domingo, 31 de maio de 2015

EXERCITANDO A ARTE DE LER E MEDIAR AS HISTÓRIAS GUARDADAS NOS LIVROS.

COMO MEDIAR UMA BOA LEITURA DENTRO E FORA DE AMBIENTES EDUCATIVOS, EM SARAUS, CICLO DE HISTÓRIAS, AO PÉ DO FOGO... VOCÊ ESCOLHE!
(Albertina Saudade Fonseca)

Vamos fazer deste texto um momento de discussões e alternativas conscientes para a formação dos leitores à nossa frente?

Histórias bem contadas ou lidas,
São convites para brincar com imaginação...
São músicas que fazem a dança do corpo que fala, 
São imagens desnudadas em palavras que cutucam a alma...
Quando
Contador
Pula 
de 
Fora 
para
Dentro 
Já não é mais o mesmo ao se misturar com as luzes da alma
E o Contador de Histórias do lado de dentro erradia a Luz,
Luz que ativa a imaginação,
Luz que chamar o leitor-ouvinte,
Luz que ilumina o invisível,
O invisível que diz:
- Estou em todas as mãos... 
- Se ainda há quem não está a me ver, é porque meu Contador não entrou por inteiro. 

Comece sua leitura pela capa do livro.
Ler sua ilustração já é um convite à imaginação no despertar da curiosidade.
Olhe cada risco e procure sentir-se diante de uma porta a ser aberta por Você.
Conseguiu fazer isto sem perambular pelo achismo?
Superou as arestas? Então, ao iniciar a sua leitura estudo tudo o que coçar o seu coração. Se algo está a atrapalhar, de repente é um cisco a ciscar o teu olhar impedindo Você de continuar em frente. Vá descobrindo os segredos da narrativa e se redescobrindo-se por dentro o que você não suporta lá fora. Assim, aproprie-se do universo da história a ser lida/contada. Manuseie o Livro e se preciso for, sacuda-o também. Você dois precisam estar de mãos dadas ao se apresentarem juntos. 
Preste atenção no tom da voz ao fazer sua leitura como se você fosse um espectador a sua frente... Imagine-se do outro lado do palco e veja os seus movimentos corporais e as suas intencionalidades. Mexa-se sob o próprio olhar.

Viu o por que da importância dos exercício de consciência corporal?

Fique atento à sua voz como um dos seus elementos a serem bem cuidados na narração oral. Nesse momento o seu elemento de cena é o livro com o enredo e seus personagens que ganham vida por meio da voz e do corpo do narrador-leitor.

à Matilha Boca de Leão, digo: exercite o ritmo da voz, sua entonação, a impostação... o movimento corporal consciente também entra como exercício a cada leitura antes de colocar em prática o seu narrador-leitor,o mediador de leitura que vive dentro de você. Então sacuda-se e deixe-o sair a desenhar e dar vida aos Seres do imaginário de quem escreveu o livro que conquistou você.

Entretanto, além dos cuidados acima expostos, também é preciso refinar a sua capacidade de pronúncia das palavras, cuidados com os verbos e o bom vocabulário (sem vícios de linguagem, mesmo que na vida fora do ambiente literário você se comunique sem tais preocupações), caso contrário, o público ao perceber (sempre haverá na sua plateia alguém ou muitas pessoas atentas à qualidade da arte de comunicação do narrador-leitor e mediador do livro).

Então, cuide-se, cuide-se e cuide-se, porque se errar pela força do costume cotidiano, pela falta de exercício da palavra oralizada, pode colocar tudo a perder. 

Mostre suas habilidades e sua capacidade de leitura por meio da palavra bem pronunciada e dos gestos bem elaborados - aqueles que saem das personagens, pulam do livro e são retratados por Você.

Outro inimigo do narrador/leitor, também do narrador oral tradicional (com ou sem elementos de animação) é aquele sujeito discreto, sem piedade... aquele que pode pegá-lo de surpresa (ou não) caso Você já entra em cena de braços com o nervosismo. É o senhor "Branco", aquele que persegue sua sombra, caso você não seja mais forte que Ele - Um sujeito sem coração e desmotivador da arte que vive dentro de Você. Seja mais forte que ele que só persegue quem não se apropria do que faz. Ele gosta de narradores vestidos de fragilidades e esquecidos por si mesmos, sem buscar a força que existe dentro de si.

Quando você vai bem na suas práxis, tem certeza do que deseja e do que faz, o Senhor Branco não aparece. Você é o narrador/leitor que leva os encantos do imaginário nas asas sob as asas do coração, portanto, vive a narrar com a alma.

O leitor ouvinte, concentrado e embebecido com a sua narração/leitura mediada pelo livro, diante da fala do narrador/leitor nem percebe um erro que surgiu de repente, caso você o cometeu sem interromper a leitura mediada, aquela que de tão bem feita que estava, ninguém percebeu. E, narrador/leitor não precisa ficar a pedir desculpas.

Um único corte repentino já é o suficiente para quebrar a concentração e acabar com a encantamento espalhado pelo ambiente psíquico e o espaço físico... É quando o que estava a nos contagiar de maneira tão convincente, de repente se acaba.

