aos papeis. Vamos aprender com ela? As crianças não perderam tempo!

O MENINO DESMEMORIADO E UM MACACO FOLGADO! SERÁ?

Autoria: Claudete T. da Mata (2012)

No miolo de uma floresta tropical, vivia Grunet, um menino muito esperto. Ele era do tipo que tudo queria saber. Sempre estava a virar as coisas do avesso. Era pura curiosidade. Dizem que ele aquecia o vento, cortava as correntes do grande rio que hidratava os veios da flora e da fauna. Este menino dava nó em ponta de fumaça, pintava as nuvens no céu e rasgava as pedras para ver o que havia dentro delas. Ele fazia coisas incríveis.

Certa vez, quando Grunet subiu a colina de volta para casa, algo pulou nas suas costas. Era um macaco. Apavorado, sem saber o que lhe agarrava com aqueles braços peludos, Grunet correu mais que o vento. Subiu a colina feito raio a riscar o caminho, sem saber o que acabara de fazer.

Ao chegar em casa, Grunet correu para dentro do quintal de casa e se sacudiu..., sacudiu, sacudiu... Sacudiu-se todinho, até não sentir mais aquela agarrada apertada. Sem fôlego e bastante exausto, o menino entrou em casa. Sacudiu-se mais um pouquinho a chacoalha todos os seus membros. No quarto, retirou a roupa do corpo e correu até o espelho para olhar-se dos pés até até a cabeça... Foi quando viu na soleira da janela de seu quarto, um macaco todo azul, que parecia assustado. Os olhos do macaco estavam esbugalhados, com suas orelhas a tremer.


O macaco, mais apavorado que o menino, começou a tagarelar:

- Uh uh uh... ua ua ua...

Eram dois sons que o menino entendia: as vogais “U” e "A". Então Grunet pegou o macaquinho e o abraçou forte. Ele acalmou o animalzinho, que mais calmo, abraçou o menino com tranquilidade. Os dois se abraçaram.

Depois de sentir o pulsar do novo amigo, bem tranquilo, Grunet o levou até a cozinha e lhe deu uma penca de bananas bem maduras, para o macaco comer. Vendo o macaco a devorar todas as bananas, feito uma draga, Grunet batizou o amigo de Azulão Comilão. Depois de encher a pança, o Azulão Comilão esticou os braços para cima a se espreguiçar. Era hora de tirar aquela soneca.

Ao ser levado no colo do menino para o quarto, o macaco, sem perder tempo, foi logo pulando na cama do amigo. O menino, também cansado, deitou ao lado do macaco. Os dois dormiram profundamente. Enquanto dormia, o corpo de Azulão Comilão foi ficando incandescente. A cor azul transformou-se numa luz forte, que tomou conta do quarto e ultrapassou as paredes e todos os cômodos da casa. Foi fenomenal.

Grunet, parecendo ser tocado pela luz, acordou e saiu correndo do quarto. Agora ele já não estava mais a entender nada, entretanto, ao sair de dentro de casa, viu o que estava a acontecer e se divertiu com o resultado do fenômeno. As borboletas tomaram conta da parede da casa. Eram milhares de borboletas das mais variadas cores e tamanhos. E o menino tomado de encantamento, se divertiu muito com as borboletas. Sobre a cama, o macaco continuava a dormir. Até roncava e assoviava.

Ao perceber que o fenômeno era o próprio Azulão Comilão, Grunet correu até o novo amigo sem ver quando ele se levantou a flutuar indo até Grunet, numa postura de agradecimento pelo bem recebido. E logo, num piscar de olhos, o macaco desapareceu sem se despedir do menino. Entretanto, se foi deixando o mundo do menino todo colorido.

Ao chegarem em casa, seus pais não acreditaram no que viram. A mãe, boque'aberta, soltou um grito antes de chamar pelo pai do menino.

- Marido, veja... o que é isto? Eu te falei que ia acontecer algo.. E aconteceu.

- Mulher, eu te disse que a gente não deveria deixar o nosso filho brincar solto por aí. Agora só falta ele dizer que foi o vizinho quem pintou tudo isso sozinho.

Neste momento, Grunet chegou radiante, falando pelos cotovelos.

