terça-feira, 24 de setembro de 2019

Na Primavera da Imaginação!

Me preparando para voltar a ser criança travessa de amor, de brincadeiras, encantarias curiosas, de volta às leituras de mundo - em especial do mundo que faz de alguém um Contador de Histórias - Mediador de Leitura...
(Claudete Terezinha da Mata, Narradora Oral Tradicional e Artística, e Bonequeira )

Com o início da Primavera, cá estou eu a acordar meu olhar - meu jeito de lidar com a dor afetiva preste a enterrar meu passado voltado à Arte Narrativa dos Contadores de Histórias - Esses Seres tão bem recebidos em cada espaço da Mãe-Terra, ricos de magias capazes de seus ouvintes a sublimação de memórias diante do Narrador Oral em cena - aquele Arteiro da Palavra que possui o dom de acordar emoções sagradas, de acordar sorrisos adormecidos, de acordar os fios de luz que tecem nossas memórias... Porém, essas virtudes sagradas, hoje vejo que são para poucos - poucos momentos que dinheiro nenhum consegue pagar. 
"Estou nos meus ensaios Pós-Leitura do Livro à Leitura do Imaginário!" (Claudete Terezinha da Mata)

Foram mais de dois anos de assédio moral - até o romper dos muros - algo incompreensível para quem não vive o lado de dentro. Algo muito feio para quem se diz Contador de Histórias - Esse Ser que deveria estar sempre em Confraria pela Arte Narrativa a se sentir parte de um todo de mãos dadas em grande círculo. E assim ser feliz junto dos seus e para a alegria de quem o ouve...
Ser Narrador Oral, é saber com propriedade que, assim como os Educadores, o Contador de Histórias não muda o mundo, mas tem seus momentos sagrados de transformar pessoas - Pessoas que transformam o Mundo todos os dias...  (Claudete Terezinha da Mata)

SOU UMA DAS BRUXAS QUE NÃO CONSEGUIRAM BANIR...

Não começarei tudo outra vez, nem mesmo do zero - algo inconcebível para quem já nasceu feito estrela de cinco pontas, mas em tão pouco tempo o transformaram numa bola a Estrela que bem antes de nascer, muitos não sabem (ou não acreditam), já vivenciou milhares de eventos do cotidiano junto dos seus, iniciando pelo olhar e a Voz Materna. O Ser que choroy, gargalhou, foi em busca do que  o alimentou por dentro, até dar forma ao que ouviu e por em prática o seu atelier  de materializar sonhos não egocêntricos, egoísticos... alguém que até experimentou o amargo fel daqueles que não conseguem ver e até mesmo aceitar o sucesso do outro - tudo isso por não saber doar o que há de sagrado dentro de si mesmo: Amorosidade humana, essa virtude que gera sentimentos de luz, por exemplo ter a disposição de se colocar no lugar do outro; não de estar a ocupar o que não lhe foi permitido até o momento... e estar predisposto a doar o melhor de si em prol do outro - e assim ser feliz - consciente de que nada pode ser refeito para esquecer o que não deu certo.  E nós Narradores Orais, no cativar do Ser que Aprende, nossa presença é às palavras que Espalhamos para nossos ouvintes, necessitam sair de nossas bocas com afeto ao que estamos a Ler e Cantar, com ou sem o Elemento Livro. 

E já estou a enterrar tudo o que não me faz bem, nem mesmo lembrar nos momentos de tecituras de conversas platônicas sobre projetos (infelizmente), lembranças registradas (arquivos documentais, fotos...). Assim junto de todos esses momentos, estarei a deletar pessoas semiamigas da listagem de amigos fraternos - tipo jardineira a queimar as ervas daninhas. E sairei do meu silêncio a fazer o registro de minhas narrativas pós práticas, leituras e pesquisas que hoje digo: ficaram abandonadas por anos, agora a receber minha atenção. 
Veja o que minha amiga Giselle, lá das terras e águas amazônidas, enviou para mim ao ler um de meus desabafos nesse Movimento de Contadores de Histórias Conscientes de suas práxis com Amorosidade Humana!!! 

Estou com poucas saídas especiais às atividades que muito amo fazer, sem aqueles que antes me chamavam até de mãe, de tanto que expressavam o que diziam sentir por mim - mas que fizeram suas melhores escolhas, assim com estou a fazer pós tempestade afetiva e emocional agora a me dizer o que as energias do dinheiro fazem com boa parte dos arteiros da palavra que fazem desta arte o seu meio de sobrevivência física através do "custe o que custar" - quando eles se transformam em retroescavadoras a esmagar tudo o que lhes representa risco de ocupação de espaços... triste, né?

Mas estou feliz na companhia da minha família, dos amigos fraternos, do mundo das encantarias que me mostram verdades a sublimar memórias de dentro para fora juntinha daqueles que, por graças às vibrações do bem maior, não se foram. 

E volto a render minha Gratidão ao Grande Pássaro Sagrado que tudo vê. Estou no meu pouco, hoje, a me dizer o quanto um pouco pode ser gigante - primeiro lá dentro de nós quando não nos valorizamos por dentro do nosso aspecto sagrado. Estou aprendendo a aprender a dizer Não - aquele merecido Não que deixei de dizer todas as vezes que deixei de olhar para dentro de mim antes de buscar enxergar o interesse do outro... Estou a acordar minha menina espontânea junto às meninas que podem vir fazer de mim, no momento devido, um Ser melhor. 

E poderei finalmente deixar de ser uma pulga nas dobras de muitos leões... Pessoas de outros mundos (lugares, grupos, ONGs...) me esperam inteira para as nossas narrativas circulares e andarilhas... a banhar de luz cada ouvinte à nossa frente. Digo nossa por saber que você querido Leitor estará comigo. 

E sou Feliz!!! 
(#Claudete T. M.s)

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