Então Senhor Narrador/leitor deixe-se permitir de tal forma que o leitor/ouvinte absorto, fique a ver os seres fantásticos a pular dos livros, presenciando por meio do olhar a metamorfose das personagens, pelo encantamento e a força da palavra e dos gestos.

Então prossiga. Continue sua narração/mediada sem cortes, sem toc, sem preocupações com o tempo presente, sem ver o que acontece na plateia... porque nesses momentos o tempo é da história. Viva o universo imaginário e se brinque com as palavras lidas em alta-voz, certo da força da oralidade e de sua entrada no universo do conto dentro do livro... e faça parte dele, experimento as sua emoções e retrate-as naturalmente. Você consegue. Basta "viver o que consegue ver, ser e fazer"... Entretanto, é preciso se preparar antes de entrar no universo mágico e fazer acontecer.

Agora estique-se, respire, abra todas as portas do seu coração e viva todos os momentos da sua práxis porque o leitor/ouvinte vai estar com você onde quer que você esteja, seja durante uma mediação do livro por meio de uma leitura prazerosa, mesmo que leve o ouvinte à catarse - o que acontece naturalmente quando há o encontro entre o narrador, a história e o leitor durante uma roda de histórias. 

Lembre-se que não existem apostilas de contadores de histórias, nem receitas porque o segredo está dentro de você - no seu "desejo de buscar, de querer saber como aprender e quando fazer, de querer ser"...  A arte de ser um narrador/mediador do livro e da leitura se inicia pelo exercício do desprendimento de emoções e velhos hábitos, como forma de abertura para o novo sem medo da perda. 

Tudo isto passa pela prática continuada das descobertas necessárias ao refinamento das práxis narrativas oralizadas. Então, pesquise outros atores (contadores, escritores, pensadores filósofos...), leia mais, estude sobre a força da palavra e o ruminar do verbo, saiba como movimentar o planeta ao seu redor, com administrar as suas práticas, permita-se ir mais além, experimente o novo sem, necessariamente, abandonar o velho que também muito nos serve... E aventure-se de maneira consciente... 

Eu, por exemplo, mesmo depois de aposentada, continuo acordando sempre às cinco da manhã. Ainda continuo fazendo tudo o que acabo de escrever e muito mais. Onde quer que eu consiga ir, estar e fazer, lá estou. Uma das minhas mestras é Cléo Busatto e um dos meus mestres mais exemplares é Jesus de Nazaré - o maior contador de histórias que o mundo já ouviu... desde que me entendo por gente, sempre assisto as suas histórias. 

É para garantir a nossa Missão dentro da Arte de Contar Histórias, que estamos aqui. Seja por meio da narração oral tradicional ou por meio das leituras dos livros, que faço com a alma tudo o que tenho feito. 

Faça o mesmo e verá como a gente consegue ser feliz. É só quebrar as amarras e viajar de corpo inteiro, solto e livre para ver, imaginar, criar, fazer e Ser. Foi pensando em tudo o que tenho lido e feito, que dei esta resposta ao sentir falta de uma leitura consciente para todos ao ouvir e ver que muitos escrevem para determinado público como se outros não conseguissem chegar lá.


"Eu conto histórias para as idades presentes. De cada bolso da minha saia pode sair um conto" Claudete da Mata, da Academia Brasileira dos Contadores de Histórias, no #BomdeLer

Para Eu viajar pelas brumas do imaginário preciso fazer muitas escolhas. Depois de entrar no universo da imaginação é preciso de muita dedicação, reflexões contínuas, vontade de sair da toca do cotidiano e fazer cócegas na barriga do mundo. Se chorar for preciso, choro e lavo o meu rosto desnudo. E consigo ser feliz ao arrancar o sorriso preso no corpo do outro e liberar a alegria da Alma em estado de liberdade. Por isso, escrevo e leio para todas as idades o mesmo conto. E a maneira de levar as histórias ao meu leitor é que vai ser diferente. É aquela que vai falar diferente. E os elementos podem surgir bem ali à sua frente.

Claudete T. da Mata
Presidente Fundadora da ABCH
Patrona Vitalícia da Cadeira 01.
Servidora do Estado de SC, aposentada, foi professora de magistério do ensino médio e universitário (1985 - 2009), psicopedagoga clínica e institucional (1996 - 2009), servidora pública ministrante e coordenadora de projetos de capacitação profissional (Estado de SC de 1997 - 2004), ministrante de cursos de capacitações pedagógicas para professores da rede pública e privada (1997 - 2009), contadora de histórias e atriz bonequeira (até a atualidade), com projeto de formação de escritores e contadores de histórias, doado à Biblioteca Pública de SC - BPSC/FCC em 24 de junho de 2012, intitulado "Oficina Literária Boca de Leão- Oficina de Formação Permanente da BPSC/FCC" onde sou ministrante  e coordenadora voluntária (até a atualidade). 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Dia 16 de Maio, filhos levam suas Mães ao Cinema do CIC!

