quinta-feira, 25 de junho de 2015

DIA 09 DE JUNHO NO GRUPO BOCA DE LEÃO



Dia 09 de junho, das 15h âs 17h40, recebemos o jovem que pretende seguir a carreira do magistério: Aldo Rudy, no auditório da Casa de Asas. Foi uma tarde cheia de tensões e muitas pretensões. E demos asas à imaginação. 
Da esquerda à direita: Albertina Fonseca (Amante das artes do Japão), Natália Bueno (Advogada e, após vir para a nossa matilha, está mais apaixonada ainda pela arte de "escrever com a alma"), Saray Martins (Aposentada do serviço público, desde de 2012 vem se dedicando à arte de fazer o que gosta, para ser feliz. É questionadora e fala pelo corpo inteiro. Está vivendo uma nova fase da vida que muitos dizem: Maturidade), Aparecida Facioli (Uma senhora matreira, apaixonada por tudo que decide fazer. Também está passando por uma nova fase, que muito tem a deixado sem saber que caminho seguir: Se interpreta, canta, dança, escreve, nada ou conta?). É a Vida dentro de cada Um. É uma Estrada a escolher. Escolhi 3: Dedicação à Família, à nossa Matilha de Leões e à Primeira Academia Brasileira de Contadores de Histórias. Larguei o teatro e outras tantas andanças. Foi o meu tempo de escolher! Albertina e Natália foram adotadas pela nossa Matilha, no início deste ano (2015), depois que conheceram o grupo em outubro de 2014. Elas gostaram e agora se apaixonaram pelos trabalhos dentro da Matilha. Sabem que não vamos viver sempre um Encontro de Rosas. Entretanto, sabem que a Vida em Grupo é uma estrada cheia de ondulações. Cabe a cada leão saber como trilhar por esta estrada de mão entrelaçada, na formação se uma corrente que não pode ser rompida.

 Cada Elo precisa ser feito por uma Matilha de Leões cheios de AMOR, HARMONIA, ENERGIAS DE LUZ, RESPEITO PELA GUARDIÃ, AOS AMIGOS E SUAS FALAS, COERÊNCIA NO QUE VAI DIZER, CUIDADOS COM OS VERBOS RUMINAR PELO EGO, DEDICAÇÃO AOS TRABALHOS, SAPIÊNCIA NA SOCIALIZAÇÃO DOS SABERES, ESTUDO, SABEDORIA NOS MOMENTOS DAS DISCUSSÕES, COOPERAÇÃO COM QUEM NECESSITA, CONFIANÇA NAQUELE QUE LIDERA, SEM DEIXÁ-LO CAIR NO DESCRÉDITO PERANTE O GRUPO, SABER O MOMENTO E O LUGAR DE FALAR AO OUTRO O QUE PENSA SOBRE AS SUAS ATITUDES E CAPACIDADE DE SABER - ALGO QUE NEM SEMPRE DEVER SER FALADO EM GRUPO, AGIR COM RESPEITO AO FALAR SOBRE O BOCEJAR DAS IDEIAS DO OUTRO TAMBÉM É UMA ARTE INTERESSANTE. APRENDER A RECEBER O PENSAMENTO DO OUTRO, DA MESMA FORMA QUE GOSTA DE LEVAR AO OUTRO AS SUAS APRECIAÇÕES. RESPEITAR AS FONTES DE CONHECIMENTOS LEVADOS AO GRUPO, TAMBÉM É UMA CAPACIDADE HUMANA QUE NÃO PODE SER ESQUECIDA. RESPEITAR AS PRODUÇÕES DE OUTROS AUTORES E ATORES, TOLERÂNCIA, PERSEVERANÇA, VONTADE DE QUERER FAZER, APRENDER A APRENDER, SABER VER, OUVIR E FALAR COM SAPIÊNCIA... UM POR TODOS E TODOS POR UM!  SABER RECEBER OS NOVOS LEÕES, É ALGO MUITO IMPORTANTE. TODOS PRECISAM ESTAR CERTOS DE QUE ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS, ONDE O BEM SEMPRE VAI AFASTAR O MAL.

Assim foi. As leoas foram se apresentando ao novo Leão: Aldo Rudy, que também se apresentou e mostrou um dos seus projetos, seu interesse em estar conosco, suas pretensões ligadas à arte da oralidade, da escrita e das imagens... Foi uma fala intrigante, cheia de complexidades na explanação de cada desejo. Porém, as Leoas souberam como se comportar diante de todas as estranhezas que levaram, intimamente, muitos à catarse.

Aldo mostrou ser um jovem sedento de saber e muito a contribuir. Chegou até nós, cheio de anseios e muitos desejos. É um tanto arrojado no jeito de chegar. Logo foi tirando de dentro da mochila os seus projetos nascidos dos seus anseios e amor à arte da oralidade e das imagens, do desejo de saber como fazer a sua arte acontecer, também, aprender outras mais.

