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sexta-feira, 5 de junho de 2015
O Velho, o Menino e o Burro - TV Tupi (1975) - Uma história que enchia o meu imaginário.
Nesse tempo, Eu sonhava ser atriz. Como não foi possível viajar para os outros lados do nosso Brasil, fiquei na Ilha de Santa Catarina a aprender a arte da dramaturgia. Décadas depois, cá estou mostrando a Você um pouco de onde veio o meu aprendizado.
A literatura da época era rica em informações contidas nas suas linhas e nas entrelinhas da palavra escrita e falada por meio dos atores. Nesse tempo as histórias eram contadas por meio das novelas e belos filmes. Elas me fascinavam.
Meu pai comprou a primeira TV quando eu tinha os meus 5 aninhos. Morávamos no Bairro Saco dos Limões, na Ilha de Santa Catarina, na época em que ter luz elétrica em casa, era coisa de gente rica. Meu pai sempre gostou de ter luz elétrica nas casas onde moramos. Então ele só alugava casa com luz elétrica. A luz a querosene, aquela das pombocas, como diziam na minha cidades (Florianópolis/SC), desde o tempo da antiga Desterro, era a causadora da fuligem que se grudava no nariz das pessoas.
Quando meu pai foi embora, tivemos que morar na primeira casa sem luz elétrica. Eu acordava todas as manhãs com o meu nariz todo preto da fuligem provocada pela fumaça da pomboca. Nesse tempo Eu tinha 9 anos e chorava sem que ninguém visse, só ao ver a nossa TV sem condições de ser ligada. A casa de madeira que fora construída pelo carpinteiro, que 22 anos depois, veio a ser meu sogro. Algo que jamais imaginei, lá no tempo da minha meninice.
Tempos depois, quando eu estava com os meus 12 anos, meu padrasto mandou colocar luz elétrica na casa de madeira. foi uma festa. A TV saiu do seu esconderijo e voltou a me encantar. Foi maravilhoso poder ver as novelas, os filmes e as propagandas.
Sim!! Você pode ficar achando estranho Eu mencionar as propagandas. Elas também eram muito atrativas. Umas eram cômicas, outras dramáticas e outras que também Eu não gostava. Mas todas, além de vender o seu produto, eram feitas com muita arte. Bem diferentes das propagandas de hoje, que falam de determinado produto, entretanto, se são retratadas por uma mulher, o que fica em evidência é o corpo de quem está a vender o produto. E só vale corpo bem esculpido pelas dietas causadoras de anorexia e outras doenças do terceiro milênio, também os corpinhos desenhados pelos cirurgiões plásticos, onde o talento artístico fica sempre em segundo plano.
No início da arte e do artista da palavra, o que pesava em primeira nota era o Talento e o desempenho do artista. A beleza era algo que acompanhava o talento das pessoas. Porém, não representava o peso maior. As gordinhas eram bem tratadas e também cobiçadas. Era só passar uma magrinha no outro lado da rua, que alguém dizia:
- Tadinha, deve está doente.
O tempo passou, o padrão de beleza mudou e o talento artístico também. Teimoso, continuei com os meus pensamentos e aqui estou, livre, leve e solta. Trago a Você, um pouco da arte de ontem para dizer o quanto fui feliz e por tudo o que vivi, ainda sou.
Gosto de olhar o passado e ver o quanto já caminhamos, aprendemos e conseguimos fazer acontecer, mesmo que os novos caçadores de talento não gostem do nosso estilo artístico, talvez, quem sabe, não gostam da nossa aparência física achando que estamos fora da moda. Deixamos para eles as suas manias de escolher.
Claudete T. da Mata
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