Projeto: Levando minha Mãe ao Teatro, da Fundação Catarinense de Cultura - FCC, levou a Academia Brasileira de Contadores de Histórias (ABCH) ao Cinema do Centro Integrado de Cultura - CIC, que levou às famílias a magia da arte da oralidade, contos e histórias de vários cantos do mundo - Mundo de dentro, mundo de fora, mundo de todos as parte do coração levados às Almas das Mães presentes neste dia com seus filhos, marido, suas mães que ainda vivem e amigos.

Foi apresentado dois momentos de histórias narradas, cantadas e retratadas.
Cristina Lopes entrou cantando:
Canção Amiga
Milton Nascimento
Carlos Drummont de Andrade


Eu preparo uma canção

em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.
Cristina Lopes, nossa Vice-Presidente, entra com as demais Acadêmicas da Academia Brasileira de Contadores de Histórias - ABCH, a cantar a música criada em Grupo na Oficina Literária Boca de Leão, no dia anterior, que diz:

Vem as Crianças e as Mães

Vem as crianças
E as Mães,
Os Acadêmicos pra cá contar
As histórias e os contos
Pra este Dia celebrar...


Sejam Bem-vindos,

Tindo le lê... (Bis)
Sejam Bem-vindos
Tindo la lá... (Bis)
Em seguida, Cristina abriu a narração das Histórias, com o conto de domínio público: O Pescador.
Nesse dia, os contos populares e os autorais, até as cantigas de domínio público, aquelas que contemplam a tradição oral voltada a todos os públicos, visitaram as nossas memórias.  Algo interessante aconteceu. No seu estilo próprio, Cristina iniciou com uma cantoria usada pelos manezinhos da Ilha de Santa Catarina: aqueles que lá nasceram, foram educados, cresceram, casaram, tiveram seus filhos e os criaram, envelheceram, onde jamais desejam sair... entre um momento e outro (da performance) a contadora fez pequenas perguntas, como:

- Vamos ouvir histórias?

Todos responderam:

- Siiiiiiiiimmmm...

- Quem gosta de ouvir histórias de pescar?

Alguns responderam com um SIM e uma criança na plateia, disse:

- Eu não gosto!!

Foi uma resposta interessante a mostrar a sinceridade das crianças. Entretanto, o melhor é que não se faça perguntas ao público... Nem antes de iniciar e nem durante a narração da história. Este é um procedimento que pode provocar a quebra do imaginário. Tal como vamos ao teatro assistir uma peça, vamos aos locais de Rodas de Histórias para ouvir, ver, imaginar e nos encantar. Qualquer quebra, rompe a fruição das ideias e suas interpretações. Mesmo quando se tem domínio de palco, o melhor é entrar no universo da história, brincar com os seus elementos, com as palavras, dar enfase aos fatos que podem provocar a curiosidade, risos, gargalhadas, lágrimas (por que não?) até a catarse. Por isto, qualquer parada para perguntas dirigidas à plateia, cientes de que tudo pode surgir num momento destes, o melhor é tocar os fatos, saber passear pelo roteiro, retratar as personagens e suas emoções... dar vida à Vida do enredo e sair com sapiência e consciência do corpo inteiro.

Mas a nossa Vice-Presidente, com sua experiência, narrou O Pescador e todos gostaram. Até aquele menino do NÃO, entrou no universo do pescador. Vi os seus olhinhos esbugalhados ao ouvir o rei, o pescador e a mulher do pescador.
 
Oriento o Grupo Boca de Leão, que está na Academia e dedicado ao processo de formação continuada há 3 anos, que, assim como em uma apresentação teatral, onde os atores entram direto na cena, o contador de histórias, se foi anunciada a programação antes de sua entrada, ao subir ao palco, entra no universo imaginário e permanece nele até a sua saída. E, se tem que anunciar o próximo contador, por meio de uma cantoria, fique atento à sua saída de cena ao dar lugar ao próximo narrador. Esta passagem de um contador ao outro faz parte do espetáculo, entretanto, quando não há concentração por parte do contador, a quebra da cena arranca o público do encantamento, da espera pela próxima emoção...
Quem entra em cena, precisa estar dentro da cena, sem preocupações em cumprimentar a plateia, informar o nome... Tudo isto pode ficar para o fechamento da Roda.
(Aparecida Facioli: As Caveirinhas. Conto de sua própria autoria.)
Narrar com boneco exige apropriação de técnicas especiais e disciplina por parte do contador bonequeiro. Todos os cuidados, SEMPRE!

O cuidado começa pela entrada e vai até a ponta dos dedões dos pés. O contador atento, faz da sua narração um Momento Único na leitura da plateia, sem preocupações desnecessárias.
 Sabedora da existência de atitudes contrárias às minhas orientações, digo: O Contador de Histórias precisa ouvir a si, antes de ficar a se preocupar com a plateia. O ideal é que, ao entrar em cena, com o seu narrador a falar, o contador não olhe à plateia, caso não consiga suportar os olhares e se deixe levar por eles. Esta é uma postura de quem trabalha a consciência do corpo inteiro ao saber o que escolheu e foi escolhido para contar. A contadora e professora de origami, Albertina Fonseca retrata muito bem a sua escolha, já ao entrar em cena. 
Albertina possui um rito que deixa seu corpo e seu coração livres para a hora da Sadako, de seus amigos e do pássaro Tsuru. Ela é o tipo de narradora que, caso ainda não domine a narrativa a ser trabalhada, ela não entra em cena. Esta Leoa iniciou sua participação no processo de formação continuada para contadores de histórias e de escritores e não deixa de estar sempre presente na Biblioteca Pública de Santa Catarina (SC), para o refinamento e os exercício dos momentos do processo criativo. Ela não perde um ensaio, um momento sequer. Possui o espírito de buscas, do saber, do querer ser e do fazer consciente.
 
