domingo, 8 de dezembro de 2019

Voltei com uma bela Lenda Natalina...

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Queridos leitores, estou de volta!

Vejam que linda esta lenda até então desconhecida por mim.
Alecrim. Flor de alecrim

Amir Aparecido
6 de dezembro às 18:03 (no Facebook)
LENDA DO ALECRIM
Dizem que quando a Sagrada Família fugiu para o Egito com Maria levando em seus braços o menino Jesus, as flores do caminho iam-se abrindo na medida à medida que eles passavam por elas. O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice. O alecrim sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar ao menino . Cansada, Maria parou à beira do rio e enquanto a criança dormia, lavou suas roupinhas . Em seguida olhou em redor, procurando um lugar para estendê-las.
-- O lírio quebrará com o peso e o lilás é alto demais.
Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao sol durante toda a manhã.
-- Obrigada, gentil alecrim! Disse Maria.
--Daqui por diante ostentarás flores azuis para recordar a cor do manto que estou usando . E não são apenas flores que te dou em agradecimento , mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus serão aromáticas.
" Eu abençoo folha, caule e flor , que a partir deste instante terão o aroma de Santidade e emanarão alegria".
Observando: Esta lenda me veste de ritmo poético a me fazer respirar suavemente, parecendo ouvir a voz do autor enquanto eu fazia a narração em voz alta. Então posso dizer que aqui temos um pequeno-grande conto poético, desses que mexem com a afetividade celestial, sem nos importar com o credo religioso de quem está a nos ouvir. É o tipo de narrativa que nos oferece espaços para brincar sem tirar e nem por suas partes tão cuidadosamente bem escrita para ler e contar com o prazer de quem conta e ouve ao mesmo tempo.

Texto também com postagem no site COPYRIGHT © 2019 - PORTAL DAS MISSÕES. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.

Claudete T. da Mata 

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Na Primavera da Imaginação!

Me preparando para voltar a ser criança travessa de amor, de brincadeiras, encantarias curiosas, de volta às leituras de mundo - em especial do mundo que faz de alguém um Contador de Histórias - Mediador de Leitura...
(Claudete Terezinha da Mata, Narradora Oral Tradicional e Artística, e Bonequeira )

Com o início da Primavera, cá estou eu a acordar meu olhar - meu jeito de lidar com a dor afetiva preste a enterrar meu passado voltado à Arte Narrativa dos Contadores de Histórias - Esses Seres tão bem recebidos em cada espaço da Mãe-Terra, ricos de magias capazes de seus ouvintes a sublimação de memórias diante do Narrador Oral em cena - aquele Arteiro da Palavra que possui o dom de acordar emoções sagradas, de acordar sorrisos adormecidos, de acordar os fios de luz que tecem nossas memórias... Porém, essas virtudes sagradas, hoje vejo que são para poucos - poucos momentos que dinheiro nenhum consegue pagar. 
"Estou nos meus ensaios Pós-Leitura do Livro à Leitura do Imaginário!" (Claudete Terezinha da Mata)

Foram mais de dois anos de assédio moral - até o romper dos muros - algo incompreensível para quem não vive o lado de dentro. Algo muito feio para quem se diz Contador de Histórias - Esse Ser que deveria estar sempre em Confraria pela Arte Narrativa a se sentir parte de um todo de mãos dadas em grande círculo. E assim ser feliz junto dos seus e para a alegria de quem o ouve...
Ser Narrador Oral, é saber com propriedade que, assim como os Educadores, o Contador de Histórias não muda o mundo, mas tem seus momentos sagrados de transformar pessoas - Pessoas que transformam o Mundo todos os dias...  (Claudete Terezinha da Mata)

SOU UMA DAS BRUXAS QUE NÃO CONSEGUIRAM BANIR...

Não começarei tudo outra vez, nem mesmo do zero - algo inconcebível para quem já nasceu feito estrela de cinco pontas, mas em tão pouco tempo o transformaram numa bola a Estrela que bem antes de nascer, muitos não sabem (ou não acreditam), já vivenciou milhares de eventos do cotidiano junto dos seus, iniciando pelo olhar e a Voz Materna. O Ser que choroy, gargalhou, foi em busca do que  o alimentou por dentro, até dar forma ao que ouviu e por em prática o seu atelier  de materializar sonhos não egocêntricos, egoísticos... alguém que até experimentou o amargo fel daqueles que não conseguem ver e até mesmo aceitar o sucesso do outro - tudo isso por não saber doar o que há de sagrado dentro de si mesmo: Amorosidade humana, essa virtude que gera sentimentos de luz, por exemplo ter a disposição de se colocar no lugar do outro; não de estar a ocupar o que não lhe foi permitido até o momento... e estar predisposto a doar o melhor de si em prol do outro - e assim ser feliz - consciente de que nada pode ser refeito para esquecer o que não deu certo.  E nós Narradores Orais, no cativar do Ser que Aprende, nossa presença é às palavras que Espalhamos para nossos ouvintes, necessitam sair de nossas bocas com afeto ao que estamos a Ler e Cantar, com ou sem o Elemento Livro. 