- Pai... Mãe! Vejam o que aconteceu... Mas não fui eu... Foi o Azulão Comilão.

- Quem é este tal de Azulão Comilão? – a mãe quis saber ao ser interrompida pelo marido.

- Só falta ele dizer que é um mago com uma varinha mágica que pintou nossa casa inteirinha, da porta da sala até a cozinha.

- Não foi eu!... Quem fez isso foi meu amigo azulão, um macaco todo azul e se vocês querem ver, ele está lá no meu quarto descansando com a pança bem cheia de bananas.

A mãe correu até o quarto do filho e nada viu.

- Grunet Grunet... Onde está o tal amigo?

- Tá no meu quarto, mãe!!!

- Não vejo nada de macaco. Aonde foi que ele se meteu? Azulão, onde você etá, responda macaco folgado...

O pai, ao ver e ouvir a mulher à procura do macaco folgado, falou querendo encerrar a questão:

- Mulher, até quando irás com este blá blá blá... Não vê que este menino está desmemoriado? Não existe nenhum macaco azulão!!!

E por mais que desejassem se expressar, o menino e o macaco continuaram sozinhos: Grunet brincando no seu mundo colorido e o Azulão Comilão cada vez mais folgadão.

]dizem que a mãe de Grunet procura o macaco azulão até dentro do colchão. O pai do menino ainda insiste no mesmo pensamento. Enquanto cada qual continua do mesmo jeito, o macaco folgadão cresceu e estão bem grandão. 

E quem disser que Grunet é um menino desmemoriado, jamais soube o que é ser um menino de verdade.

Grunet também cresceu e continua sua amizade com o amigo macaco folgado. Com o seu trabalho bem remunerado, o menino sustenta o amigo do coração. Afinal, o macaco folgado come que nem leão.

Esta história passou por aqui e pode morar no seu quarto. Você aceita ter um macaco folgado? O Grunet deixa o macaco morar por uns tempos no seu quarto. Mas não conte nada a ninguém, senão vão dizer que você é um menino folgado e tem no seu quarto um macaco desmemoriado.

As Caveirinhas - 22, 23 e 25 de Abril de 2015 - Autoria de Aparecida Fac...



A Vó Cida está cada vez mais refinada. Ela não falta um evento, uma aula na Biblioteca Pública de Santa Catarina, um ensaio, nenhuma oportunidade escapa dela. É uma escritora e uma contadora de histórias que corre o mundo se for preciso, tudo para aprender a aprender a arte de cutucar a imaginação. Ela procura colocar em prática tudo o que aprende. É ousada e corajosa, sem medo de entrar em cena quando é chamada.

O Peixinho Azul - Autoria da Vó Cida - 22 e 23 de Abril de 2015, em Flor...



A contadora de histórias Aparecida Facioli atiça o imaginário das crianças com o seu jeito de chegar até elas.

Trupe de Contadores de Histórias da Oficina Literária Boca de Leão, volta à Feira do Livro no Colégio Santa Catarina, em Florianópolis/SC - no final das apresentações algumas crianças retornam pedindo mais histórias.



A contadora Albertina Saudade conversa com eles.

D. Lagarta! Narradora Saray Martins - Primeira História do Dia 22.04.2015



A D. Lagarta é um conto de domínio público que está ganhando vida na voz e no corpo da contadora Saray Martins. As crianças ficaram atentas e a narradora virou uma lagarta que criou asas! 

História "Lolo Barnabé" de Eva Funari, narrada no II Festival de Contadores de Histórias (Ponta Grossa, onde estive e deixei 6 histórias para alimentar dezenas de memórias!



De 13 a 17 de Abril de 2015!

sábado, 25 de abril de 2015

Dia 25 de Abril (2015) - Trupe de Contadores de Histórias Boca de Leão vão ao Colégio Santa Catarina e nossa Leoa Albertina Fonseca narra a história de Sadako!

Foi uma manhã cheia de cores e sabores!