 De fato, o contador de histórias, assim como todos os artistas da palavra que sabem o que escolheu e porque foi escolhido, consegue seguir o roteiro de organização das apresentações, estar atento aos movimentos e aos acontecimentos inusitados, sem se deixar afetar por aqueles casos inusitados. É um colaborador do universo imaginário, sempre atento, aberto e, independente do local, dia e hora ele está à disposição porque sabe que é um viajante.
 Mariani Aparecida da Cunha, é uma das nossas contadoras e Acadêmicas que, também, não mede esforços quando decide entrar em cena. Ela narrou um mini contos de sua autoria: "A Rosa", um conto pequenino que virou um gigante.
 Tem narradores orais que não sabem da própria potência ao retratar o imaginário.
 Quando as histórias chamam, o público sai de sua cadeira.
 A disciplina do narrador é fundamental na chamada de atenção do público. Caso contrário, a Roda sofre uma quebra na leitura do ouvinte. Em especial, quando temos à nossa frente uma plateia heterogênea, com pais do terceiro milênio, pessoas do primeiro milênio e público do milênio que se anuncia a partir das novas formas de ler, ouvir e escrever o real e o imaginário. Então, precisamos estar sempre atentos às nossas posturas, quando temos à nossa frente aquele que está passando por um momento inusitado e foi até nós para distrair-se um pouco. É preciso pensar no todo sem esquecer de suas partes.
 Temos três meninos na foto acima. O menino do meio, mostrou-se sem limites ao circular do começo ao final deste segundo momento da Roda, ele puxou a saia da contadora Andrea Dias (fotos serão postadas posteriormente) e fez tudo o que o público de sua idade, até então, não havíamos visto antes. Confesso: "na hora da minha narração, senti vontade de solicitar aos pais que o colocasse sentado, mas não fiz. Prossegui até o final sem quebrar os momentos do "Menino que tinha rabo", tl como faz a contadora Andrea Dias com o conto de sua autoria: "Animais em Revolta". Confesso que procurei me manter do início ao final do conto dentro do seu universo, mesmo passando ideias contrárias durante o tempo em que acabei incluindo o citado menino no universo do conto. Ao final, fui para casa a privaricar contra o menino. Dias depois, retornei ao CIC em busca de determinada providência, foi quando, ao conversar com uma das responsáveis no dia 16 de maio, que presenciou o comportamento do menino, fiquei sabendo que a família (na mesma semana do evento, perderam o filho mais novo, um bebê com mais de 5 meses. Isso deve ter afetado até o menino.  
(Luiza Dias, nossa Acadêmica adolescente, narrou dois contos de sua autoria: "A Pata Felícia e a Libélula Encantada". Ao seu lado está sua mãe Andrea Dias, sua grande inspiradora e incentivadora Saia cheia de elementos do incrível mundo imaginário.)

No dia 16, quem esteve presente riu, pensou que os pais poderiam ter colocado o menino sentado... Todos sem saber o que havia acontecido. Até eu errei  com os meus pensamentos. Penso parecido com o Patrono da nossa Academia: Franklin Joaquim Cascaes - "São os pensamentos insanos dos homens!"

Depois de encerrado o evento, registramos este momento, com todos de malas prontas para viajar por outros cantos do mundo.

Foi assim essa tarde de 16 de maio de 2015, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), já inaugurando a "Roda de Histórias no Cinema do CIC", uma parceria com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), no atendimento ao Convite da Presidente da FCC, parra narração de histórias no projeto da FCC: "Levando minha Mãe ao Teatro", a partir do DIA 4 DE JULHO/2015, A NOSSA ACADEMIA VAI ESTAR TODO PRIMEIRO DE CADA MÊS, COM A RODA DE HISTÓRIAS DA ABCH NO CIC.
Da esquerda à direita: Andrea da Costa Dias com sua grande mala mágica, narrou "Animais em Revolta (de sua autoria); Tânia Meyer com sua cartola vermelha, narrou uma brincadeira de roda cantada ao som de seu violão e sua voz afinada. Tânia é Presidente Executiva da ABCH e também, narrou um conto cantado, de sua autoria: "Cacareco"; Idê Bitencourt com seu jeito elegante ser ser, narrou dois contos de sua autoria: "Chiquita" e "O Peregrino", Aparecida Facioli com seu jeitão especial, narrou dois contos de suas autoria: "As Caveirinhas" e "Zizinha", Saray Martins com sua elegância, narrou um conto de domínio público: "A Lagarta", Albertina Saudade Fonseca, lá do outro lado do mundo (no Japão), nossa portuguesa de Angola narrou uma história da história: " A Lenda dos Mil Tsurus" mostrando uma trajetória de vida muito especia de uma menina chamada "Sadako", Mariani Aparecida da Cunha, conhecida por Mary Anne, com o seu elegante par de muletas, narrou um conto pequenino que cresceu em cena e encantou a todos os presentes, Ao lado de Mary está Eu (Claudete T. da Mata - narrando o conto de outra autoria:
 ) Gostei de pousar para este retrato com mala da nossa Vice-Presidente Cristina Lopes, que narrou o conto de domínio público: "O Pescador", ao lado da nossa menina contadora Luiza Abnara Dias, que narrou dois contos de sua autoria: "A Pata Felícia" e "A Libélula Encantada". 