E já estou a enterrar tudo o que não me faz bem, nem mesmo lembrar nos momentos de tecituras de conversas platônicas sobre projetos (infelizmente), lembranças registradas (arquivos documentais, fotos...). Assim junto de todos esses momentos, estarei a deletar pessoas semiamigas da listagem de amigos fraternos - tipo jardineira a queimar as ervas daninhas. E sairei do meu silêncio a fazer o registro de minhas narrativas pós práticas, leituras e pesquisas que hoje digo: ficaram abandonadas por anos, agora a receber minha atenção. 
Veja o que minha amiga Giselle, lá das terras e águas amazônidas, enviou para mim ao ler um de meus desabafos nesse Movimento de Contadores de Histórias Conscientes de suas práxis com Amorosidade Humana!!! 

Estou com poucas saídas especiais às atividades que muito amo fazer, sem aqueles que antes me chamavam até de mãe, de tanto que expressavam o que diziam sentir por mim - mas que fizeram suas melhores escolhas, assim com estou a fazer pós tempestade afetiva e emocional agora a me dizer o que as energias do dinheiro fazem com boa parte dos arteiros da palavra que fazem desta arte o seu meio de sobrevivência física através do "custe o que custar" - quando eles se transformam em retroescavadoras a esmagar tudo o que lhes representa risco de ocupação de espaços... triste, né?

Mas estou feliz na companhia da minha família, dos amigos fraternos, do mundo das encantarias que me mostram verdades a sublimar memórias de dentro para fora juntinha daqueles que, por graças às vibrações do bem maior, não se foram. 

E volto a render minha Gratidão ao Grande Pássaro Sagrado que tudo vê. Estou no meu pouco, hoje, a me dizer o quanto um pouco pode ser gigante - primeiro lá dentro de nós quando não nos valorizamos por dentro do nosso aspecto sagrado. Estou aprendendo a aprender a dizer Não - aquele merecido Não que deixei de dizer todas as vezes que deixei de olhar para dentro de mim antes de buscar enxergar o interesse do outro... Estou a acordar minha menina espontânea junto às meninas que podem vir fazer de mim, no momento devido, um Ser melhor. 

E poderei finalmente deixar de ser uma pulga nas dobras de muitos leões... Pessoas de outros mundos (lugares, grupos, ONGs...) me esperam inteira para as nossas narrativas circulares e andarilhas... a banhar de luz cada ouvinte à nossa frente. Digo nossa por saber que você querido Leitor estará comigo. 

E sou Feliz!!! 
(#Claudete T. M.s)

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

TECENDO A FUNÇÃO SOCIAL E EDUCACIONAL DA ARTE DE LER E CONTAR HISTÓRIAS DENTRO E FORA DA SALA DE AULA!


E porque não pensar também na Conexão do Narrador Oral em sala de aula, para as possíveis troca de saberes entre o Narrador e seus Ouvintes-Leitores, no desdobramento dos conceitos a serem apreendidos no processo de ensino-aprendizagem, próprio do ambiente escolar? Uma conexão que também pode acontecer de maneira implícita, através da narração de contos temáticos, onde o Narrador necessariamente não precisa ser um professor, mas sim aquele contador de histórias que adentra o ambiente escolar para fazer as suas apresentações sem o compromisso de ensinar conteúdos pedagógicos..., onde, querendo ou não, esse tipo de conexão por meio da arte narrativa - Arte de Ler e Contar, passa a ser, por que não, um dos meios de troca de informações que pode acontecer em dois estados: estado temporal (tempo do fato...) e atemporal (Aquilo que mesmo sendo passageiro, resiste ao tempo - Está sempre indo e vindo na voz da história narrada), material (quando o narrador faz uso de elementos na retratação dos fatos) e imaterial na conexão de saberes científicos com a tradição (Alusão às narrativas passadas de gerações às gerações, cada qual no seu tempo a escrever e perpetuar a Ancestralidade da Arte Narrativa - Na transmissão de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas...).
(Segunda Semana do Contador de Histórias de Florianópolis/2019 - Narradoras Orais: Eli (da Associação dos Contadores de Histórias de Florianópolis - ACONTHF e Jane Severo (da Cia Mãos que Tecem Histórias, levam as Histórias aos educandos de uma Creche do município de Florianópolis/SC/BR)
A Narração de História, como também a Mediação de Leitura Animada por meio dos "desenhos feitos nas pedras", temos aqui duas artes milenares com início no interior de cavernas, ainda vivas por estarem na memória do povo que ainda gosta de narrar e ler histórias. Esta arte compreende as exemplificações e elucidações virtuais que utilizamos como meios estratégicos que levam ao sujeito o reconhecimento do que ele tem em comum com o meio no qual está inserido (no aqui, no agora e através dos tempos), mostrando como se preserva as de espontaneidade do “ser humano”.
Contador de Historias atua com indivíduos concretos, com os quais ele tem que interagir e integrar nos mesmos o cognitivo (aquisições abstratas), o afetivo (motivação intrínsecas) e o social (vínculos e intercâmbios realizados pelo sujeito do processo). Partindo deste pressuposto, as estratégias servem para mostrar ao público alvo, diferentes formas de se enfrentar momentos dramáticos e se preserva a personalidade até a queima de conflitos.
E na sua fase contemporânea, com o advento das técnicas teatrais para o aperfeiçoamento performático da linguagem corporal, da voz e da estética do espaço geográfico (ambiente das apresentações), a contação de histórias também busca meios e técnicas específicas em relação à estética das suas linguagens em cena: corpo, voz, ambiente físico, seja nas suas ações individuais ou em grande grupo, para que os narradores orais possam estar de acordo com as finalidades dentro dos objetos desejados desde que estejam no caminho da narrativa a pensá-la não só para si, como também para o desdobramento do olha e da escuta social de seus ouvinte presentes. Assim não se deixa morrer o que foi narrado. E juntos, narrador e ouvintes estão costurar asas nas histórias - asas que levarão as histórias para além do lugar da contação, assim do jeito deste mantra narrativo que muitos narradores costumam verbalizar no final do conto: "E foi até aos ouvidos dos patos a sair pela boca do pinto que lá na frente contará mais cinco" (Reinventada por Claudete T. da Mata)...
De imediato à finalidade desejada, o Contador de Historias e Mediador de Leitura Animada colocam em cena os seus objetivos, quando feito com consciência desses dois atos, conseguem rasgar sorrisos com os resultados desejados assim, de forma implícita ao explicitar a historicidade social contida nas histórias. Assim, partindo delas e sendo determinadas nelas mesmas, inserindo-as nas relações do sujeito com o outro e tornando-o uma conseqüência desse processo através dos processos cognitivos, afetivos e sociais.
Os procedimentos deverão trazer dinâmicas recheadas de propósitos transdisciplinares, capazes de provocar a modificabilidade cognitiva, afetiva, emocional, em especial para o contador e o leitor de histórias de dentro e de fora da sala de aula - a sala que faz uso dessa arte milenar como meio de ensino e aprendizagem, a proporcionar aos seus educandos (sua plateia de todos os dias) atraves deste meios os mais agradáveis espaços de aprender a aprender os ensinamentos com alegria... Assim também se faz da arte de contar histórias, uma arte para refinar o planejamento pedagógico e a escuta educativa em sala de aula, ambiente onde se concentrar objetivos e desejos ao mesmo tempo...
Alguns questionamentos básicos que não podem calar só por ouvir dizer
De que maneira os Professores de Educação Artística e da própria Literatura, conseguem olhar a Arte de Ler e Contar Histórias em Sala de Aula
De que forma o Narrador de Histórias de Sala de Aula, reconhece seus substratos de intervenções pedagógicas voltadas à prevenção das dificuldades nos processos de ensino e aprendizagem
Como propõem tarefas pedagógicas voltadas à encantaria das histórias, para os seus  alunos, dentro do que eles necessitam para aprender em cada área do conhecimento (disciplina), com espontaneidade e prazer?