A primeira história narrada na primeira Feira do Livro do Colégio Santa Catarina (Em Florianópolis/SC), com início às 9h30, foi "A Lenda dos Mil Tsurus", pela contadora de história animadas com origami, Albertina Saudade da Fonseca.
Nas suas mãos, os papeis ganham vida e revelam esperanças, 
 Enquanto o público chegava, a narradora de histórias animadas com origami ia conversando com as criança que chegavam.
 Despertar o imaginário das crianças, além dos livros, faz parte da arte de contar e de encantar com as histórias faladas.
 Albertina, é chegada a hora de se preparar para contar e encantar!
Para abrir as histórias, Claudete T. da Mata entrada cantando: 
Todo mundo conta histórias,
Todo mundo tem seu jeito de abrir o universo que está dentro de seu peito...
(Estrofes da melodia de Pollo, um chileno contador, cantor e compositor, e letra de sua ex-esposa)
Crianças e adultos curiosos, com você a contadora de histórias Albertina, integrante da Trupe Literária Boca de Leão.
Com a magia da arte de dobrar papeis e sua história...
 Uma narradora que chega de terras distantes, lá de Angola...
 Uma princesinha no meio da gente!
 Ela veio lá do Japão, onde conheceu a Sadako - Menina vitoriosa...
 A bomba que não venceu a menina... 
 Menina nascida e crescida distante do epicentro da bomba...
 Sadako, a menina dos mil Tsurus!
 Sadako crescida...
 Sadako adoecida...
 Você não conhece Sadako?
Cabeças atentas!
 Sadako sob os efeitos da bomba de  Hiroshima! 
 Menina forte é assim...
 Depois de restabelecida...
 Chizuko, amiga de Sadako...
Chizuko, foi visitar Sadako Sasaki (佐木禎子)
Sadako precisava se curar e voltar a viver normalmente, com sua doença causada pela bomba, ela pediu também pela paz da humanidade. 
 Sadako conseguiu fazer 646 Tsurus de origamis...
 Sadako pediu pela Paz!
 
 E eles voaram juntos!
 Após sua morte, os amigos de Sadako fizeram mais 354, para que ela fosse enterrada com os mil Tsurus.  
 Sadako morreu no dia 25 de outubro de 1955, seus amigos ergueram um monumento em sua memória, no Parque da Paz (em Hiroshima)
 Lá no Japão, no Parque da Paz (em Hiroshima), os amigos de Sadako gravaram estas palavras:
 "Este é o nosso grito, esta é a nossa oração. Paz na terra!".
O Monumento das Crianças à Paz.
Lugar conhecido como Torre dos Tsurus, onde foi erguido em 1958, em Hiroshima, no Parque da Paz, no topo do pedestal de granito, que simboliza uma montanha lendária lá no Japão onde a menina Sadako está com os braços estendidos segurando um Tsuru. Dentro do pedestal há um espaço para os milhares de Tsurus feitos de papel colorido, enviado por pessoas de todas as partes do Japão e do mundo.

(Texto e postagem de Claudete T da Mata, em 25 de abril, Florianópolis/SC, 2015)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Dia 22 de Abril (2015) - Período da Manhã: Albertina Fonseca, Saray Martins e Claudete T. da Mata narraram histórias - À Tarde: Aparecida Facioli e Claudete T. da Mata narrando também!.

Feira do Livro - Colégio Santa Catarina
Período Matutino
Escola da ordem das "irmãs Franciscanas", onde contamos histórias.
A primeira Rodada de Histórias foi no período da manhã quando as crianças ainda estavam chegando.
Neste período, esteve conosco a Coordenadora do Ensino Fundamental (Foto acima com o microfone anunciando a nossa Trupe) e uma japona muito amada, a Hisae Yagura Kaneoya, que logo será uma Leoa da nossa Trupe.
Na manhã do dia 22.04.2015, contaram histórias: Saray Martins - Conto de domínio público: "A Lagarta". Quando ela virou a própria lagarta, foi um encanto de se ver a metamorfose acontecendo. Na sequência tive o grande prazer de ver e ouvir a contadora de histórias animadas com origami, Albertina Saudade Fonseca narrando a "Lenda dos Mil Tsurus", falando sobre Sadako Sasaki (佐木禎子?), uma menina japonesa que vivia distante do epicentro da bomba e juntamente com a mãe e o irmão, conseguiu sobreviver ao ataque.