Foi lindo de ver, ouvir, imaginar, sentir cheiro de rosas,  ver o menino de rabo caminhando na frente do palco, sentir nojo das fraldas do menino ao imaginar o que ele sempre fazia lá sua sua primeira infância, o mesmo feito por todos nós, ver borboletas, uma cobra sorrateira, um bem-te-vi, caveiras de bermudas, adulto voltando a ser criança... e levar para outros cantos do mundo o que as contadoras da ABCH levaram ao Cinema do CIC, arrancando a arte de brincar com todos os verbos metamorfoseantes no incrível mundo das palavras contadas, cantadas, com cheiro, em movimento permitindo-se ser tocadas... 

Claudete T. da Mata
Presidente de Honra da ABCH

domingo, 24 de maio de 2015

Dia 15 de Maio: Últimos detalhes vistos e revistos para a Apresentação no Dia 16 de Maio - Uma Homenagem às Mães!

"Saúdo todos aqueles que sabem que a tradição verdadeira não pode jamais ser confundida com repetição ou rotina; que nela nós não cultuamos as cinzas dos antepassados, mas sim a chama imortal que os animava."
Ariano Suassuna

Cheguei na Casa de Asas, aproximadamente às 14h e lá estava a Vó Cida no Setor Infantil com o seu notebook. Nesse dia, o Evandro Jair Duarte fez o blog da vovó Aparecida Facioli. Ela estava no TLEC TLEC, na frente de seu notebook mostrando as suas criações. Falei à ela que conversasse mais com os leitores sobre as suas criações. Assim fica mais gostoso.

Sempre aproveito para conversar com os nossos leitores, nossos amigos de sempre. Até fico imaginando um pouco de cada um, o que fazem, onde vivem, o que pensam sobre o que escrevemos nos palcos da Vida, o que fazemos fora do palco, o que mostramos em fotos e vídeos...
Nesse dia, além de conversarmos sobre as nossas preferências ligadas aos nossos estilos narrativos oralizados, também trocamos ideias sobre figurino que nos levou à muitas reflexões... Sempre levo ao grupo algo que Eu tenha feito e neste dia levei o "macacão lúdico" para narrar histórias.
Até arranjei um jeito de me fotografar com o meu novo figurino, que ao voltar para casa recebei mais elementos de animação do olhar de crianças e adultos. A história que inaugurou o meu cacacão, foi: O menino que tinha rabo!

No dia 15 de maio, Idê, Cida e Albertina fizeram um belo ensaio e mostraram-se umas contadoras de histórias encantadoras do imaginário.

Albertina foi a primeira a ensaiar o conto de sua autoria: "O Quadrado!", depois de lê-lo para uma apreciação do Grupo.
Sendo o tempo muito curto para a autora memorizar o conto (O Quadrado), ele seria narrado por meio de leitura mediada, no dia 16 de maio (como foi de fato) e animado por Albertina (autora), conforme mostram as imagens.
 Começa assim: 

O Quadrado quis um dia...
 
  Ter uma vida diferente...
Entre risos e bolhinhas...

 Depois da autorização de Albertina, autora deste conto, insiro o texto integral.
 Por hora, as imagens são tão belas quanto a narrativa oral e textual.
 Juntaram-se...
E formaram uma... 
O Sol nasceu entre eles... 
 Então, beijaram-se, abraçaram e ...


 
 Uma estrela no Céu...
Albertina reproduz o som de uma estrela subindo... lindo de ver e ouvir.
 
 Uma Estrela no mar...
 [...] Depois...
Saíram a passear...
[...] eles pensaram... 
 
E voltaram a ser quadrado!!! 
Após este ensaio, veio a vez de Albertina ensaiar a "Lenda dos Mil Tsurus", que fala sobre a japonesinha Sadako, e coloco as fotos do ensaio dessa história da história, para ilustrar o que consegui colher nas minhas leituras. Albertina, após entrar em cena, vai anunciando: 

- Sou uma viajante. Viajei por África... cheguei ao Japão, lá no outro lado do mundo... É quando ela aponta para o chão, com sua sobrinha japonesa aberta, a coloca no chão, pega Sadako e inicia a narração com o texto de sua autoria.

O texto apresentado não é o que foi narrado, mas é o universo contextual da história.