Ao responder esses questionamentos, vamos estar fazendo uma conexão para além do estamos a escrever pós nossas leituras de mundo, voltadas ao papel do narrador oral, dentro do seu estilo a respeitar o estilo de seus ouvintes, como também as suas necessidades por ambos estarem no mesmo ambiente, mesmo que de um lado está o narrador e do outro o ouvinte-leitor. São respostas a serem dadas com inteligência e sabedoria, já que o campo dessas conexões são bem abrangentes, por isso necessitam ser conscientes. É quando verbalizo em determinados momentos em grupo de formação, o valor e seus benefícios quando somos contadores de histórias conscientes dos nossos deveres em cena - Onde o que delineamos com a alma, precisa estar escrito no coração a se manifestar de muitas formas: por imagens (Uso de elementos materiais) ou palavras (Os verbos na constituição de diálogos que retratam as imagens virtuais além de todos os textos memorizados...). Enfim, falar ou pensar nessa Conexão, é algo que exige momentos únicos de tamanha profundidade. Seja Contando Histórias ou fazendo Mediação de Leitura...
Mediação de Leitura Animada - onde as ilustrações não são expostas durante a mediação, de maneira que os ouvintes sejam permitidos a viajar com a oralidade e imaginar as cenas, dentre outros benefícios tanto para quem está a se deliciar com as encantarias das histórias, quanto para os ouvintes ainda em processo de desenvolvimento da capacidade/estrutura de escuta - Passos para desenvolver e aperfeiçoar as estruturas de atenção e concentração, tão necessárias para o sucesso de quem está em processo de aprendizagem... Idealizadora dessa metodologia de mediação - Claudete T. da Mata. 

Referências: Estudos, pesquisas e vivências na arte narrativa - Oralidade e Escritas a partir de estudos (Leituras literárias/bibliográficas), pesquisas de campo (Vivências em comunidades e nas disciplinas de mestrado e doutorado como aluna ouvinte e especial) e vivências do cotidiano (Visitas às comunidades tradicionais, conversas em família com os mais velhos em conexão com os mais novos, encontros de narradores orais/tradicionais e os profissionais que sobrevivem da arte narrativa oral e autoral, nas conversas com os ouvintes-leitores após as apresentações, assuntos debatidos em oficinas e cursos de formação do contador de histórias...) 

Texto de Claudete T. da Mata, para os leitores do blog Cia Mãos que Tecem Histórias, aqueles que desejam saber e fazer troca de saberes.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

BATE-PAPO: VAMOS CONVERSAR SOBRE O NARRADOR DE WALTER BENJAMIN?