Por ultimo, entrou Claudete T. da Mata narrando resumidamente sobre a vinda do bisavô de seu avô paterno à Ilha de SC, quando os índios ainda viviam na Ilha da Magia e uma das índias foi laçada pelo meu tataravô que espalhou a família Da Mata por este Brasil à fora, fechando com o conto de Leonardo Boff: "Por que há tantas estrelas no céu?" Antes de sairmos do colégio registramos o momento com o coordenador do evento.
Nós quatro antes de ir almoçar!

No período Vespertino, Aparecida Facioli encantou a plateia com o conto de sua autoria: "As Caveirinhas!
As crianças estavam eufóricas. Segundo as informações, elas não tem o hábito de ouvir histórias na escola e fomos as primeira contadoras a narrar histórias para elas em período de aula. fiquei admirada, pois esperava que o espaço escolar oferecesse com mais frequência momentos de narração oral para alimentar o imaginário dos alunos e torná-los ótimos ouvintes destas e de outras histórias. Então vejo que o espaço escolar ainda não abril as portas por inteiro ao universo simbólico de seus alunos, para torná-los adultos mais imaginativos, além da memorização de conteúdos científicos. E como fica a educação da capacidade de escuta?
Momento de mais uma história da Vó Cida: "O Peixinho Azul":
Ao final, até a Vó cida sentou-se no chão!
Eu também, sentei e deitei!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Documentário - I Festival Nacional de Contadores de Histórias de Ponta G...



Esta primeira experiência deu origem ao II Festival que já começa a se preparar para o III!

II Festival Nacional de Contadores de História - Ponta Grossa - PR.



Um tempo de aprendizagem e troca de experiências para o refinamento de muitas práxis em solo paranaense - de 13 a 17 de abril de 2015.

II Festival Nacional de Contadores de Histórias, em Ponta Grossa/PR/BR/2...



Subir ao palco anunciado pela contadora de histórias Aline Alencar - Atriz e Diretora da &ia Forrobodó de Teatro, foi uma grande honra. Estar em Ponta Grossa juntamente com dezenas de contadores de histórias de vários Estados, foi uma experiência única. Nem acreditei que fui colocada na listagem de quem estaria narrando o conto de Leonardo Boff no Teatro junto de seis contadores de base. Narrei histórias no Programa do Leo (TV), contei histórias para duas comunidades locais (idosos) e participei como Expositora de Experiências sobre minha Dissertação de Mestrado, na Faculdade de Sant'Ana, em Ponta Grossa. Em 2016, desejo retornar e participar do III Festival. Então procurei representar, além da nossa Academia Brasileira de Contadores de Histórias, o Estado de Santa Catarina. 

Dia 16 de abril: 20h - Minha participação no II Festival Nacional de Contadores de Histórias, em Ponta Grossa/PR/BR

POR QUE HÁ TANTAS ESTRELAS NO CÉU?
De Leonardo Boff - Narração oral: Claudete T. da Mata

Dia 16 de abril, Teatro Cine Ópera/Ponta Grossa/PR
Fotos de Willian Gama (Contador de Histórias)

Ilha de Santa Catarina, Nossa Senhora do Desterro, recanto de Sol e Mar. Terra povoada por índios, vicentistas e depois por açorianos, gente simples e pacata. Povo devotado à pesca, à agricultura e à religiosidade.

Nesse tempo as histórias eram passadas de pais para filhos ao pé do fogo do fogão à lenha, quando os mais novos sentavam ao redor do fogo para ouvir os mais velhos as suas contar histórias narradas de qualquer jeito, meio truncadas e aos pedaços. Eram histórias contadas nas noites de Lua.
As preferidas eram as histórias de bruxas. Mas, as crianças, falar nelas era proibido, imaginar nem pensar, pois todos tinham medo de atrair as bruxas. 
Então hoje, a história que vou contar é uma em homenagem ao escritor Leonardo Boff e ela começa assim:
O índio Carajá amava a natureza e mais que tudo, os animais e os pássaros com os quais ele sabia se entreter usando a linguagem deles.
Certa manhã, ao ver um bando de papagaios voar bem longo, o Carajá se deu conta de que o firmamento estava vazio. Nenhum astro o embelezava. 
O clarão do dia, especialmente sob a canícula tornava o céu cinzento. 
- Por que o céu é assim tão vazio? - pergunto o índio aos pássaros que estavam numa árvore próxima. Mas eles fingiram não entender a pergunta, mesmo que aquela voz lhes fosse tão familiar.
O índio com voz forte, quase lancinante perguntou de novo:
- Por que o céu é assim tão vazio, respondam-me por favor?!
A raposa precipitou-se e disse, quase em tom de acusação:
- Foi o Urubu-Rei, rei das alturas que pegou as estrelas para enfeitar seu penacho e torná-lo ainda mais resplendente!!!
Ao ouvir isto, o índio Carajá decidiu tirar a limpo a questão com o Urubu-Rei, pegando as armar e indo em busca do refúgio onde ele se aninhava. 
Ao vê-lo aproximar-se, disse-lhe logo o Urubu-Rei:
- Você é quem vem desafiar-me? Você não conhece pequeno homem, as forças das minhas garras e do meu bico. Em pouco minutos posso abrir as suas veias e deixá-lo em pedaços!!!

