E Catarina entrou em cena a ouvir a parlenda do toicinho que estava aqui. você não sabe dessa brincadeira para educar a escuta, aguçar o imaginário, atiçar a memorização e disciplinar a concentração de crianças e adultos?
Brincadeira também é conhecida como cantiga popular.
Agora vamos leia e brincar?
CADÊ O TOICINHO?
Cade o toicinho que estava aqui?
O gato comeu.
Cade o gato?
Foi pro mato.
Cade o mato?
O fogo queimou.
Cade o fogo?
A água apagou
Cade a água?
O boi bebeu.
Cade o boi?
Foi para o celeiro moer trigo
Cade o trigo?
A galinha comeu
Cade a galinha?
Está botando ovo.
Cade o ovo?
O padre comeu.
Cade o padre?
Foi rezar a missa.
O gato comeu.
Cade o gato?
Foi pro mato.
Cade o mato?
O fogo queimou.
Cade o fogo?
A água apagou
Cade a água?
O boi bebeu.
Cade o boi?
Foi para o celeiro moer trigo
Cade o trigo?
A galinha comeu
Cade a galinha?
Está botando ovo.
Cade o ovo?
O padre comeu.
Cade o padre?
Foi rezar a missa.
Adê a missa?.
A missa acabou.
Como acabou?
Acabou por aqui...por ali...por lá...
Se quiser outra vez, pode começar.
As crianças ficam absolvidas com a interação dos adultos, um ótimo estímulo para elas.
E essa ouvinte da segunda infância, subiu no palco para ouvir de perto a música "A Palavra bem Contada" - De Marli Emmerick Ferreira, e a menina vibrou com o REFRÃO: "Se você tem a arte em suas veias, então venha nós queremos conhecer... Seu talento é importante, não esconda. todos tem coisas lindas pra dizer..."
E tam bém narrei o "Pássaro Encantado", de Rubem Alves.
Quando o pássaro é revelado, a encantaria surpreende.
O elemento (pássaro) utilizado para animar/movimentar, dar mais vida ao clímax do momento, foi um momento de brincar e imaginar.
Com o findar do pássaro, veio de mansinho a Princesa negra: Abayomi com muitos momentos marcantes.
E narrar sobre a travessia dos navios negreiros e seus segredos escondidos nos porões dos navios, surgiu feito grito para dizer de onde vieram as Abayomis, as bonequinhas feitas para alegrar e dizer o quanto tudo passa, a mostrar-se como símbolo de resistência, alegria, brincadeiras...
Heis que surge de poucos movimentos, uma bonequinha...
Versar sobre essa cultura tradicional, hoje levada aos ouvintes como uma arte ancestral, não mais confeccionada a partir de tecidos de algodão rasgados a dentes de mulheres sábias. Porquê não?
Porque, na era contemporânea, as bonequeiras j´tem à disposição, tesouras para facilitar o processo de corte. E também é sabido que, cortar tecidos a dentes, é um fato da era primitiva, quando nem se imaginava que do ferro poderia surgir tal ferramenta.
E tive a companhia do amigo Narrador Sandro Moacir em cena.
Senti foi muito orgulho em receber esse Contador de Histórias de muitas andabilidades pelas narrativas orais. Ele aí, o pupilo a encantar os ouvintes da Feira Catarinense do Livro, em Florianópolis. É um companheiro de longa data - Sandro Moacir, também Acadêmico-Patrono da Academia Brasileira de Contadores de Histórias - #ABCH. E não fiquei no momento solo, nessa tarde de inverno. Amigos são bem assim, sempre juntinho da gente. Gratidão pela companhia, pelas histórias, pelo carinho de sempre, Sandro Moacir de Campos!
E Sandro narrou três contos maravilhosos. E a amiga Flavia Cardoso Mendes quem fez esse maravilhoso registro, a quem rendo meu abraço fraterno, não deixou de ir à Feira Catarinense do Livro, organização da Câmara Catarinense Do Livro, cuja equipe teve a oportunidade de nos ouvir, mesmo sem preencher as cadeiras do espaço das narrações orais. Mas os ouvintes sentados, estavam maravilhados com as histórias bem contadas...
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