Não só agora, mas há muito tempo que venho compreendendo o Filósofo Walter Benjamin a levá-lo às Oficinas de Formação de Contadores de Histórias (do Projeto Mãos que Tecem Histórias), que por meio de suas escrituras nos ensina através do seu texto "O Narrador", também no seu livro "O Contador de Histórias", onde ele revela a faculdade de contar histórias com o caso da esfera artesanal da vida – assim, sob o seu olhar de narrador pesquisador a considerar que “o conto, tal como prosperou longo tempo na esfera do artesanato” seria “ele mesmo uma forma artesanal de comunicação”.
Benjamim, nas suas abordagens nos mostra o problema do desenvolvimento da sociedade moderna e a correlata “perda progressiva da comunicabilidade da experiência”. Ele relaciona a morte da arte da "contação de histórias" com a perda de uma experiência dos próprios narradores orais nas suas vivências compartilhadas com seus pares e em cena com seus ouvintes (público), quando Benjamin expõe seus questionamentos ainda atuais, por exemplo o predomínio da forma de comunicação entre o narrador e seus ouvintes, mais centrada na informação que ao estar a exigir assimilação imediata, torna-se irreconciliável com a espiritualidade do conto e o espírito de seu narrador, por faltar um contato mais afetuoso entre a história e o contador (narrador oral).
(Se não entro no universo da história a deixar livre minha criança interior, não consigo narrar a história... E os registros em vídeo fora do aconchego junto aos ouvintes, não existiriam se tivessem que ser feitos em estúdios fechados.)
Por sua vez, continuando com o olhar de Benjamin, uma de minhas referências preferidas; a mídia de massa também não tem contribuído como deveria, muito menos como esse sábio narrador (Walter Benjamin), que em sua curta caminhada terrena, onde a vida não incluía “apenas sua própria experiência, mas também uma boa parte da experiência alheia”, quando nas suas assimilações vai “ao que tem de mais intimamente seu aquilo que aprendeu por ouvir dizer”, pela sua vasta preocupação com a morte do contador de histórias, para ele, assim para todos os sábios da arte narrativa - é o narrador de contos que por meios das histórias vão delineando mais sentido à vida em sociedade a começar de dentro para fora...
Assim interpreto as escrituras de Benjamin, sempre a nos mostrar a existência dos Contadores como Seres vestidos de amorosidade humana sem fronteiras, nem eiras. Seres leves, sempre a levar as histórias para o bem de todos, sempre com a leveza de criança sem birra, nem sentimentos de discórdias em grupo, sempre em constantes aprendizados... Eu acredito nessa visão benjaminiana de Walter Bendix Schönflies Benjamin, filósofo e crítico literário, nasceu em Berlim em 1892 e se suicidou em 1940, na fronteira da França com a Espanha, durante uma tentativa de fuga dos nazistas. Quem diz é a Senhora História a me indicar durante minhas pesquisas literárias sobre Benjamin que o mesmo preferiu cometer seu maior pecado: tirar a própria vida, para que não se visse em mãos desonradas a lhe tirar a vida por motivos fúteis - a vida que só poderia ser tirada pelas mãos de Deus, por uma enfermidade ou por ele mesmo. Foi o que fez. Ele, antes de sair do corpo material, enterrou todas as suas escrituras, as quais foram encontradas épocas depois, quando passaram a ser editadas por outros autores.

Para Benjamin, a rejeição de sua tese de habilitação, “A origem do drama barroco alemão”, o impediu de exercer a docência universitária na Alemanha. A partir de 1924 descobriu o marxismo, através da obra de Lukács, e se tornou simpatizante do movimento comunista. Foi associado à Escola de Frankfurt, o Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, criado em 1923, e seus principais escritos versam sobre o materialismo histórico, a estética e a arte, o idealismo alemão e, de maneira geral, o marxismo ocidental. Em seus ensaios, combina referências literárias e artísticas com filosofia e sociologia. Em 1933, com a tomada do poder dos nazistas, exilou-se na França. Foi amigo e correspondente de Theodor Adorno, Max Horkheimer, Gershom Scholem, Bertolt Brecht e Hannah Arendt. Seu último escrito, as Teses sobre o conceito de história, de 1940, associa o materialismo histórico ao messianismo revolucionário. Sua obra, de caráter fragmentário e ensaístico, foi parcialmente publicada em coletâneas no Brasil, incluindo Passagens (2006) e três volumes de Obras escolhidas: Magia e técnica, arte e política (1985), Rua de mão única (1987) e Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo (1989).
Vestir uma personagem em cena, brincar com as narrativas orais e até mesmo as autorais, dar voz aos bonecos, fazer um conto interativo onde não há ensaios, é um conjunto de meios utilizados pelos contadores de histórias, para alcançar seus ouvintes, são meios que podem ser tão simples e ao mesmo tempo provocadores de estranhamento na persona real, passam a ser algo material e imaterial no incentivo do imaginário de quem ouve e passa a ver tudo o que acontece do lado de dentro das histórias - algo que encanta o leitor e é capaz de ir muito além da nossa vã filosofia, nossos afetos tecidos e cena, por isso temos o poder de provocar a catarse de mão entrelaçadas com as histórias, lendas e fatos...
Tenho estado um pouco só a levar as histórias - uma experiência que me diz o quanto gosto e me dá prazer a vivência em grupo, a troca entre meus pares... Não sou do estilo narrador solo por acreditar que as vivências em grande grupo torna nós narradores mais reais - Onde nas nossas trocas podemos alcançar vida longa por meio da narrativa até ainda depois. E me remeto de volta a Benjamin que acreditava na capacidade da narrativa alcançar sua visibilidade na consciência da eternidade. Para ele, a transmissão da sabedoria da vida real torna-se possível até mesmo no ato da morte e, por sua vez, a morte é o momento marcante da narrativa. No entanto, a civilização da modernidade adotou um certo distanciamento do fenômeno da morte. E muitos hoje consideram que morrer também é um evento público para o indivíduo - e a morte foi empurrada para fora da percepção da vida. Nesse aspecto, ainda no seu tempo, não tão diferente dos tempos atuais, mesmo estando com a luz da sabedoria das narrativas em mãos, Benjamin nos aponta outra razão para a arte da narrativa estar chegando ao fim - uma razão onde todos necessitam estar juntos para chegarem à compreensão deste momento: Fim da arte da narrativa, caso não venhamos a nos unir... E 2019 está sendo o meu ano de revisão e auto avaliação e conhecimento de minha persona nascida na Aldeia Terra, uma escola com muitas provas e provações... E cá estou a me refazer a cada instante durante minhas vivências.
Escrever, sei que tem sido um meio a iluminar minhas emoções a me conhecer melhor - até estar a expulsar de mim as amarras que me impedem de caminhar sozinha, também. Quero ser uma #narradora melhor e bem longe dos padrões que mais servem para trazer rigidez às práticas narrativas, de forma a cegar muitos corações, em vez de trazer à luz os contadores de histórias com leveza de criança sedenta de doçuras e muitas travessuras.
E você precioso Leitor, o que tem a nos dizer?
(#Claudete T. M.s - Sou Profissional da área pedagógica aposentada, com dedicação à pesquisa de memórias vivas sobre lendas e contos tecidos por elas; contadora de histórias e Mediadora de Leitura Animada - metodologia de autoria própria; Avó de duas meninas que desde o ventre ouvem contos narrados por Vovó Dete. Formadora de Narradores Orais - contadores de histórias e mediadores de leitura animada, também Enamorados da Arte Narrativa...)