O índio que no fundo amava os animais, deixou cair as armas e avançou sobre o Urubu-Rei. Foi uma luta longa e sanguinolenta entre penas e gritos. Se o Urubu-Rei tinha forças, o índio Carajá tinha habilidades de se livrar dos cortes e das bicadas potentes, até que conseguiu imobilizar o Urubu-Rei, prendendo-lhe bem as pernas e segurando-lhe bem forte o bico.
- Se quiseres ter de volt a liberdade, então devolva as luzes que escondes na cabeça e nas plumas do corpo. O Criador colocou as estrelas no céu para embelezar a noite e não para alimentar a tua vaidade.
Acontece que o Urubu-Rei que detinha também o segredo da eterna juventude, não quis renunciar às luzes. De que valeria a pena ser eternamente jovem e feio? 
Cansado de esperar a resposta do Urubu-Rei, o índio Carajá começou a arrancar suas penas. E cada pena lançada ao alto se transformava numa estrela lá no firmamento. Com um chumaço de pena lançado ao alto, surgiu a via-láctea, com outro chumaço eis que surgiu a Lua Cheia. Com outro chumaço maior ainda, pelando de vez a cabeça e o pescoço do Urubu-Rei, nascia o Sol.
E diante daquele grande esplendor, o índio Carajá disse de si para consigo:
- Bom seria se o Sol em respeito ao brilho tênue das Estrelas e da timidez da Lua se escondesse um pouco.
Acontece que o Sol ouviu este pedido do índio e lhe atendeu o desejo. E com a chegada da noite o Urubu-Rei aproveitou para fugir. Agora ele já não sustentava mais um penacho cintilante e um pescoço luzidio. Agora a sua cabeça parecia mais uma casca de laranja cortada ao meio e seu pescoço um ramo de galho seco. Enquanto fugia mata a dentro ia gritando em tom de deboche para colocar medo no índio.
- Você me levou as luzes, mas ainda guardo comigo o segredo da eterna juventude...
Enquanto fugia o Urubu-Rei ia sussurrando o segredo da eterna juventude. Acontece que o índio Carajá não ouviu nada, mas as árvores e os pássaros ouviram tudo. É por isso que de tempos em tempos as árvores trocam suas folhas e os pássaros trocam suas penas. E o índio Carajá ainda continua sendo lembrado em sua tribo quando ele se reúne nas noites de Lua ao redor da fogueira, onde os mais novos se sentam para ouvir os mais velhos contar a histórias do Céu e da Terra, do Sol e da Lua, das Estrelas e de todo o Firmamento.

E esta histórias não acaba por aqui,
Sei que de hoje por diante, a partir dela, outras histórias vão surgir!

Nota da Contadora: Querido Leonardo Boff, para socializar este conto maravilhoso que sempre me leva ao encontro da minha ancestralidade indígena, por parte de pai, quando a Ilha de Santa Catarina era povoada por índios, fui obrigada a fazer minúsculas adaptações para narração oral e levá-lo à outras tribos do nosso Brasil. Antes da apresentação, arrumei o Velho João, o filho da bruxa, mas ele só foi narrado no local onde todos os contadores ficaram alojados. Depois posto a filmagem do Velho João, o filho da bruxa. Aprendi muito neste Festival. Claudete T. da Mata