A chegada de Aldo ao grupo, provocou uma dose de estranhamento em todos. Normal para quem ainda não havia encontrado alguém assim como o nosso jovem e novato Leão. Ele chegou meio acanhado, entretanto, quando ganho o espaço de apresentação, mal conseguiu ouvir a Leoa Saray Martins, a primeira a se apresentar a ele e falar sobre a sua trajetória e o seu carisma pela OLBL, que mesmo vendo a inquietação do jovem cheio de anseios, a nossa Leoa conseguiu ir até finalizar sua fala. foi quando o jovem professor fez uso da palavra e começou a tirar suas dúvidas relacionadas à arte de contar histórias em sala de aula e por meio dela estar contribuindo com o processo de ensino e aprendizagem. Seja por meio da oralidade ou por meio digital, não importa a forma. Seu jeitão de quem está chegando cheio de expectativas, já falando pelos cotovelos e circulando o olhar a gesticular e se falar sobre ele, sem fronteiras. Cheio de perguntas, curiosidades, querendo saber de tudo e ter todas as respostas ao mesmo tempo - assustou as leoas e agitou a cabeça delas: Saray Martins, Natália Bueno, Aparecida Facioli e Albertina S. Fonseca. Fiquei no meu papel de observadora e orientadora. Confesso que não foi uma tarefa de faz-de-conta. Mas consegui contornar o estranhamento e colocar o grupo em posição tranquila, após o jovem ter se acalmado e ter conseguido escutar todas as falas. A ansiedade, em alguns momentos, o deixou sem concentração. Entretanto, ao ser chamado por mim, para voltar a atenção a quem estava de posse da fala, ele conseguiu ficar centrado na conversar que foi ganhando corpo e deu um belo resultado. 

Neste dia nove, os nossos leões deixaram as leoas sozinhas. Mas elas, como todas as leoas das savanas deste mundo, souberam dar conta de todas as tarefas e conseguiram satisfazer as dúvidas e o desejo de saber mais sobre a proposta da nossa OLB, acalmando o jovem leão. 

Após todas as apresentações e as Boas-vindas ao Leão Aldo, agora com todos mais a vontade e o jovem ter coçado inúmeras vezes a sua cabeça abarrotada de conteúdos a serem trabalhados e,  conseguir sossegar um pouco, para ouvir cada leoa, as apresentações prosseguiram no ritmo normal. 

As leoas, falaram sobre as suas trajetórias, antes de após chegarem à nossa Matilha. Conseguiram passar ao jovem a estadia experiencial na Boca de Leão, até a atualidade. A ministrante também respondeu uma sacola de perguntas feitas pelo novato leão e encerrou as apresentações com a abertura de um momento de apreciação sobre uma das categorias literárias da contemporaneidade: A Literatura de Cordéis. Mostrou ao grupo presente, uma coleção de  cordéis que a autora Mariani Bigio diz ser para crianças. 

No decorrer dos meus estudos e pesquisas, sempre passeando pelo universo literário e conhecendo um pouco de cada intenção dos autores visitados, descobri que na práxis da oralidade não existe esta ou aquela categoria literária. O que existe é a forma de narrar na oralidade. Vejo assim porque conto histórias para todas as idades ao descobrir que precisava trabalhar a narradora que existe dentro de mim. Ela precisa conhecer o enredo, as personagens e suas característica e a carga emocional de cada uma. Se não entro no universo imaginário, não consigo exteriorizar a minha narradora. Ela precisa estar dentro de cada momento da histórias, vestir-se e interpretar as personagens ao mostrá-las ao público, ter consciência emocional e corporal sempre bem trabalhada, assim, ao chegar a hora de entrar em cena e soltar o verbo com todos os seus elementos, não importa o estilo, a narradora consegue soltar a história e dar asas à imaginação.

Num simples gesto, o contador de histórias consegue desenhar os elementos no ar: constitui as imagens virtuais que são vistas pelo leitor-ouvinte. E o encantamento acontece, podendo levar os ouvintes até à catarse. Então, seja lá qual for a categoria literária explorada, o contador de histórias de caso com o universo imaginativo, pode alcançar mais de 80% do seu público. Entretanto, se alcançar menos que isto, já conseguiu alcançar o suficiente para saber o quanto ainda precisa aprender. 

Após mais uma rodada de estudo e debate, a ministrante mostrou a todos uma coleção de cordéis para crianças, com respeito aos princípios da burocracia literária, e todos escolheram um cordel que vai ser utilizado para o exercício de mediação da leitura.

Até Aldo Rudy escolheu um cordel e se propôs fazê-la. Fechamos este encontro com uma palavra de rejuvenescimento em grupo. E corremos para o CIC, onde Eu, Saray e Aparecida fomos à Reunião de Diretoria da ABCH.  Os demais leões não pertencem a Academia, por esta razão, se despediram e cada qual seguiu seu rumo cotidiano.

Ao final, todos seguiram as suas vidas, de volta para casa, mais tranquilos e certos de que o próximo encontro, também, vai ser ESPECIAL.

Em certos momentos e ocasiões, principalmente quando estamos em grupo, é preciso ouvir, saber o momento certo de falar, ver com os olhos de águia e escutar o coração!

Claudete T. da Mata




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