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Siga-nos para que possamos ir ao encontro de patrocinadores para a nossa Cia Mãos que Tecem Histórias - Gratidão!

É só clicar em Seguir!
Essas narradoras: Marli (à minha esquerda) e Jane Severo (à minha direita), são narradora tradicionais, dessas que saem comigo pelo universo sagrado da narração oral, sem colocar acima de nossos objetivos as energias financeiras. Só necessitamos do suficiente para custear nossos gastos com as nossas andabilidades.
Jane levou as encantarias das histórias a essa comunidade de Florianópolis no Dia Nacional do contador de Histórias em Florianópolis - 20.03.2019, juntinha da Associação dos contadores de Histórias de Florianópolis, a representar nossa Cia Mãos que Tecem Histórias.

No nosso meio temos a Narradora Oral, Salma Maris - uma narradora feita de coração. Aqui estivemos em viagem no dia 13.04.2018, na cidade de Presidente Getúlio/SC levando muitas histórias e cantorias, de forma voluntária. 

E nossa Cia Mãos que Tecem Histórias, sempre tem narradores que atendem os nossos convites, mesmo sem cachê. Por exemplo: Roseli Schütel, Raquel Mazera, Vó Osmarina e outros tantos e tantas narradoras mais. 

Aqui nesse espaço da Feira Catarinense do Livro, em Florianópolis, tivemos a ilustre colaboração e a companhia das narradoras Bianca (ao violão cantou histórias) e Ana Esther com suas histórias de autoria própria - Nesse dia 03.07.2019 ela narrou o "Carvalhinho Solitário".

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

No Desfiar das Memórias a Tecer Histórias!

Essa histórias no Arraiá Literário Inclusivo, em 19.07.2019, onde a Festa das Bruxas de Itaguaçú recebeu um convidado sanfoneiro, galanteador a contracenar com a narradora como se ambos se apresentasse sempre juntos, como se tudo tivesse sido ensaiado... E a história foi ganhando corpo a encantar o público que entrou no frenesi do enredo - Ação da Biblioteca Pública de Santa Catarina, com atuação da Narradora Claudete T. da Mata 100% voluntária.
 Palavras sobre a tarde no Arraiá Literário Inclusivo, organizado pela amiga e Administradora da Biblioteca Pública de Santa Catarina, Cléo Schmitt:

"Quero registrar nossa gratidão a você pelo belo presente ao evento "Arraiá Literário Inclusivo", da Biblioteca Pública de SC. Momentos sociais são únicos, realmente as apresentações agradaram o público e a todos os participantes. Parabéns pela extraordinária apresentação junto com nosso querido deficiente visual, Sr. ADILSON com o seu acordeão. Foi demais, muito lindo!!!👏👏👏👏"
E o sanfoneiro ADILSON, deficiente visual interagiu com a Lenda das pedras de Itaguaçú - A Festa das Bruxas. 
Só no final da narração foi que o nosso gaiteiro ficou sabendo que fez o papel do personagem mais horripilante do enredo - o tão indesejado capeta. Ficou curioso, né querido leitor? Deixe que em outro momento posto a história. E pergunto: Será que um farto cachê é maior que tudo isso? 

Sei que muitos me diriam como já me disseram: "Palavras não pagam minhas contas no final do mês... tiriri, tró, ló, ló..." Mas volto e digo que: Sem o merecido reconhecimento pelos nossos feitos, surge como um baú de moedas, bem mais valioso que um farto cachê que logo se acaba. E ser feliz é tudo o que quero, por saber que o fator financeiro relacionado à vivência artística, também é consequência por merecimento. Caso contrário, não ganhamos a tão desejada visibilidade e os desejados cachês tão visados por aqueles que entram em cena por $$$$$$$. E como como ganhar o tão desejado mundo, caso também não façamos a nossa arte com amor? Sei que todo ganho é Bem-vindo, que precisamos pagar pedágios, combustível para o transporte e também para o nosso corpo físico, pagar materiais de apresentações, livros para estudos, etc. Porém se posso ir até os locais que me chamam/convidam, sabendo que a parte do convite não tem com dar nenhum auxílio $$$, se minha condição $$$ me permite, lá estou com amor. Não foi o Cristo que nos falou por meio das histórias que narrava que: "Não só de pão viverá o homem... Dai a Cesar o que é de Cesar... É dando que se recebe..." E acredito na lei de causa e efeito. 

