Alegoria, por Strudwick (1885)
Respondendo: Em homenagem às três irmas Moiras, que teciam o fio da vida.
Na mitologia grega, as Moiras (em grego antigo Μοῖραι) eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmesis e as Erínias. Pertenciam à primeira geração divina (os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens.
O mito grego predominou entre os romanos a tal ponto que os nomes das divindades caíram em desuso. Entre eles eram conhecidas por Parcaschamadas Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir a gestação e o nascimento, o crescimento e desenvolvimento, e o final da vida; a morte; notar entretanto, que essa regência era apenas sobre os humanos.
Os poetas da antiguidade descreviam as moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas. As Moiras eram:
- Cloto (Κλωθώ; klothó) em grego significa "fiar", segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de Ilítia, Ártemis e Hécata, Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos.
- Láquesis (Λάχεσις; láchesis) grego significa "sortear" puxava e enrolava o fio tecido, Láquesis atuava junto com Tique, Pluto, Moros e outros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
- Átropos (Ἄτροπος; átropos) em grego significa "afastar", ela cortava o fio da vida, Átropos juntamente a Tânato, Queres e Moros, determinava o fim da vida.
Os mitos sempre auxiliaram a humanidades na organização das suas relações vinculares e na reelaboração e resolução de seus conflitos inter e intrapessoal. É algo próprio de todos os Seres Sociais, ao se tratar de suas necessidades cotidianas, onde caminham lado a lado com as histórias que não se fazem sozinhas. É o mesmo que perguntar a si mesmo: "Ser ou não ser?" Também podemos nos perguntar: "Por que Ser?" somos seres cheios de perguntas quando ficamos na plateia. entretanto, quando somos colocados no palco, logo desistimos, caso não estejamos abertos a ele. Não seria a nós mesmos? Então, pensando, lendo, olhando as imagens e os mitos, o Cloto, o Láquesis e o Átropos nos vestem ao cobrir o nosso corpo com a nossa Parka sem a letra "c".
Estou vendo o livro para socializar.
Claudete T. da Mata
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