Alguns leões não conseguiram chegar a tempo, e aqueles que conseguiram chegar, iniciaram os estudos do dia cheios de imaginação. Posteriormente teremos todos os vídeos da tarde e da noite maravilhosa do dia 31 de março de 2015.
Iniciamos a tarde de estudo, das 15h às 17h, no auditório da nossa Casa de muitas Asas (BPSC/FCC) com a apresentação do assunto em pauta: Apresentação das tarefas do encontro anterior - respondendo perguntas indispensáveis ao refinamento da práxis literária. 17.03.2015.
Passado os primeiros minutos, o grupo iniciou as anotações do assunto em pauta: "Como eu sinto as histórias faladas e as escritas" e a escrita feita com o coração, com o auxílio da "técnica dos elementos inspiradores?"
Ao ser questionado sobre o seu estilo próprio na arte de fazer literatura, o escritor Cícero fez a leitura da sua tarefa e teve vez à fala com um relato que abril portas para muitas ideias.
Evandro Jair Duarte, Supervisor da OLBL esteve conosco e registrou os primeiros momentos. O nosso supervisor é bibliotecário da Biblioteca Pública de SC/FCC e está conosco desde o nascimento da OLBL em 24 de julho de 2012. Ele é um bibliotecário inovador, desses que não esquenta lugar no local de trabalho. É um Ser e um profissional dinâmico, sempre indo à busca de novos saberes. Em 13, 15 e 17 de abril (2015), Semana do Livro Infantil/Florianópolis, ele vai estar coordenando parte da "Trupe de Contadores de Histórias Boca de Leão" na BPSC: As escritoras e contadoras de histórias Dora Duarte, Aparecida Facioli, Saray Martins e Idê Bitencourt, que vão estar narrando histórias de autoria própria e fazendo mediação do livro e da leitura. A parte da narração mediada com livros ficou com Evandro que tem uma bela presença de palco, timbre de voz... E todos os cuidados que um mediador do livro e da leitura precisa ter.
Enquanto a nossa Trupe vai estar em Florianópolis narrando histórias, nesta mesma semana, Eu e Tânia Meyer estaremos em Ponta Grossa representando a primeira Academia Brasileira de Contadores de Histórias e a Oficina Literária Boca de Leão, no II Festival Nacional de Contadores de Histórias de Ponta Grossa/PR/BR. Lá vou estar tranquila porque sei que a nossa Boca de Leão vai ficar bem cuidada.
Após o fechamento da primeira apresentação, chegou no auditório um grupo de jovens e adultos de diferentes idades, para ensaiar um roteiro de cinema. Sabendo da vinda deles, deixamos o local e fomos para o "Setor Infantil" da Biblioteca, onde a magia continuou sob as nossas memórias, sem fugir do coração.
Natália Bueno (Advogada), falou sobre o livro indicado por Evandro J. Duarte. Ela comprou, leu e chegou ao grupo cheia de desejos sonhados agora na nossa companhia. O livro revela a arte de "escrever com a alma", o que deu à leitora tudo o que ela estava precisando para reforçar o que tem aprendido em grupo na OLBL.
A apresentação do livro também vai estar no blog, em vídeo. Fica como sugestão para quem deseja ser um escritor de sucesso, este livro. Não estamos ganhando outros valores além do desejo de socializar novos saberes com os nossos leitores, já que um dos nossos objetivos é multiplicar a arte de escrever e de contar histórias nas suas diversas categorias.
Vivendo, olhando e ouvindo!
Falando e fazendo!
Trocando ideias e aprendendo!
Sob as entrelinhas do elementos inspiradores (Técnica de criação literária). Ao olhar com o coração, eu vejo, leio, penso, reflito, sonho, toco, cheiro, sinto gostos, alegria, tristezas, raiva, saudades, me observo e reflito sobre o sai de dentro dos elementos depois que eles entram em mim. Depois me aproprio do outro lado do mundo e consigo Ser, Viver e Fazer!
Depois do Setor Infantil, fomos tomar um delicioso café com bolachas salgadas e degustar umas fatias de mamão do quintal da vizinha da aparecida Facioli. A fruta foi encontrada no chão, recém caída, com umas bicadas de passarinho. Eles experimentaram antes de nós. Estava delicioso o mamão comido por nós e pelos passarinhos.
A noite chegou, a Natália foi embora e a Albertina continuou conosco. ela diz que sempre tem ensinamentos diferentes, mesmo que o assunto seja o mesmo.