Ouvindo a contadora Albertina e pesquisando sobre esta história que, muito afetou a vida lá no Japão e uma boa parte da humanidade atingida pela bomba de Hiroshima, descobri que o Tsuru é uma ave, da espécie dos grous - As esquecidas Cegonhas, que no passado fazia parte do imaginário das famílias que diziam: 
- Logo logo a cegonha vai trazer um nenê pra gente. Na minha meninice foi bem assim que conheci a Cegonha e quando ela passava, eu gritava:

- Cegonhaaaaaaaaa... traz um nenê pra mim., nativa do Japão.

Ninguém sabe desde quando existi esta lenda lá no Japão, que diz:

- Aquele que fizer mil tsurus de origam, terá o seu pedido atendido pelos deuses. Mas essa lenda ficou mundialmente conhecida com a triste história de da menina chamada Sadako Sasaki.

Sadako nasceu em Hiroshima e tinha apenas dois anos de idade quando os americanos lançaram a bomba atômica sobre a cidade. Ela vivia distante do epicentro da bomba e juntamente com a mãe e o irmão, saiu ilesa do ataque. Mas consta que durante a fuga, eles foram encharcados pela chuva negra (radioativa) que caiu sobre Hiroshima ao longo daquele dia fatídico.
Retomando suas vidas após o término da guerra, Sadako e sua família viviam normalmente e ela era uma garota aparentemente saudável até completar doze anos de idade.

 

 
 
 Em janeiro de 1955, durante uma aula de educação física, Sadako, que adorava corridas, e depois de receber uma medalha, chegando em casa ela sentiu-se mal, com tonturas. 
 No início, ela mesma achou que fosse do cansaço... 
 Persistindo o mal-estar, os pais a levaram para o hospital.
 Sadako teve que ser internada. Ela não estava nada bem. (Estou narrando conforme a leitura que fiz e o que ouvi durante o ensaio)
Os dias se passaram e novamente o mal-estar fez com que Sadako caísse no chão, sem sentidos. Socorrida e levada ao hospital, dias depois surgiram marcas escuras em seu corpo e o diagnóstico foi de leucemia, um doença que já estava matando outras crianças expostas à bomba. No hospital, Sadako recebeu a visita dos amigos...

Na época a leucemia era até chamada de "doença da bomba atômica" e sua melhor amiga, Chizuko Hamamoto foi visitá-la no hospital. 
A Chizuko fez uma dobradura de tsuru e presenteou Sadako, contando-lhe a lenda dos mil tsurus de origami. 

Sadako decidiu fazer os mil tsurus, desejando a sua recuperação. Mas a doença avançava rapidamente e Sadako cada vez mais debilitada, prosseguia dobrando lentamente os pássaros, sem mostrar-se zangada e sem entregar-se.
 
 Em dado momento Sadako compreendeu que sua doença era fruto da guerra e mais do que desejar apenas a sua própria cura, ela desejou a paz para toda a humanidade, para que nenhuma criança mais sofresse pelas guerras. Ela disse sobre os tsurus: 
- Eu escreverei PAZ em suas asas e você voará o mundo inteiro. 
 
 Ele vai voar...
 E Sadako fez todos os tsurus que pode...
 Por fim, numa manhã de de Outubro antes de seu falecimento, Sadako montou seu último tsuru e, amparada por sua família. 
Ela não conseguira completar os mil origamis. 
Mas seu exemplo tocou profundamente seus colegas de classe e estes dobraram os tsurus que faltavam para que fossem enterrados com a Sadako. 

Tristes e sensibilizados, após o sepultamento da Sadako, os colegas decidiram fazer algo por ela e por outras tantas outras crianças que sofreram o mesmo. Formaram uma associação e iniciaram uma campanha para construir um monumento em memória à Sadako e à todas as crianças mortas e feridas pela guerra. Com doações de alunos de cerca de 3100 escolas japonesas e de mais nove países, em 1958, foi erguido em Hiroshima o MONUMENTO DAS CRIANÇAS À PAZ, também conhecido como Torre dos Tsurus, no Parque da Paz.
O monumento de granito simboliza o Monte Horai, local mitológico, onde os orientais acreditam que vivem os Espíritos. No topo do monte está a jovem Sadako segurando um tsuru em seus braços estendidos. Na base do monumento estão gravadas as seguintes palavras: 
Albertina Saudade conta a história de Sadako, com a alma. É lindo de ver e ouvir.

"Este é nosso grito,
Esta é nossa oração:,

PAZ NO MUNDO!"


Todos os anos, milhares e milhares de tsurus de papel colorido são enviados de toda parte do Japão e do mundo, num gesto de carinho que demonstra também a preocupação das crianças e o poder delas de trabalhar por uma causa justa.

E Sadako deixou seu exemplo para a posteridade, num gesto de devoção e amor ao próximo, desejando "um mundo melhor, sem guerras.