Antes de minha aposentadoria, sempre paguei minhas contas, eu diria 60% delas com o que vinha da minha arte. Hoje, às vezes também vem daqueles que reconhecem meu trabalho, meus esforços para atender os pedidos e convites, os quais quando podem me ofertam um pró-labore para o custeio de minha ida até eles e o público que aguarda as histórias que levo. É com muita honra que levo a arte que escorre em minhas veias, para onde me chama, não por disputa de espaços, mas por reconhecimento também aos que me chamam, aos ouvintes-leitores, em especial pela alegria que esse estar me proporciona. E ao atender os chamados, sempre me surpreendo com a acolhida com ou sem auxílio $$.

Como todo bom Narrador Oral, as histórias sempre voltam em forma de se ter o que contar para desatar a imaginação ao tecer memórias. Em certa ocasião, me chamaram para contar histórias. Fui. Sobe ali, desce por lá, passa por aqui... Lá foi Eu sendo conduzida por meu companheiro, lá no tempo que Eu ainda não sabia dirigir veículos. E nos perdemos. Eu, feliz com as paisagens dos lugares por onde passamos, me perdi na alegria do caminho, na melodia dos passarinhos a respirar ar puro daquela natureza ainda só um pouco ocupada... Ao decidir por voltar para casa após tamanha procura sem o encontro do lugar, encontramos a casa onde crianças, adolescentes e adultos estavam à minha espera. Foi uma recepção para nunca mais esquecer. Cá estou só no relato por não ser permitido os registros habituais das dos acontecimentos. Bem que eu poderia registrar os lugares por onde passamos, mas o desespero misturado com a alegria de ver e respirar as belezas encontradas, não me deixou pensar no registro em fotos, só esse de palavra, para você leitor precioso. 
No Orfanato Chico Xavier - 2015.

Entrei no meio do público cheio de sorrisos nos olhos a dar semblantes de gente de pele rosada de desejos de ouvir e viajar com as histórias. Sentei no chão e após a conversação inicial da coordenadora da casa (Orfanato cuidado por profissionais voluntários, onde o governante municipal fornece somente a alimentação e o pagamento do aluguel da casa...), comecei a desfiar a primeira história:
E me surpreendi com o público desse lugar: Bebês, crianças maiores, adolescentes internos com uma educação exemplar... Atentos, de bocas semi abertas, olhos esbugalhados, surpresos a cada história contada - Eu era a primeira Contadora de Histórias a lhes encantar com as minhas narrativas bagunceiras, também. É que além das histórias autorais que narrarei, também levei dois contos de minha autoria, os quais cada vez que conto nunca sai do mesmo jeito que contei antes. 
A foto retrata as crianças do Orfanato Chico Xavier, existente numa comunidade de um município de próximo da capital de Santa Catarina. Elas ficaram assim na Roda de Histórias. E quando os bonecos entravam em cena, eu também me surpreendi com o jeito do público. O boneco é fruto de uma oficina ministrada por mim, em 2016, com confecção de bonecos contadores de histórias. Este foi feito por uma narradora oral de 80 anos, com o meu auxílio por ela sofrer de artrite nas mãos com dificuldade nos movimentos de coordenação fina - trabalhar detalhes como forma e expressões faciais... O figurino foi feito por ela, em casa num final de semana. É todo colado no lugar de ser costurado, justo por suas limitações no manuseio de agulhas e com a própria máquina de costura.

Eu creio, assim sigo como os grandes sábios da arte narrativa também acreditam que: 
 um contador de histórias - narrador oral, é aquele que em cena segue pelas brumas do universo sagrado a dar vida às narrativas chamadas por ele, ou as que o chamam pela conexão sagrada entre eles que juntos, um atiça o outro e o narrador oral até inventa seus próprios causos. Isso é pura magia por se encantar com a alegria das palavras em viagens que só o narrador e seu público afetivo conseguem saber... 
Nessa Mediação de Leitura, por exemplo, no dia 18 de abril de 2017, os ouvintes sentaram até nas prateleiras dessa minúscula biblioteca, para ouvir uma histórias do aventureiro Saci Pererê, do seu nascimento até sua saída da casa dos pais adotivos a morar pelo mundo, sempre levando consigo as suas estripulias. Foi uma viagem para todos e uma surpresa para os professores que no seu achismo pedagógico habitual, pensaram que o grupo de mais de trinta alunos bagunçariam o momento da Arte da Contação de História com Mediação de Leitura Animada. 
(Título: Mãe Sacisera - Criação de Claudete T. da Mata)
E os ouvintes se encantaram ao saber que a mãe do Saci tem duas pernas. Que ele puxou ao pai que tem todos os homens da família de uma perna só.  que é normal, também, nascer com uma perna só. que o Saci caminha, rodopia como poucos... que nada o impede de sonhar e correr atrás de seus objetivos até as suas realizações, por mais esquisito que ele (o Saci) seja no seu jeito de Ser, de estar e de fazer as coisas.

