Eu, concentrada na elaboração do conteúdo a ser trabalhado no curso de formação de contadores de histórias: "Espaço de Histórias", terceiro projeto da Academia Brasileira de Contadores de Histórias, com apoio da Fundação Catarinense de Cultura, na liberação do espaço do curso realizado no Centro Integrado de Cultura - CIC, em Florianópolis/SC, ao escrever o texto - parte das minhas experiências e estudos que deixo registrado, abaixo, consegui chegar até os cursista de uma maneira mais tranquila:
"Nós contadores de histórias, ao entrar em cena, assim como os grandes atores, precisamos ter a ciência de que, em cena, somos donos da palavra. A diferença entre o narrador de histórias e o ator, está na forma de retratar o imaginário. Enquanto os atores fazem uso de recurso cênicos (figurinos temáticos, jogos de luzes pensados para cada momentos, entrada direta no jogo das interpretações, uso de cenários na materialização dos ambientes do enredo, volta ao tempo por meio de recursos sonoros e outros meios, etc.), os contadores de histórias - narradores orais, também podem entra em cena com parte desta tendência, entretanto, precisam de experiências e conhecimentos contínuos no uso dos recursos que, sejam eles quais forem, é preciso conseguir dar conta do saber narrativo com qualidade no seu fazer. Contadores de histórias disciplinados sabem como separar o narrador das personagens, no momento de cada um, sabem respeitar o tempo da história sem ficar preso ao tempo do relógio no pulso - uma dinâmica que exige disciplina na prática dos exercícios necessários à constituição do fazer com profissionalismo, principalmente os contadores que vem do teatro. Muitos apresentam uma série de dificuldades ao ter que dar preferência ao narrador. Caso contrário: este vai ser o contador a ficar só na interpretação da história. Para inicia um conto, parece uma sofrida ruptura na vida do ator que vira contador de histórias. Sair da zona de conforto oferecido pela arte de interpretar, gera sofrimento para muitos narradores, até conseguirem entrar na dinâmica da arte de contar histórias, propriamente dita.
Depois estarei de volta!
Claudete T. da Mata
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