Depois deste ensaio, chegou a vez da contadora de histórias Idê Bitencourt com o conto de sua autoria: Chiquita.
 Chiquita era uma cobra verde...
 Chiquita vivia no seu castelo...
 Dona marreca saiu para...
 Dona marreca deixou seus ovos aos cuidados da sábia coruja... disse:....
 Chiquita...
 Que belos... são os que..
 A sábia coruja...
 Chiquita, ao ver... saiu de...
 Dona marreca...
 A contadora foi fazendo uso do que havia aprendido!
 Fazendo uso de seus movimentos, foi retratando cada momento da história no seu devido tempo.
 Fez uso da consciência corporal, trabalhando muito bem os tipos de voz e sua projeção.
 Viveu e deixou evidente cada etapa da história.
 Enquanto isso, dona marreca...
 Foi lindo de ver, ouvir e imaginar.
Enquanto eu apreciava o conto da chiquita, ia imaginando O menino que tinha rabo - o rabo já estava dentro de um dos bolsos do meu macacão.

Eu já parecia o próprio "menino".

Temos na nossa Matilha algumas contadoras que gostam de narrar com recursos concretos: A Albertina Saudade Fonseca é apaixonada por Histórias animadas com Origami, A Aparecida Facioli prefere os bonecos, A Idê Bitencourt prefere a narração mais tradicional, entre outros contadores do nosso meio, aqueles que preferem as formas abstratas e física, de animar as histórias. Uma delas é o próprio corpo, a voz... Dentre elas, não podemos esquecer das expressões faciais que podem apagar um momento especial, proposto por nós mesmos, enquanto deixamos os elementos concretos, de repente, pendurados por nossas mãos a segurar algo enquanto o nosso corpo toma conta da cena. Então, é preciso ter aquele momento de parada para pensar:

"Se coloco os bonecos em cena, preciso ser neutro enquanto lhes dou Vida a lhes emprestar minhas vozes, minhas expressões, meus movimentos a eles enquanto atuam. Preciso ter a consciência de que o momento é deles. Então, até meu rosto, caso não consiga esconder-se sem nada, precisa estar coberto, mesmo sob as abas de um chapéu. Preciso me cuidar por inteiro(a) para não carregar elementos desnecessários, desses que entram em cena sem dizer nada, mas que ficam a cutucar a leitor do ouvinte, a roubar o encanto do contador..."

Quando o contador de histórias faz uso da manipulação de bonecos, ao entrar no jogo narrativo, quando já se apropriou do contexto da histórias, as brincadeira com as palavras vão fluindo e levando o público ao encantamento. É quando, de repente, numa explosão de risos e gargalhadas, movimentos corporais vão surgindo a cada tempo da narração. Então, os objetos de animação não podem ficar em segundo plano enquanto o narrador lhes empresta a Vida em cena. Ao buscar pela neutralidade e deixar o boneco em primeiro plano - além de emprestar sua voz e suas mãos que movimentam o Ser que ganha Vida, não há quem não diga:

- Ele parece de verdade. Fala e se movimenta, suas expressões, todos os seus trejeitos parecem reais. São reais!

Era, assim como sempre foi e falo ao ver um contador-bonequeiro entrar em cena com o seu companheiro. Os dois, cada qual no seu tempo, ganham espaço e evidência.

Salvo os momentos em que o contador-manipulador não consiga esconder suas expressões na hora do boneco. Ou então, sem saber, se sente em segundo plano se não aparecer mais que o próprio boneco contador. 

Contador-bonequeiro é aquele que sabe ser neutro quando é preciso, então, esconde o rosto (do contador) por ter a consciência de que precisa estar oculto. Seja embaixo de um chapéu, um capuz de uma veste neutra (de preferência: cor preta) que o esconda enquanto o boneco fala. Caso contrário, o contador-manipulador (contador-bonequeiro) passa a ser a atração enquanto o boneco fica sem o devido sentido. 

Animar histórias retratadas por elementos e sua manipulação, precisa de técnica e ter sua arte no corpo dos bonecos.

Quem deseja contar histórias com bonecos, precisa saber da importância do aprendizado das técnicas de manipulação antes de levar o seu fazer em público.

Faço esta observação pela preocupação com os contadores da Oficina Literária Boca de Leão que, sem as técnicas necessárias, com ou sem elementos de animação, precisam ouvir e ver para fazer uma história acontecer. Assim, poderem dar lugar aos momentos da história e do seu próprio corpo, com ou sem bonecos na "arte de contar histórias animadas". 

A animação, de repente, está num simples gesto do contador. 

A partir do dia 26 de Maio/2015, darei início a oficina de formação de contadores inserindo a arte do contador-bonequeiro, para os contadores interessados pela "Arte de Narrar com Bonecos contadores de Histórias". E, deste dia por diante, vamos começar a usar o chapéu antes de levar os bonecos ao público. Outro momentos importante, também vão ser exercitados, como: uso de microfone de mão, lapela e auricular, um simples pedaço de pano.

Nossos encontros de formação de CONTADORES DE HISTÓRIAS passa a inserir a ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS ANIMADAS COM BONECOS, acontecerá sempre nas terças-feiras, das 19h às 21h30, na CASA DE ASAS - BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTA CATARINA (BPSC/FCC), em FLORIANÓPOLIS. QUINZENALMENTE.