De volta ao orfanato, também narrei a Dona Baratinha - o Conto da Carochinha mais próximo do conto original: aquele que a dona Barata ao saber do desastre que levou seu noite para o outro lado da vida - após ter refletido sobre o porque dele estar a apreciar a feijoada a caminhar sobre a borda do panelão, em vez de ir ao encontro de sua amada para o casório, ela pegou o rato cozido que estava cheiroso a atiçar seu apetite, e o dividiu em pedacinhos e compartilhou com os convidados, os quais se deliciaram... E a festa não deixou de acontecer. foi feito o velho ditado: "Vãos os anéis e ficam os dedos a espera de outros ainda mais belos...". Uma narrativa que pode para alguns, um erro eu ter narrado para crianças, mas que quando dita de maneira brincalhona e com a leveza a brincar com as cenas dessa forma a explorar o mundo dos insetos que degustam seu alimentos preferidos ligados a sua cadeia alimentar, essas histórias do tempo em que os bichos falavam, também ensinam até aquele conteúdo que em sala de aula muitos professores não sabem como fazer, nem mesmo ensinar. São enredos que atiçam a curiosidade dos ouvintes-leitores e sublimam suas emoções - cada qual do seu jeito, assim feito gente a resolver seus conflitos por meio de encontros em grande grupo. E digo: Contar e ouvir histórias, também é uma terapia, desde que tudo aconteça numa linguagem leve, doce, brincalhona, bagunceira/travessa para que as emoções do momento da narração até venham ser o acalento de muitos ouvintes que estão na precisão da melodia da poética da palavra bem contada. 
E as adaptações da Dona Baratinha, feitas por vários autores vem assim com pitadas de doçura que encantam as crianças até mesmo em cenas de desespero... 
Eu tenho várias versões e inclusive a versão mais antiga, bem próxima do conto original que relata o tempo em que a Europa medieval viveu uma era sem fartura de carne... Um tempos em que os pais eram obrigados, até mesmo de abandonar seus filhos nas florestas na esperanças de serem levados por pessoas de posse, onde a fartura era certa. Assim como na história de João e Maria, quando se coloca a culpa de abandono das crianças na madrasta, quando foi a própria mãe que toma a decisão com o consentimento do pai que os leva para a floresta onde eles vivem uma aventura e voltam para casa com um achado que garante dias melhores para a família. E tudo fica bem. Mas como sempre há um vilão nessas histórias antigas, a madrasta vira a bruxa desses contos maravilhosos. E as crianças do Orfanato aplaudiram a Dona Baratinha com seu laço de fita.

Também narrei o conto "Por que há tantas estrelas no céu?" - de Leonardo Boff. E fechei do jeito que abri: com duas cantorias de contemplação da Roda de Histórias, cantorias para abrir a roda e também para me despedir do afetivo público. Nesses momentos aprendo muito e me vejo de volta às minhas leituras de mundo em torno do universo sagrado das narrativas orais, onde a atmosfera sagrada dos narradores orais da nossa ancestralidade, envolve o campo físico que acolhe os fatos simbólicos apresentados pelos narradores.

Recebi uns mimos e entre eles, um envelope com uma quantia em dinheiro que Eu ao ver, quis devolver, já que o lugar é todo cuidado por pessoas voluntárias. Mas me disseram que se eu não aceitasse, não poderia mais voltar até lá. E eu retornei com o grupo de narradores voluntários da Academia Brasileira de Contadores de Histórias, para fechar o ano de 2015. E quero voltar mais vezes. Lá encontrei um pouco do que muitos acham impossível: doação de tempo para quem está abandonado, lugar onde se desenvolve ações sociais com amorosidade humana, toda de maneira voluntária, sem deixar faltar nada. E me surpreendo sempre que vou nesse lugar, com a educação dos moradores, o respeito pelas pessoas que lá vão, o espirito colaborativo... Gente, é um lugar muito especial, como muitos que existem e ainda não sabemos.

E sempre aprendo a aprender que: Ganhar o mundo, é muito mais que receber uma quantia farta para pagar as contas no final do mês. E serve como terapia a nos trazes aquela paz que tanto, e que muitos estão na precisão... E sou Ré-confesso. Se assim eu não ser, não consigo nem sorrir. Por isso não consigo o faz-de-conta nem quando estou em cena com as histórias que chegam, por mais que duras que algumas pareçam, mas elas conseguem se manifestar com leveza a mostrar o quão a vida em grupo é bela, mesmo com todas as diferenças misturadas....

E encontrei esse material sobre sarna e piolho, que seria jogado no lixo. Aproveitei e criei um conto dessas duas criaturas minúsculas, mas que nos dão o que fazer. O Título: Dona Piolhina e sua prima Sarnina numa floresta cabeluda. As crianças pediram Bis.


Cego mesmo, é todo aquele que tem olhos perfeitos mas não consegue enxergar um palmo à sua frente... E surdo é aquele que não sabe ouvir nem a si mesmo. E os perfeitos ainda estão para nascer... E se ontem você não me viu a sorrir, rir, gargalhar, não se preocupe porque estou no meu tempo de reflexão. Nesse momento, fico séria, com semblante austero - aquela cara de quem parece não está gostando do que acaba de comer... é o meu jeito. Por isso digo que fico melhor rindo feito criança, do que adulto sisudo. Beijo no seu nobre coração, você que tirou um tempo de seu precioso tempo para ler minhas leituras de estudo, do que sinto, vejo e penso. Gratidão!



(#Claudete T. M.s)

terça-feira, 10 de setembro de 2019

História: Por que há tantas estrelas no céu? De Leonardo Boff, narrada p...