Só repetimos o saber quando não conseguimos nos desprender do ontem e fazer dele algo que surpreenda o hoje. Só conseguimos modificar o velho quando praticamos a arte do desapego, quando nos propomos às mudanças que o hoje exige de nós, quando abrimos o nosso olhar e conseguimos descobrir o que não havíamos percebido antes. Sempre teremos o que aprender ao desconstruir o velho. Então nos deparamos com Júlio Kortàzar a nos ensinar sobre muitos segredos da narrativa e ao descobrir Walter Benjamim, quando escreveu sobre "Brinquedo, Brincadeira e Educação", e descobrimos o quanto ele tem para nos ensinar na arte de viver e de fazer literatura para crianças e todas as idades.
Fiz a leitura da página 55, do livro de Benjamim, foi quando chegou Arlete (nova integrante da matilha - de blusa rosa), que falou um pouco sobre a sua vivência trabalhando numa biblioteca onde faz leituras que tem engessado o seu processo criativo, foi quando ela começou a ouvir o debate pós leitura e quando a ministrante, num determinado momento da discussão literária, nos informou que: Escritores que levam as suas escrituras ao mundo exterior, não podem impor o seu jeito de ser. então, não pode ter religião, cor, sexo... Entre os autores lidos neste dia, e outros autores apresentados, o grupo conseguiu subir mais um degrau na escada da arte de escrever com a alma e abrir as portas do coração - que são muitas, mesmo parecendo tão pequeno. Enquanto os demais trocam ideias, avançam no saber, a Aparecida registra tudo o que consegue, para não esquecer. Ela passou a ser a "secretária do grupo", pela arte de registrar com facilidade, todas os encontros.
Escutando e aprendendo sobre a existência de outros grupos literários, cada qual com as suas individualidades, características e estilo de respirar e fazer literatura.
Falando sem medo de errar, na OLBL pesquisamos outros autores, estudamos, imaginamos a partir do olhar sob as entrelinhas do real e do imaginário, desenvolvemos e trabalhamos o nosso processo criativo consciente, criamos e recriamos o imaginário, analisamos e criticamos o processo literário e os seus interstícios para não nos confundir ao exteriorizar as nossas criações.
Socializando o saber voltado à arte de escrever e de contar histórias com propriedade, no nosso grupo temos integrantes (em viagem para passar a Páscoa (05 de março) com os familiares de outros Estados), como a escritora e contadora de histórias Dora Duarte que escreve sobre sua infância e vivências em família, uma de suas características principais que revelam as suas preferências no fazer literário. Depois de sua entrada no Grupo Boca de Leão, Dora passou a explorar outras possibilidades e teve que trabalhar o seu estilo ao agregar outras categorias literárias. Assim é a vida do escritor que gosta de refinar a sua práxis - escreve sem medo de perder a sua individualidade de ser e de fazer. Escreve sem raça, sem roupa, sem cabelos, sem momentos que muitas vezes só servem para distanciá-lo dos leitores...
Hora de registrar a tarefa de casa, com todos certos de que, para contar histórias o processo não é diferente de quem escrever e gosta do que faz. Há quem só gosta de escrever histórias de bruxas, então que leve as suas escrituras para quem gosta de ler sobre estes seres metamorfoseantes, respeitando quem não gosta, porém, sem impor as suas preferências. Isto significa agir com ética e estar com estética, seja na forma de escrever ou de contar.
Os dedos escrevem o que sai da consciência, assim com o corpo fala o que está no coração e o que passeia pela alma.
Escritores e contadores para serem Fantásticos, é preciso Ser e Fazer com a Alma. Assim não corremos o risco de escolher a história sem ser escolhido por ela e nos ver amarrados em cena, sem saber como desenrolar o fio da meada. Assim como aconteceu com a narradora da Claudete T. da Mata, no dia 27 de março, quando contou a história da "Boneca de Pano", de Rubem Alves, por meio da mediação do livro e da leitura, sem estar com o coração aberto. E quando a porta do coração se abriu, a história entrou e tudo aconteceu: a magia tomou conta da plateia!
Deixa eu chamar a "A boneca de pano de Rubem Alves"!
No tempo em que os gansos selvagens ajudavam o Papai Noel, os presentes eram levados nos trenós, antes das "renas" serem contratadas. Bem antes dos gansos, eram as cegonhas que conduziam o trenó abarrotado de presentes. Elas foram admitidas pelo Papai Noel após serem despedidas do trabalho de entrega dos bebês às famílias do tempo do antes de ontem.
Era tempo de escrever cartas para os pedidos de Natal. Driselda, uma menina muito exigente, escreveu uma carta solicitando a "boneca mais linda do mundo"...
Ficou curioso, né? Depois continua minha adaptação do conto de Rubem Alves, para a narração oral e conto mais!
Querido Leitor, LEIA HOJE, AMANHÃ E AINDA DEPOIS.
E solte a criança que está dentro de você.
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FELIZ PÁSCOA!
Claudete T. da Mata e Grupo Literário Boca de Leão.
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