Todas as mensagens que levo à Matilha Boca de Leão, por meio de uma simples frase, que seja, servem para auxiliar a todos, cada qual no seu estilo, à criação de repertórios de histórias a serem narradas, não é uma tarefa fácil. É necessário a efetivação de pesquisas e estudos para inovar e surpreender o leitor/ouvinte.
Histórias contadas com animação de objetos permitem o acesso aos novos níveis de criação, estimulando mais e mais o imaginário do contador criativo e lhe permite à abertura para o desenvolvimento de uma narrativa mais poética. 
Na Oficina Literária Boca de Leão vou apresentando um leque de possibilidades com o apoio de recursos teatrais com a inclusão de objetos na arte de contar histórias, além de bonecos, propriamente dito, onde todos conseguem relacionar o que estas as linguagens possuem em comum.
Estávamos conversando quando chegou a nossa Vice-Presidente da Academia Brasileira de Contadores de Histórias (ABCH) para fazermos o planejamento da ordem das apresentações da "Roda de Histórias" no Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis/SC/BR.

PROJETO DA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE CULTURA: LEVANDO MINHA MÃE AI CINEMA

Noa dia 15/05/2015 organizamos o planejamento, foram dadas todas as orientações para Abertura da Roda de Histórias, a qual seria feita pela Presidente de Honra da  ABCH: Claudete T. da Mata, em seguida a Vice-Presidente da ABCH: Cristina Magdaleno Lopes, que entraria cantando um dos poemas de Carlos Drumon de Andrade que foi musicado por Milton Nascimento no século XX.

Seria, como foi: Uma entrada seguida da fala da Presidente de Honra, sendo acompanhada das Acadêmicas que a seguiriam até o palco, quando dariam início à cantoria de Boas-vindas ao público. Após  a Entrada de Boas-Vindas, todos foram orientados sobre as Entradas e Saídas de cada Acadêmica (do palco), onde iriam entrando com uma música ou uma frase (poema, quadrinha...) o que preparasse antes de iniciar a sua histórias. Em seguida, ao ficar tudo bem combinado, foi feita a composição de duas músicas (em grupo) incentivada por Cristina Magdaleno Lopes - uma para entrada entrada das contadoras e outra para encerrar a nossa Roda que aconteceu em duas sessões, com público diferente. 

Após alguns momentos, chegou a nossa Vice-Presidente no auditório da Biblioteca Pública de Santa Catarina, para organizarmos o dia a "Roda de Histórias": saídas e entradas no palco, Cristina Magdaleno Lopes iniciaria (como iniciou) a Roda de Histórias entrando pela plateia, acompanhada pelas demais contadoras, cantando a "Canção Amiga", um poema no qual Drummond expressa o ideal de construir uma poesia capaz de despertar a consciência dos adultos e servir de canção de ninar para as crianças."

Descobri vasculhando um site (http://www.drzem.com.br/2009/11/cancao-amiga-carlos-drummond-de-andrade.html), que Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira (município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do Brasil), em 1902, e nos deixou em 1987, quando viu sua poesia ser imortalizada como canção na voz de Milton Nascimento. Se ele estivesse conosco ficaria feliz ao ver o sorriso das mães e a felicidade estampada nos seus rostos na sala de cinema do Centro Integrado de cultura em Florianópolis/SC.

COLOCAR FOTO...
Canção Amiga
Milton Nascimento
Carlos Drummont de Andrade


Eu preparo uma canção

em que minha mãe se reconheça,

todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.

Em a Vice-Presidente da ABCH compôs conosco, a música seguida um Refrão de Boas-vindas para cantar depois da entrada das acadêmicas, no palco:


Vem as Crianças e as Mães

Vem as crianças
E as Mães,
Os Acadêmicos pra cá contar
As histórias e os contos
Pra este Dia celebrar...


Sejam Bem-vindos,

Tindo le lê... (Bis)
Sejam Bem-vindos
Tindo la lá... (Bis)


Sair do palco, em grupo, cantando o Refrão da música do compositor e canto chileno "Pollo":



"Conta 1

Conta 2
Conta 3,
Mil histórias pra vocês...


Conta 4

conta 5
Conta 6,
Era uma vez...

Cada contador, antes de iniciar a sua narrativa, cantaria um verso, recitaria um poema ou uma frase às mães presentes na plateia.

A contadora de histórias Cristina Lopes iniciou sua narrativa com uma cantoria de domínio público, cantada na Ilha de Santa Catarina. Após a cantoria que encantou a todos, narrou o conto de domínio público: O Pescador.

E no dia 16 de maio, chegamos ao cinema, no Centro Integrado de Cultura de Florianópolis, narramos histórias a convite da FCC, em comemoração ao mês das mães, no projeto: "Levando minha Mãe ao cinema". Depois estarei postando tudo o que aconteceu nesse dia de muita magia e encantamento para mães, filhos e os pais que acompanharam a família e voltaram a ser criança.

Precisamos estar afinados nas nossas práxis para, em breve, levarmos o nosso projeto (Ciclo de Histórias nas Casas) às Casas da FCC.

(Claudete T. da Mata)

Casas administradas pela Fundação Catarinense de Cultura - FCC