Por que há tantas estrelas no céu? De Leonardo Boff , narrado por Claudete T. da Mata no Centro Integrado de Cultura - CIC. Florianópolis/SC.

domingo, 8 de setembro de 2019

Formação de Contadores de Histórias - Manipuladores de Bonecos.


Objetivo maior: Na arte de contar histórias com bonecos, desenvolver nos narradores orais, acompanhando técnicas teatrais, o aprimoramento das suas expressões afetivas, sociais, cognitivas, imaginativas a dar vida às histórias em cena com consciência na animação dos bonecos e suas narrativas, desta maneira a exteriorizar o processo criativo do narrador em cena, com mais empoderamento na concretização de sua práxis com qualidade.

E o presente curso está alinhado com as premissas artísticas/culturais/educativas e da própria ludoterapia, vislumbrando esses processos em conjunto, voltados para os critérios de auto-superação de conflitos inter e intrapessoais muitas vezes desconhecidos pelos narradores. Assim, a partir da responsabilidade social, afetiva, cognitiva e criativa, onde os aspectos do bem, do mal, do bom, do belo, do falso e do verdadeiro (espiritualidade,arte e educação) estejam presentes, por meio dos quatro pilares da pedagogia ideológica e da própria amorosidade humana: primeiro aprender a ser; depois aprender a aprender; para poder aprender a conviver e daí por diante aprender a realizar - por em prática os ensinamentos apreendidos, que equivale ao servir para ser e estar no meio que vive as suas experiências com qualidade, seguindo em frente sem cegar a si mesmo...
A partir dessas premissas, trabalharemos a plasticidade cerebral para a ampliação do campo simbólico através de expressões literárias, musicais e cênicas com formas animadas, até chegarmos às técnicas expressivas do inconsciente, como o jogo dramático, fazendo uso da imaginação ativa e criativa, a produção espontânea de mini roteiro, a dramatização dos personagens, exercitando o Self (imagens arquetípicas da persona, sombra e animais e do si mesmo), além das produções naturais como os improvisos (de forma lúdica) e uma enorme gama de possibilidades que podem facilitar a arte de estar em grupop, ara que o ego se renda ao Self e passe a servir a alma (processo de individuação proposto por C. G. Jung).

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Possibilidades do contador de histórias na narrativa com a manipulação de bonecos:
· Quem é e o que faz o contador de histórias com boneco, no contexto da narrativa?
· Qual a sua pretensão?
· Conhecendo a força dos bonecos e seus limites na narração de histórias.
· Como joga o contador de histórias, no papel de ator manipulador com bonecos?
 . Da atenção à escuta, da escuta à atuação  
- Contador de histórias, animador como não-presença;
- Contador de histórias, animador como co-presença;
- Contador de histórias, animador como animador;
- Contador de histórias, animador como contraparte em cena;
- Contador de histórias, animador assume no espetáculo sua própria condição de animador do     objeto;
- Contador de histórias, animador, entre a interpretação de uma personagem em seu corpo e a interpretação de outra personagem dando vida ao objeto inanimado.
- Entre o foco e os meridianos de atuação;
- Improvisando com bonecos;
- Apresentação dos resultados em grande grupo aberto ao público.

OBS: O curso de cunho teórico e prático está fundamentado nas vivências e experiências sociais, artísticas, culturais e autorais de diferentes autores, em especial, de C.G. Jung, Moreno, Ana Freud, etc. Com registros em fotos e filmagens para avaliações e a auto avaliação em aulas específicas para a troca de saberes e a abertura com aceitação das críticas em grupo. com certificação peça instituição apoiadora. O curso também possui caráter terapêutico, por si durante todo os seu desenvolvimento.

A Ministrante e Idealizadora do projeto Mãos que Tecem Histórias, também mentora da Academia Brasileira de Contadores de Histórias, após ter criado a Oficina Literária Boca de Leão (projeto doado em 2016 para a Fundação Catarinense de cultura, sob a coordenação do bibliotecário Evandro Jair Duarte - em pleno desenvolvimento a lhe servir de fonte de pesquisa no seu doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC). Claudete T. da Mata - Pedagoga, Especialista e Mestre em Psicopedagogia Clínica, Pedagógico e Institucional; Atriz Bonequeira, Escritora, Pesquisadora da tradição oral de memórias vivas no Estado de SC, com dedicação à Arte Contar Histórias com Bonecos e os Livros, Mediadora de Leitura animada (uma metodologia criada pela ministrante, para fugir dos padrões tradicionais de leitura em voz alta....), possui vasta experiência em Arte da Contação de Histórias e Artes Cênicas, socializa seus saberes neste canal de comunicação com os seus leitores, na divulgação de suas ações.

Local: .................
Horário: ..............
Data: Agendamento prévio e direto com a ministrante.
Investimento: .........................
As inscrições precisam ser encaminhadas para o e-mail claudete_tm@hotmail.com / claudetedama@gmail.com juntamente com o comprovante do pagamento bancário.

OBS. A ministrante presta atividades 100% voluntárias, para Ongs que atendem estudantes e crianças de baixa renda e vida social em situação de vulnerabilidade em família e na própria comunidade. Todo auxílio de custo para a manutenção do projeto, para gastos com combustíveis, passagens para outros estados, hotel, alimentação, materiais para a realização das oficinas, são bem-vindos e e extremamente necessários.

CLAUDETE TEREZINHA DA MATA
Contato 48-38792061